epílogo

86 12 38
                                    

Ei queridos leitores, muitas coisas aconteceram comigo e com William. E bom, como sou um escritor, vou contar tudo a vocês.

Eu aceitei o pedido de namoro de Louis a dois anos atrás. Foi exatamente no dia 23 de agosto. Mas antes de contar como estamos, vou voltar um pouco no tempo para você entenderem o que rolou.

2 anos atrás.

"Sim Louis. Eu namoro com você."

Louis soltou um gritinho e me beijou. Foi o beijo mais molhado que já recebi, ora, culpem as lágrimas que escorriam feito cachoeira por nossos olhos.

Eu me assustei quando ele interrompeu o beijo e arregalou os olhos, como se esquecesse de algo. E realmente esqueceu. Ele foi correndo até seu carro e voltou de lá com uma caixinha de veludo preto nas mãos. E quando abriu ela na minha frente, tudo pareceu rodar.

Eram alianças. Alianças com desenhos do Sol e da Lua. E isso não era tudo. Dentro estava escrito "eu, você e as estrelas?". Sério, eu não mereço esse homem.

Ele pegou a aliança de Sol e colocou em meu dedo, fiz o mesmo com a de Lua.

Naquela noite, nos amamos como nunca havíamos feito. Foi algo mágico e nem os astros mais importantes do universo poderiam explicar o que tinha acontecido naquele quarto.

Uns três meses depois, me mudei para sua casa. Ela era maior que a minha e tinha mais um quarto livre, o que seria bom, já que ele é pintor e eu escritor.

Nos adaptamos bem a nova rotina, já morávamos juntos antes mesmo de termos encaixotado minhas coisas e levado para seu carro. Passávamos semanas juntos. Suas roupas viviam em meu armário e o mesmo com o dele.

Um dia depois da mudança, estávamos andando de carro, pois fomos na plantação, e vimos dois gatinhos em adoção. Olhei para William bem na hora que ele me olhou, e por entender aquele olhar, ele estacionou o carro e desci correndo.

Chegamos em casa com dois gatos, Júpiter e Saturno. Nossos pequenos e peludos filhotes. Somos uma família quase completa.

Havíamos conversado sobre filhos quando não namorávamos e nenhum de nós queria. Óbvio que filhos são incríveis e ter eles é maravilhoso, mas não queríamos e não sabíamos se daríamos certo nisso. Então não. Gatos são melhores.

Já havia se passado mais dois meses e tudo estava completamente bem. Não falo isso para preparar vocês para algo uau. Nada aconteceu. Nada que deixaria alguém ferido ou com o coração despedaçado .

Pintamos as paredes da nossa casa e podemos ser considerados bons artistas. Porque Louis queria fazer algo abstrato mas realista na parede. Como também queria algo sensual e nosso.

Começamos a pintar e quando estávamos no meio da parede, nossa música começou a tocar, fazendo com que dançássemos pelo quarto como dois adolescentes, e por um erro do destino, ou da minha perna, tropeçamos e caímos no chão, em cima dos potes de tintas. E como eu falei, ele queria algo sensual e nosso, mas não esperava que ele me pegasse no colo, me apoiasse na parede e me amasse bem ali. Em meia a tinhas e nossos corpos sujos pelo suor.

Nosso quarto tem gravado na parede o que fizemos até hoje. Depois de brigarmos por causa daquilo, analisamos a nossa "obra" e ela é realmente muito bonita.

Eu ainda faço o tratamento com Liam e a terapia com Zayn. Queria muito dizer que eu melhorei, ou que a expectativa da esquizofrenia aumentar é baixa, mas não é.

O tratamento funciona, mas eu não tenho opção, não tenho cura e por mais que continuemos com isso, sabemos que não tenho saída. Está tudo bem. Eu já imaginava.

Imaginations of the heart. {l.s}Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin