XVII

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Helena sabia que Caio cederia  a seu convite, pelas notícias que lia diariamente em o I Gionarlle tinha plena certeza de que ele assim como ela tinha sede por expor os nomes fortes e perigosos da máfia.
Ela tinha seus motivos para odiar aquela organização e tudo que vinha dela, nada havia sido fácil para ela. Seu corpo não trazia as marcas da violência que sofria dia a pos dia, mas a alma esta mantinha todas as feridas abertas.

Helena era apenas uma menina quando foi comprada por Gian Lucca Berlusconi, passou a vida dos quartoze até os 30 anos sendo abusada em cárcere privado.
Ele a mantinha em uma casa, cercada por seguranças e sob fortes ameaças, suas ligações eram monitoradas e seus passos todos seguidos de perto.

Danilo o segurança de confiança de Gian Lucca, acabou se encantando por Helena e se rendendo a seu charme.
Ela usava isto para conseguir um pouco  do que queria.

Ele bateu a porta e adentrou o quarto da amante do patrão.

- pensei que viria mais cedo - ela sorriu ao ver Danilo

- Sabe que tenho que esperar que todos durmam, se sou descoberto morremos os dois - ele a puxou para um beijo demorado

- morrer em seus braços não seria tão má idéia- ela o provocou beijando o tórax masculino

- hoje você morrerá querida, mas será de prazer.

Danilo a despiu com desespero a deixando nua para ele , beijou os seios redondos que tanto gostava de sentir em sua boca e lambeu um mamilo lentamente o engolindo com gana.

- Eu preciso te possuir Helena fique de quatro para mim! - ele gemeu deslizando os dedos sobre a buceta da mulher em seus braços

Ela o obedeceu e sentiu os cabelos serem agarrados com violência. Danilo a penetrou ferozmente colocando todo seu desejo em cada estocada.

Helena o recebeu dentro de si, de certo modo aquele era o pouco prazer que conhecia visto que Gian Lucca era o único homem com quem havia se deitado antes de se entregar a Danilo. Ele gozou dentro dela, derramando seu líquido, sabia que ela não poderia engravidar devido aos remédios

- ele te machucou ontem ? - Danilo perguntou acariciando os seios marcados pelos dentes do patrão

- ele sempre me marca, se excita deixando em mim os rastros de seu poder.

- Eu queria muito te libertar de tudo isto, mas sabe que não posso fazer nada.

- isso não irá durar muito, em breve todos estaremos livres deste homem e bem seguros. - ela disse ao acender seu cigarro

- do que está falando?

- uma hora a casa cai para todos Danilo, para Gian Lucca não será diferente

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Dimitri apanhou a xícara de café sobre a mesa, estava preocupado com a ligação de Romano, talvez um café bem forte fosse capaz de o acalmar.

- As vezes acho que vou enlouquecer a qualquer momento, - ele direcionou o olhar para Ísis que estava sentada a sua frente.

- não se preocupe querido, se você ficar louco eu assumo o cargo- ela gargalhou indo até ele

- Creio que não seria possível, mas obrigada por vir me oferecer seu apoio. - respondeu sarcástico

- na verdade eu vim porque  disse que precisamos conversar. - ela rodeou os braços no pescoço do marido

- sim, nós  precisamos. - ele beijou a face da mulher

- Eis-me aqui, quando quiser começar a falar estarei ouvindo. - disse intrigada

- Em minha última viagem visitei Guilhermo, um amigo de infância. Ele e sua esposa esperam pelo filho primogênito e desejam que sejamos os padrinhos do bebê, e a esposa  deseja nos fazer uma visita para que possa lhe fazer o convite pessoalmente.

- Bom, e para quando está marcada esta visita ? Precisamos nos preparar para agrada-los.

- Ísis você cresceu em um ambiente regado a mafiosos, sabe como os Protocolos funcionam não sabe? - ele escorregou os dedos sobre os cabelos sedosos

- Do que está falando? A máfia possui protocolos para receber visitas ?

- Do baile Apogeu, onde o Capo apresenta oficialmente a esposa aos seguidores da máfia, está agendado para daqui a quinze dias.  Guilhermo e sua esposa Lívia  estarão presentes no baile e permanecerão por alguns  dias em nossa casa.

- Lívia? Que interessante! Ela tem o nome de uma amiga muito querida dos tempos do colégio- Ísis sorriu

- não somente o nome, ela é a sua amiga.

- Lívia?! Ooh meu Deus! Como isto é possível?!

- Meu amigo se casou com sua amiga,uma grande coincidência.

- Coincidências não existem Dimitri..

- Eu já ouvi isto - ele a interrompeu

- Você foi até a casa de Lívia ?  como ela está? Além de grávida é claro, ooh quantas saudades tenho dela! Como quero a ver - ela sorriu alegremente

- aparentemente muito bem, Guilhermo é um excelente homem, ela não  poderia ter feito melhor escolha.

- como se nós mulheres tivéssemos escolhas - ela revirou os olhos

Dimitri gargalhou, sua esposa era uma menina presa em um corpo de mulher e isto as vezes o deixava feliz.

- este era o assunto que tínhamos que tratar, seremos padrinhos do filho de nossos amigos e iremos hospeda-los.

- Estou tão feliz! Lívia e eu dividimos este sonho por tanto tempo e agora após tudo que aconteceu nos reencontrarmos em um momento tão especial,  nem em meus melhores sonhos imaginei algo tão sublime! Obrigada Dimitri! Obrigada! - ela beijou os lábios do marido com carinho.

- Você precisa comprar um vestido e jóias para o baile, o dia que quiser ir avise a Mércia.

- Dimitri, eu quero pedir duas coisas - ela o olhou com ternura

- sim, estou ouvindo Ísis

- primeiramente quero que esteja em casa amanhã para o jantar,

- Eu estarei

- ótimo, agora eu prometo  usar um vestido lindo no baile, mas quero que seja você a ir comigo escolher.

- Ísis o que eu entenderia disto ?

- Sabe dizer se sua mulher está bonita ou não. Isto é o que importa 

- minha mulher é linda até do avesso - ele se aproximou a beijando delicadamente

- Então venha comigo comprar meu vestido

- tudo bem linda, eu irei com você para onde quiser.

Ísis sorriu, sabia o quanto aquilo significa, a cada cedida de Dimitri ela se sentia mais próxima de seus objetivos finais.

O imperdoável Where stories live. Discover now