O imperdoável

XXIV

Ísis quase adormeceu abraçada ao corpo de Dimitri, mas foi despertada pela voz ofegante do marido.

- Quando vai me dar um filho? - ele a segurou o rosto carinhosamente

- Dimitri eu ainda não estou pronta para ser mãe- ela disse ao se recuperar do susto que a pergunta a causou

- Quando estará?

- Quando eu sentir que quer um filho comigo porque me ama, não  para seguir protocolos machistas impostos pela máfia.

Ele a tocou os cabelos e sentiu o cheiro agradável deles.

- Homens como eu não  são  destinados ao amor Ísis, o máximo que pode ter ao meu lado é  isto que já lhe ofereço.

Ela permaneceu em silêncio, mas em seu interior se desafiava a conquistar o amor daquele homem.

- Você está se prevenindo?

- Sim- ela preferiu não  mentir

- Quero que pare, preciso ter um filho homem o quanto antes

- Dimitri, sei que se sente pressionado a ter um herdeiro  mas eu não  serei uma mulher submissa a teus desejos. Se um dia eu for mãe será porque eu quero um filho, entendeu isto ? - Ísis disse de forma dura

- Não creio que será assim Ísis, você  é  minha mulher é fará  o que eu ordenar.  Se eu quiser te impedir de tomar está merda de remédio simplesmente não  permitirei que ele seja comprado.

-  E vai fazer isto como ? Me deixando trancada aqui outra vez ?

- Sim, presa na minha cama, e eu vou foder você  dia e noite até fazer um filho em você.

- Uma vez me disse que nunca me tocaria sem meu consentimento, já mudou seus planos ?

- Eu terei seu consentimento Ísis, eu sei fazer isto - ele a beijou  levemente o pescoço

- Se apaixone por mim Dimitri e eu lhe darei quantos filhos quiser - ela o abraçou acariciando as costas largas e o beijou os lábios de maneira fervorosa

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Caio redigia as palavras em seu notebook ao mesmo em que mantinha a atenção presa em Helena que já  fumava o quarto cigarro

- Eles estão todos juntos neste momento, Hoje é  o baile onde Dimitri Adamovic  apresenta a filha de Gian Lucca como sua esposa.

- Ele tem apresso por esta família ne ?! É o segundo casamento dele com uma das filhas de Gian Lucca. - ele disse calmo, tentando não  demostrar o quanto lhe incomodava relembrar o casamento de Rebeca.

- A primeira filha era depressiva, não  manteve o casamento nem os negócios do pai. A segunda já  é uma pobre coitada, que se casou para cuidar da própria sobrinha filha da irmã falecida.

- Existe uma criança em meio a tudo isto ?

- Sim, Melina Berlusconi Adamovic, é a pequena neta de Gian Lucca,  parece não  ser muito amada pelo pai, você sabe como funciona, os mafiosos querem filhos homens.

Ele parou por alguns segundos se lembrando dos planos que os dois tinham de construir uma família juntos.

- Bom, me disse que tinha informações valiosas, eu estou curioso. - Caio fechou o notebook e dedicou sua atenção a Helena

- Existe um livro, onde Gian Lucca anota todos os sócios e rendimentos de cada localidade, neste livro também constam endereços e ponto de encontro dos mafiosos.

-  E onde este livro está guardado ? - Caio levantou uma sobrancelha

- Isto só  revelo quando minhas roupas estiverem na mala, não  posso correr nenhum risco.

- E como pretende fugir ?

- Acha que estou aqui em busca de conquistar sua amizade? - Helena sorriu balançando a cabeça  negativamente

- Realmente acredita que tenho poder para protegê-la e a ajudar em uma fulga? Eu sou um deles jornalista - Caio disse sem entusiasmo

- Não, você  é  o jornalista, tem contato direto com as maiores autoridades do país, eu pesquisei muito  antes de apostar todas as minhas fichas em você. Planeje minha fulga, me ofereça  segurança  e o livro de Atas do comboio Italiano estará  na palma de suas mãos. - Ela piscou um olho e deixou o ambiente

Caio apenas a acompanhou com o olhar, não  o livro de Atas  da máfia  era tudo que precisava para quebrar Gian Lucca ao meio.

Ele se levantou e olhou a vista da cidade,  Em pouco tempo iria anoitecer e ele sequer havia almoçado,  desde que sua mulher deixou a casa tudo se tornou mais difícil.

Helena retornou para seu mausoléu, tomou um banho demorado e escolheu uma roupa.
Era quarta feira dia da visita indesejável  de Gian Lucca o homem desprezível que era seu dono.

Ele não  demorou a chegar, ela ouviu sua voz estridente enquanto  ele subia as escadas de mármore.

- Boa noite bela mulher! - Ele disse ao abrir a porta

- Boa noite Gian

- Ainda está  vestida ? Tire a roupa !

Ele ordenou frio

Helena obedeceu ficando nua para seu algoz, naquela noite ela pretendia fazer grandes descobertas.

- Você  é  tão  linda nua que deveria ser proibido  ficar vestida- ele se aproximou um pouco mais tocando o rosto delicado - estou muito cansado hoje preciso de uma massagem bem gostosa depois que gozar dentro de você  - ele sussurrou contra o ouvido dela beijando os lábios  avermelhados

- Gian eu te amo tanto - ela disse com a voz embargada entrando dentro de seu personagem.

- Vai me amar mais ainda depois que eu te foder a noite inteira - ele apertou um seio com a mão  o levando até  a boca