Swinger's Diary - The End Of The Beginning!

WTF...?? - II

WTF...??

CAPÍTULO LIX

PARTE 02

DOMINGO (NOITE)

-(Paula) Opa, fogo, isto não está a resultar!
-(Marta) TU! - ordenando com um voz arisca - Anda comigo!

A rapariga baixinha, mas muito bonita, agarrou-me a mão e puxa-me em direção das escadas que vão para o quarto no primeiro andar.
Mal eu vi aqueles degraus, uns arrepios frios subiam e desciam pela a espinha, parecendo o elevador da Glória em Lisboa. As minhas pernas a tremelicarem como se fossem canas ao vento.
Ao mesmo tempo, a toalha que estava à volta da minha cintura, caiu, ficando no princípio daqueles degraus infernais.
Ela a puxar-me, e eu atrapalhado a tentar tapar a minoria envergonhada com a minha mão esquerda.
O marido dela veio atrás, em silêncio e continuando a gravar.

-(Paulo) Uh... Olha lá, pá... huh... já nem me lembro do teu nome... Não podias parar de gravar? Estou todo nu e um pouco envergonhado.
-(Amílcar) É Amílcar! E não precisas de estar com vergonhas connosco. Além de saber o que tens aí, conheço bem o sabor também.
-(Paulo) Amíl...? AHHH!!! Tu é que és o Amílcar que a minha esposa falou ainda há pouco. - ficando encostado à soleira da porta do quarto – Fodasse, o que é isto? Onde eu vim parar? A uma realidade em que o mundo é só paneleiragem e putanhice!
-(Marta) Amor, ajuda-me a empurrar ele aqui para cima da cama. Ele está a fazer muita força.
-(Paulo) Ô Milka, pá, fodasse... Empurra lá elas, mas a mim não precisas de empurrar nada. Eu subo sozinho para cima da cama.
-(Amílcar) "Ô Milka"??
-(Marta) Eu acho que ele está a lembrar-se aos poucos.
-(Paulo) A lembrar-me do quê? Não é esse o nome dele? Milka?
-(Amílcar) Sim, é! Pelo menos isso tu não te esqueceste, não é?
-(Marta) Amor, vão lá jantar, que eu fico aqui com ele no quarto.
-(Paulo) Vais deixar-me aqui sozinho com a tua esposa? Eu estou todo nu, Milka!
-(Amílcar) Eu não tenho pena dela. Eu tenho é pena de ti! - esboçando um riso malicioso – Vou deixar aqui a outra GoPro a filmar, para que esse gajo quando se lembrar, ver a merda que anda a dizer e a fazer. - Descendo por onde nós tínhamos subido à coisa de instantes.
-(Paulo) A gravar para quê as coisas? Ainda não compreendi?!
-(Marta) Ô lindo, eu não sei se estás a fazer de propósito ou não, mas estás a começar a assustar-me.
-(Paulo) Posso pelo menos tapar-me com o lençol? - Tentando puxar uma das pontas.
-(Marta) Não. Estás muito bem assim. - Puxando com brusquidão o tecido que eu tinha nas minhas mãos.
-(Paula) Marta, nós vamos jantar que a comida já está a ficar fria. - entrando pelo o quarto a dentro – Eu como primeiro e depois nós trocamos.
Mor, tens fome? Queres comer alguma coisa?
-(Paulo) A descobrir que andas a comer gajos e gajas, eu perdi a fome toda.
-(Paula) Fogo, amnésia ou não, continuas um parvo de primeira. Pelo menos isso ficou, não é? - Voltando para baixo.
-(Marta) Lindo, tem calma. Deita-te e relaxa. Eu ajudo-te.
-(Paulo) Como é que te chamas mesmo?
-(Marta) Sou a Marta, mas tu costumas tratar-por "linda e linda de olhos azuis ".
-(Paulo) Obrigado, Marta. Huh... se quiseres ir comer com eles, eu fico bem aqui sozinho. A cabeça dói-me, mas não é razão para ficares sem jantar. E eu já reparei que és uma mulher de algum alimento...
-(Marta) Não!
-(Paulo) "Não"?! Não o quê?
-(Marta) Eu não saio daqui. Eu fico aqui contigo, até alguém vir para ao pé de ti. E podes dizer as merdas que quiseres, mas não sairei daqui.
-(Paulo) Epá, está bem, tu é que sabes. Mas eu estou todo descascado e o teu marido está lá em baixo, ele pode não gostar muito destas intimidades todas aqui em cima, não achas?
-(Marta) Tens razão...
-(Paulo) Vá lá... Haja alguém com um pouco de senso na cabeça aqui nesta casa.
-(Marta)... vou despir-me também! É que nem tem cabimento nenhum tu estares todo nu e eu vestida. Eu devo estar a ficar doente.
-(Paulo) Huh? Tu vais o quê??