XIV

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Helena conseguiu  um banho confortável, comida e algumas horas de descanso.
Foi o que exigiu para levar Lionel e Olga até o livro.

Observou as frutas sobre o carrinho do café da manhã e pensou em comer alguma daqui a algum tempo.

A porta estava trancada e isto de certa forma a deixava satisfeita.

Seu corpo estava dolorido pelos mais tratos durante dias seguidos, suas costas precisavam se aconchegar em algo macio ou enlouqueceria.

Ela se afundou na cama enquanto traçava algo na mente

A conversa entre Olga e Lionel permanecia ali gravada em seu memória, cada detalhe sendo reprocessado.
Ela precisava ler novamente páginas do livro para entender quem eram os personagens mencionados.
A mulher enterrada viva, o homem que pensava estar viúvo e agora casado com uma outra garota.
Ela tinha nomes, mas precisava saber sobre pessoas.

Então caio veio em sua mente !
Ele estava com o primeiro livro, aqueles nomes poderiam estar lá, ela deixaria uma carta.

Um batom foi o que ela usou como caneta assim que encontrou um papel toalha no banheiro.

Ela precisava pensar

Dobrou sua carta secreta e a acomodou dentro do sutiã.
Revistou todo o quarto e descobriu uma passagem para o sótão bem acima do criado, ela precisava apenas chegar até ali para sumir.

Gian Lucca !
Ela diria que foi sequestrada e ameaçada por Olga e Lionel, precisava chegar até ele o mais rápido possível

Ela arrastou com muita dificuldade um móvel pesado e o posicionou atrás da porta, isto a daria tempo para se distanciar. Precisou gastar mais força do que pensou ter para colocá-lo ali onde queria.

Helena puxou o carrinho de refeição e o colocou sobre a cama, ele seria sua escada para alcançar a passagem.

Ela não era de ter sorte,mas neste dia parecia estar tendo.

Se esticou o máximo que pode e abriu a portinha no teto, segurou a lateral e puxou o corpo para cima.

Primeira parte ok, só precisava sair dali agora ela caminhou abaixada pelo sótão até o fim da madeira que mantinha sob os pés.

Afastou algumas telhas e sentiu o sol bater em sua pele branca,

Olga andava de uma lado para o outro não gostando do que ouvia ao telefone

- Ele não pode ter feito isto!- ela gritou ao receber uma notícia

Desligou o telefone e sentou com expressão irritada

- O que houve ? - Lionel quis saber

- Ibraim aquele imbecil ! Acredita que marcou uma reunião com Askar Russel?

- Mas porque isto a incomoda ?

- Não percebe? Ele está atraindo o foco sobre nós, não podemos ser descobertos.

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Hadassa e Leonidas estavam em lua de mel, passariam exatos dez dias em uma ilha paradisíaca na Austrália.

Leonidas observou Hadassa de pé em  frente ao mar, seu olhar se mantinha fixo na linha do Horizonte e sua cabeça ereta de encontro o reflexo do sol se pondo entre as nuvens.

- Eu sempre gostei de assistir ao por só sol na praia, é um espetáculo que a natureza proporciona - Ele a abraçou por trás

- Nunca tive este hábito, mas confesso que estou encantada

Leonidas a beijou o pescoço e acariciou suas mãos com as dele

- Gostaria de saber sobre você, nos casamos tão de repente , creio que tens muito a me ensinar e a aprender comigo. - a olhou com ternura

- aprender comigo ? É a primeira vez que um homem me diz isto - Hadassa retribuiu o olhar um pouco admirada

- A cultura machista precisa acabar e abrir espaço para nossas mulheres. Há tanto de bom em vocês -

Ele tocou os lábios nós dela e segurou a mão delicada caminhando pela areia

- Quer me perguntar algo ? - Ele disse ao notar seu olhar curioso

- Você nunca quis ter mais de uma esposa ? É natural em sua cultura.

- Natural, porém opcional. Eu particularmente, gosto de me dedicar a tudo com excelência e creio que não seria um bom marido não podendo me dedicar apenas a uma esposa. -

- E quer ser um bom marido ?

- Porque não? A máfia tem um mandamento que diz; "Se o homem é capaz de ferir alguém que deposita nele confiança o bastante para fechar os olhos e dormi ao seu lado, a quem ele não seria capaz de ferir ? "

Os olhos de Hadassa lacrimejaram, como doeu dentro dela ouvir aquelas palavras.

Guilhermo a feriu tão profundamente que talvez jamais se cicatrizasse aquela ferida.

Leonidas aparentava ser um bom homem, e se assim fosse talvez todo aquele inferno na verdade teria sido uma provação para alcançar o paraíso.

- Fico feliz que queira ser bom para mim, obrigada - ela apertou a mão sobre a dele e sorriu delicadamente

- Seu olhar traz tanta tristeza, seu eu pudesse ajudá-la - ele ergueu o rosto de sua mulher e acariciou a face delicada

- você pode, trago traumas muito fortes do meu antigo casamento. Ainda tenho as feridas abertas que me atormetam - Ela deixou suas lágrimas caírem - Seja um bom marido e cure estas feridas eu imploro - Ela o abraçou e libertou o choro que a agoniava

- Não irei perguntar que mal lhe causaram, sei que isto a fará reviver tudo. Porém, prometo que ao meu lado nenhum mal voltará a atingi-la. Tens a minha palavra de homem e de honra que estará protegida e cuidada junto a mim - Leonidas a tomou a boca com um beijo calmo e tranquilo queria provar seus lábios ao mesmo tempo em que lhe dava segurança

- tenho medo que ainda não tenha acabado - ela disse pensando em todas as mentiras que envolviam aquele casamento.

Desta vez foi ela que o beijou, seu beijo era quente e urgente.
Ela queria ser grata pelas palavras que acabará de ouvir e se entregar de corpo e alma aquele casamento poderia ser a sua expressão de gratidão

Leonidas retribuiu o beijo com fervor, devorava a boca da esposa completamente excitado seu corpo colado ao dela emitindo ondas de satisfação.

- Vamos entrar - ela disse percebendo o que estava prestes a acontecer em um local público que poderia aparecer alguém a qualquer momento

- Hadassa eu quero que seja minha sem pudores e sem reservas, se entregue a mim aqui com o por do sol de testemunha - Leonidas a beijou novamente

Deslizou a alça fina do vestido pelos braços delicados expondo os seios para seu toque atrevido.
Desceu seus beijos pelo pescoço da mulher até encontrar os seios que almejava os beijou e sugou com calma sentindo o sabor da pele de sua mulher em seus lábios.

Hadassa acariciou os cabelos escuros de Leonidas e deixou que ele a domasse ali na areia fria daquela praia.

A língua felina provava cada centímetro de sua pele a causando arrepios de excitação, ela sentiu o membro rígido em sua boca deslizou a língua sobre ele e o engoliu em seguida.
O sabor a satisfez, tinha gosto de pecado misturado a desejo.

Quando o montou deixando todo o pau do marido deslizar para dentro de seu corpo, se movimentou sobre ele satisfazendo seus mais profundos desejos.
Um tapa ardeu em sua bunda a incentivando a ir mais rápido, as mãos másculas a apertavam os seios e deslizavam até seu clitóris o acariciando.

Os corpos nus, cansados e suados sobre a areia
As ondas do mar quebravam e ora ou outra atingiam os pés dos recém casados.

O imperdoável Where stories live. Discover now