XXII

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o ambiente estava pesado Ísis se sentia irritada com a presença e os olhares descarados de Nara para Dimitri.
Nunca havia visto uma mulher tão oferecida em sua vida, isto a estava incomodando profundamente. A petulância de Nara, e sua voz melancólica ainda dançavam em nos ouvidos de Ísis.

- Vai continuar me olhando deste jeito o resto da noite ? - Dimitri a questionou

- apenas enquanto não me explica quem é esta mulher é porque se sente tão a vontade para lhe direcionar palavras e frases tão ousadas, mesmo estando ao lado de sua esposa.

- Ísis não é lugar nem o momento para estes assuntos, por favor depois falamos disto.

- Por favor digo eu Dimitri, eu não sou obrigada a aguentar esta falta de respeito.

- Ísis por Deus! Eu já disse que não falaremos sobre isto aqui, fui claro o suficiente? - ele disse firme

- Tudo bem, eu quero ir embora daqui agora

- Ísis...

- não vai me expor ao ridículo assim, fique você neste baile acompanhado de toda esta gente suja é nojenta, eu não preciso
estar aqui.

- Não me obrigue a ser rude e grosso com você, estou tentando ser paciente mas não está me dando condições para isto.

- Não sou obrigada a estar aqui ou em qualquer lugar que eu não queira. Estou indo embora Dimitri! - Ela disse firme se soltando do braço do marido e caminhando apressadamente por entre as pessoas.

Dimitri tentou segui-la sem despertar curiosidade em nenhum convidado, mas foi interrompido por Nara que assistia a tudo bem atenta.

- Sua esposa parece irritada Dimitri, aconteceu algo? - ela o tocou no ombro

- Impressão sua Nara, minha esposa está super a vontade.

- não foi o que me pareceu quando ela passou por aqui, - ela sorriu maliciosamente

- com licença Nara - ele disse a deixando sozinha e caminhou a passos largos até alcançar Ísis.

Dimitri tentava explicar quem era Nara, mas o olhar cortante da esposa o desconcentrava

- uma reles conhecida? Uma vadia isto sim, se jogando para cima de você como se eu não estivesse aqui. - ela tinha chama nos olhos ll

- Nara Roussel é filha de um amigo de meu pai, nós fomos namorados antigamente, mas éramos muito diferentes um do outro.

- Porque não fecharam um acordo para se casarem ? Assim como fez comigo e minha irmã?

- Porque precisávamos do seu pai, então me casei com sua irmã e Nara com Gustavo Mendonça, que posteriormente foi banido da máfia.

- E então ela se tornou uma puta de luxo que frequenta os bailes?

- não exatamente, mas algo parecido- ele sorriu internamente

- Não ficarei aqui sendo desrespeitada está me ouvindo ? Se quer que eu permaneça no mesmo ambiente que esta vadia, a coloque em seu lugar ou não respondo mim.

Dimitri se sentiu lisonjeado, não se sentia amado ou desejado por Ísis, mas ver sua fúria ao se sentir ameaçada por Nara, o massageou o Ego.

- ela não irá a perturbar eu garanto- ele se limitou a dizer

Eles caminharam pelo salão de festas, Isis já não era mais uma novidade, todos já estavam adaptados a nova esposa do Capo Adamovic.

Nara observava ao longe o casal principal, seu ódio era quase físico. sempre forá apaixonada por Dimitri, quando soube que estava viúvo quis o ter de volta mas não esperava que ele se casaria tão rapidamente com a própria cunhada.

Ela avistou Ísis caminhando para o toalete e não exitou em segui-la.

Ísis retocava o batom, e arrumava uma mecha dos cabelos quando Nara entrou e parou ao seu lado no espelho.

- Quem a vê assim com esta carinha delicada, não imagina de tudo que é capaz - ela disse olhando para Ísis

- a que se refere? Nem ao menos me conhece

- Conheço apenas aquilo que me interessa, inclusive a parte em que se casou com o marido da sua irmã antes mesmo do corpo dela esfriar no túmulo.

Ísis fechou os punhos para controlar a raiva que sentia e caminhou para a porta.

- Mas eu entendo a pressa de Dimitri em se casar novamente, um homem viril e com tanto apetite sexual, preso a uma morta viva por tanto tempo. Que não prestou nem para o dar um filho homem, que azar o dele! Sabe que eu adoraria ter me casado com aquele homem e o ter em minha cama todos os dias?! Seria um prazer mandar aquela pirralha nojenta para um colégio interno na Suíça. ela sorriu maliciosamente

- Sua maldita! - Ísis acertou um tapa muito forte no rosto de Nara

- como se atreve a me tocar sua imunda! - Nara rosnou com ira

Mas não tanta ira quanto a que Ísis sentia, Nara conseguiu ferver seu sangue nas veias a deixando cega de ódio.

Ísis a segurou pelo pescoço e bateu seu rosto contra o espelho com toda sua força, trincando o vidro por completo.

Ísis se deixou levar pelo ódio que a consumia batendo o rosto de Nara repetida vezes, Não se importando com o sangue que escorria da face e respingava em suas roupas.

Ela bateu a cabeça de Nara contra a pia, fraturando o nariz e quebrando alguns dentes.
Sentiu prazer em ver a mulher que ofendeu a ela, sua irmã e sua sobrinha sendo desfigurada por suas mãos.

Os gritos de Nara ficaram estridentes, ela sentia a dor do rosto sendo totalmente cortado naquele espelho quebrado.
Ísis fazia questão de esfregar a face dela nos vidros partidos, era prazeroso ouvir os gritos de dor e ver os vidrilhos perfurando a pele de Nara.

Os seguranças se aproximaram para ver o que estava acontecendo, e a porta foi aberta por um deles que rapidamente tentou salvar Nara das mãos de Ísis.
Ela se manteve resistente lutando contra o segurança para continuar a espancar Nara.

Dimitri foi informado do incidente e foi buscar a esposa, sem acreditar no que acabará de ouvir.
Ísis sua mulher, fina e delicada espancando alguém? Era demais para que ele pudesse acreditar tão facilmente. Ele precisava ver com seus próprios olhos, mas quando viu ainda assim não acreditou.
Nara completamente desfigurada, e Ísis toda suja do sangue que arrancou na inimiga.

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