O amor deveria doer tanto assim?
Any Gabrielly era uma menina sonhadora, com amor pela vida e aos que cercavam, com uma vida perfeita e um futuro brilhante. Mas seus sonhos foram roubada dela, quando em uma noite se torna culpada por um crime que n...
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" você acha que o ar que respiro é demais para mim? "
A voz daquela garota rodeavam meus pensamentos me empedindo de continuar meu trabalho, como anda sendo nesses últimos dias. As vezes me pegava imaginando como seria nossa convivência depois do casamento, como seria ter que olhar todos os dias para a mulher que tirou a vida dos meus pais, como seria dar a ela um título a qual não era digna, era até irônico que tudo o que eu tinha que fazer era cuidar dela, assim como fiz naquela noite.
Apesar de tudo, ela era estranha para mim, não sei nada sobre ela, do que tem vivido ao longo desses anos, e estranhamente eu tinha curiosidade de saber. Any Gabrielly transmitia uma imagem de uma garota pura e inocente, principalmente quando me olhava nos olhos, e parecia que poderia quebrar a qualquer momento sempre que a tocava. Os castanhos dos seus olhos transmitiam tantas coisas, era algo muito além, como uma avalanche que poderia ocorrer a qualquer momento.
Enquanto os meus eram apenas raiva, ódio e rancor, mas como poderia ser diferente? Ela transmitir esses sentimentos, não significa que seja eles, Any Gabrielly já se mostrou ser pior do que sua aparecia pode demonstrar. Olhar para ela me fazia sentir desprezo, mas eu simplesmente não posso fazer nada a ela. Ser líder da máfia te dar muito poder, da mesma forma que te impede de fazer o que quer, e tem regras que até mesmo eu devo comprir, mas tinha algo que eu poderia fazer com ela, demonstrar todo o meu desprezo e crueldade.
Se quiser ferir alguém e ser bastante cruel, seja indiferente, o ignorando com naturalidade e sem esforço, ser grosseiro com ela é tudo o que tenho sido ultimamente, evitando qualquer tipo de contato ou conversa. Quando a vi no meio daquele fogo não sei dizer ao certo o que senti, não foi a mesma coisa de quando a vi caida no chão naquela noite.
A maneira como gritava por ajuda, e como ficava em meio ao fogo como se nada mais fosse capaz de machuca-lá. Várias perguntas rondaram minha cabeça, como, por que ela se jogaria no fogo apenas por um lembrança que tem com o irmão? Ou porque parecia que tinha perdido tudo? E mas uma vez me pegava sem saber nada dessa garota, e quando me vi já tinha lhe tirado daquele caos.
Talvez eu estivesse passando por cima de tudo o que planejava, ou a misericórdia com os oprimidos que minha mãe me ensinou a ter, estivesse carregado comigo até mesmo quando era para essa garota. E agora me pergunto o que tenho que fazer vendo a jogada no chão nesse estado catastrófico.
Eu deveria deixá-la sozinha pagando por seus pecados? Ou ajudar a curar suas feridas?
Eu já fiz isso uma vez, e desde então ela já recebeu muito misericórdia da minha parte, mesmo que sejam poucos os dias que estamos juntos, já fiz mas do que devia por ela, então ela não merece que eu faça mais. E sem perceber já estava do lado de fora do seu quarto, apenas sua porta me empedindo de tirar ela desse buraco. Mais quando lembro dos olhos da minha mãe, de como ela não tinha maldade nem mesmo com seus inimigos, foi inevitável não da a volta pra trás e entrar nesse quarto novamente.
