"Eu quero ser sua loção hidratante (quero ser) Envolver seu cabelo em profunda devoção (quão profunda?) Pelo menos tão profunda quanto o Oceano Pacífico Eu quero ser sua"
_________________________________
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
macarena | flashback on
A noite era fria, o vento balançava as cadeiras em cima da vã, e a areia batia contra o metal. Minha pele estava gelada, eu quase tremia, mas começava a me aquecer aos poucos embaixo da coberta.
Era tarde e Zulema tomava banho, quando fechei meus olhos, isso era tudo no que eu conseguia me concentrar, o som do chuveiro, eu me perdi na imagem da água deslizando sobre um corpo bem desenhado com curvas e saliências. Pensava no sabão lavando sua pele, nas mãos passeando por seus seios, por sua barriga, por suas pernas.
Suspirei.
Zulema era tudo que cercava minha cabeça. Me virei na cama e coloquei o travesseiro sobre meu ouvido. Eu não conseguia dormir, Zulema não deixava meus pensamentos. Apertei meus olhos e me encolhi. Quando finalmente eu conseguia dormir, Zulema invadia meus sonhos.
Suspirei.
Não conseguia pensar em outra coisa que não em seus cabelos, seus olhos, suas mãos, sua boca afiada, sua inteligência, sua maldade. Tudo aquilo... Tudo nela me deixava em uma completa bagunça, mas o que me confundia mesmo era minha vontade de tê-la.
Não importava quantas merdas Zulema tinha feito, ou quantas vezes suas atitudes me afetaram. Eu queria ela. Eu queria ser seu café quente, queria ser a água do seu banho, queria ser suas roupas.
Meu coração batia forte, mesmo no frio, percebi que suava e que estava ofegante.
Por Díos.
Eu não percebi quando a água parou, ou quando o colchão afundou, mas eu senti o momento que uma mão quente pegou meu quadril e me puxou. Quando minha bunda encontrou seu quadril, eu prendi o ar.
Qual era o preço para ser de Zulema Zahir?
Zulema afundou seu nariz em meus cabelos e eu fechei meus olhos.
— Cariño? — Ela chamou.
— Sim? — Respondi.
— ¿está bien?
Suspirei.
Eu não estava bem tinha um tempoconsiderável. Mas eu estava mal? Estar com Zulema era o meio termo de tudo isso.
Eu queria ela, mas ela me queria?
Zulema me apertou mais contra ela e seus lábios não demoraram a encontrar meu pescoço. O calor dela me invadiu.
— Zulema?
— Hum?
— Eu amo você.
É estranho como tudo pode mudar de um instante para outro. Depois de segundos, Zulema não estava mais atrás de mim, seu calor se esvaiu e o frio voltou a soprar em minhas pernas.
