VI

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Dimitri acordou sentindo  a cabeça pesada, não  se lembrava de muito da noite anterior, o  celular vibrava sem parar sobre o criado ele esticou o braço e o pegou para atender

- Senhor, o reservatório da Venezuela sofreu um atentado-  a voz de Romano ecoou do outro lado da linha

Ele se levantou rapidamente, não podia acreditar no que estava ouvindo.

- que horas isto aconteceu?- ele perguntou verificando que já se passava das 10:00 e seu vôo  seria as 11:00.

- agora pouco senhor, perdemos uma grande carga de produto tipo 1

- Merda! Romano enviei homens para lá  o quanto antes, eu estou indo para casa,  te ligo assim que chegar. Mande passar um pente fino lá, quero a cabeça de todos os envolvidos.- ele estava furioso sentindo o sangue subir em suas veias

Talvez um banho quente e um xícara de café forte melhorassem seu desconforto corporal.
Ele deixou a água cair sobre ele, e tentou se lembrar do que havia acontecido na noite anterior.
Se lembrava das taças de champanhe e de perder a consciência sem nem ao menos consumar o próprio casamento, mas isto era algo para se pensar depois, no momento haviam problemas maiores.

Ísis estava sentada no restaurante do hotel, apreciando seu café da manhã.
Sabia que o marido não  acordaria tão cedo após ter ingerido tanto sonífero.

Ela encontrou dois vestidos escuros no armário e  escolheu aquele que lhe caiu melhor, era um tom de azul muito fechado facilmente confundido com a cor preta.

- A senhora precisa de mais alguma coisa? - o garçom a questionou

- não, muito obrigada- ela respondeu sorridente

Olhou para a aliança dourada em seu dedo e desejou a arremessar pelos ares, mas sabia que isto não era uma opção para o momento.

Ela viu ao longe Dimitri se aproximar da mesa em que ela estava, as mulheres presentes em uma mesa próxima a dela não disfarçam o olhar escacanrado sobre ele, nem mesmo quando escolheu a mesa dela elas abaixaram o olhar.

- o que havia no champanhe? - ele perguntou ao se sentar

- a que se refere ? - ela fingiu não saber

- não se faça de tonta, sabe muito bem a que me refiro - ele a cortava com o olhar

- sonífero! Você dormiu como um bebê- ela sorriu revelando seu segredo

- suponho que fez isto por medo de mim, pobre Ísis

- não seja presunçoso, eu não o temo - ela respondeu firme

- então porque fez isto ? - ele segurou firme a mão que ela tinha sobre a mesa

- Eu não quis este casamento Dimitri, não estava pronta para me entregar e pelo que sei homens como você não sabem respeitar uma mulher. Se eu dissesse que não queria ter relações seria capaz de me machucar- ela o olhou com frieza

- Está se baseando em que para dizer isto ? Eu nunca toquei uma mulher sem consentimento.

- mesmo quando esta mulher é casada com você?

- até quando esta mulher é minha esposa e é frígida na cama, sua irmã nunca me deu prazer, me deitava com ela para cumprir minhas obrigações de marido. Mas posso te garantir que ela se derretia sob mim. Se eu fechar os olhos agora posso ouvir o som de seus gemidos em meu ouvido.

- minha irmã nunca se entregou espontaneamente  a você, não  queira me enganar- ela levantou o olhar

- todo ser humano sente desejos Ísis, tesão ja ouviu falar? Ter um homem  como eu entre quatro paredes é um privilégio, qualquer mulher se renderia - ele piscou um olho

O imperdoável Where stories live. Discover now