Clube Dos Engaiolados

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CLUBE DOS ENGAIOLADOS


CAPÍTULO XV



SÁBADO (NOITE)

-(João) O que é que te aconteceu?
-(Fatinha) Ah Tonho... mas tu és tonto? 'Tás vestido de matrafona no meio da Nazaré? Ainda não é Carnaval!
-(Tonho)... - A cara dele é sempre engraçada nestes momentos.
-(Marta) E por acaso vocês já viram o rabinho de raposa que ele tem no rabiosque? Está lindo, o meu Tonhinho, não está?
-(Amílcar) O que o outro vai-se rir com isto. Cada vez está melhor!
-(Fatinha) Mas o que é isto? - agarrando o rabo (da raposa) na mão - Modernices da cidade? Consegues andar com isso?
-(Marta) Não lhe custa nada. Ele já está habituado, depois do que a esposa dele lhe fez...
-(Tonho) Huh... eu acho que já estou a ver onde fica a casa das bebidas. Eu vou lá num instantinho!
-(Fatinha) Ah João, olha ali ele andar. Rebola-se todo e nem se nota que é um homem! A mulher dele deixa-o andar assim?
-(João) Onde está o meu sobrinho e a esposa do Tonho?
-(Marta) Devem estar a comerem-se um ao outro lá em casa!
-(Fatinha) "A comerem-se"?? Ainda estão a jantar?
-(Paula) Marta, shhh...
-(Marta) Não! O jantar foi frangos que estavam uma boa merda. Eles já devem é estar no sobrepasto e eu sem na... - olhando de repente para o meu tio - Ô Joãozinho, eu também comia-te todinho agora, como sobremesa... - Mordendo o lábio inferior ao mesmo tempo que lhe tirava as medidas.
-(Fatinha) Ah João, o que é que ela quer dizer com isso?
-(João) Não sei, amor. Onde é que vocês foram comprar os frangos? - Desviando-se para o lado da Paula.
-(Paula) Na casa antiga dos frangos. Mas os velhotes já não estão lá. Agora são umas raparigas novitas.
-(Fatinha) Ah miga, o que querias dizer com aquilo? - Dirigindo-se à Marta.
-(João) Ah Fatinha, esquece isso. - tentando desviar a atenção - Ah Paulinha, essa casa de frangos morreu. Agora os melhores frangos é aqui no meio, aquela ali atrás. Têm batatas artesanais que são um espetáculo.
-(Marta) Marchava-vos ao mesmo tempo, como sobremesa. Devem ser os dois saborosos! - Falando para a minha tia e lambendo os lábios.
-(Fatinha) Ah ô, esta gaja é maluca ou quê?
-(Amílcar) Dona Fatinha, ela é um pouco diferente do normal, além de estar já com uns copos em cima. Nós não estranhamos, pois já estamos mais que habituados.
-(Marta) Ô Senhor Amílcar, isso quer dizer o quê? Posso saber? - Olhando de soslaio para o seu esposo.
-(Fatinha) Dona? A quem é que tu estás chamar dona? Não sou nenhum papo-seco velho. Ainda estou aqui para as curvas!
-(Paula) Ô meninos, tenham calma. Vá lá, não se chateiem. - Tentando acalmar os ânimos exaltados.
-(Amílcar) Amor, não é nada contigo. As pessoas é que não estão habituadas aos teus extremos.
-(João) Aonde é que o Tonho foi?
-(Marta) Acho muito bem que não seja nada comigo, porque senão o que tu tens agarrado à gaita, vai ficar até ao fim do ano, mesmo que exista planos alternativos para tua salvaguarda. - Agarrando o pénis do seu marido.
-(Fatinha) Ela está a falar do quê? Ele tem alguma coisa no peru?
-(Paula) Ai que vergonha... - Pondo a mão na face.
-(Amílcar) Ô Marta, porra, vê lá se queres contar a todos, já agora!
-(João) Ah amor, ele tem uma coisa na picha.
-(Fatinha) Uma coisa como? Um anel? Um piercing como o do meu mano?
-(Paula) Huh? Ô Fatinha, como é que tu sabes que o teu irmão...? - Fazendo-se de despercebida.
-(João) Ah Paula, tu sabes...
-(Fatinha) Ela sabe sobre nós, João? - Abrindo-lhe os olhos.
-(Amílcar) Nós todos sabemos, dona Fatinha.
-(Marta) Sim, nós fazemos o mesmo que vocês. - Agarrando-se à minha esposa e ao seu marido.
-(Fatinha) Também tens relações sexuais com o teu irmão?
-(Paula) Com irmãos, não. Mas nós os seis, somos um grupo swinger.
-(Fatinha) Os seis?! Quais seis? O Paulo e a mulher do Tonho, também? - Olhando para o seu marido, quando fez a pergunta.
-(Tonho) A minha mulher o quê? - chegando ao pé do grupo - Olhem, os velhos não têm amêndoas e ficaram desconfiados a olhar para mim. Deveriam estar a pensar que eu queria roubar alguma coisa.
-(João) Ah amor, eles todos. Eles trocam como nós!
-(Tonho) Ah, estão a falar disso. Dona Fatinha, porque é que não nos acompanha até a casa e sempre vamos esclarecendo esse assunto peculiar.
Paula, se o teu marido quer amêndoas, que vá ele comprar onde quiser, que eu já não vou a mais lado nenhum.
-(Fatinha) Ah ô, outro a chamar-me dona? Eu sei que sou mais velha, mas não tenho idade para ser a vossa mãe ou avó. Eu e a Paula temos praticamente a mesma idade! O próximo que chamar-me dona, eu torço-lhe o peru... O que é isso no ombro?
-(Amílcar) Dona Fatinha, isto no meu ombro é a minha GoPROOOOOO!!!
-(Fatinha) Então eu acabo de falar e tu dizes isso logo de seguida? Que é esta merda aqui no peru? Isto não é nenhum anel ou piercing! - Largando o peru do Amílcar.
-(Marta) Eu... Eu estou apaixonada! Que mulher de garra! Estas vão ser as melhores férias da minha vida!
-(Paula) Fatinha, vamos andando que ele já mostra isso lá em casa.
-(Fatinha) Ah João, então tu foste dizer a eles aquilo que nós tínhamos?
-(João) Amor, eles também fazem o mesmo.
-(Fatinha) E eles sabem de tudo?
-(João) Não, isso eu não contei. Mas o Paulo e o Tonho, disseram ainda há pouco que gostavam de participar nas nossas brincadeiras.
-(Marta) Eu também, não se esqueçam de mim.
-(Amílcar) Infelizmente, eu não posso. Já perceberam porquê, não é?
-(Fatinha) O paleco disse isso? E o meu mano e a Heidi? O que eles disseram sobre isso?
-(João) O Marco disse que também queria entrar na brincadeira. A Heidi eu não sei, mas acho que ela também não se importava. A ti não te perguntei nada, pois eu sei que tu deves estar à rasca para ele outra vez ou não estás?
-(Fatinha) Ah João, 'tá calado. - posicionando a mão na lateral da sua face - Tu falas demais. A Paula está ali e pode ouvir-te.
-(Marta) Quem? A Paulinha? À rasca estamos todas, para que isso se realize.
-(Fatinha) Todas quem? Você as três com o meu João? Era isso que estavas a querer dizer ainda há pouco?
-(João) As três?! Ao mesmo tempo?
-(Amílcar) Porra, bem espero que a minha prima tire-me disto antes que aconteça alguma coisa, porque senão estou tramado. Vão ser umas férias com uma passagem de fome em grande escala. Não estava à espera disto...
-(Fatinha) Quem é a tua prima?
-(Amílcar) É a Joana, don... Fatinha!! Fatinha!
-(Fatinha) Estava a ver que estavas a gostar de sofrer nas minhas mãos. E tu comes a tua prima? E o Tonho não diz nada? É que vocês são primos!
-(Amílcar) Desde que conhecemos estes malucos; o Paulo e a Paula, que a nossa vida mudou radicalmente e beneficamente.
-(Marta) Para muito melhor! Eu adoro eles os dois!
-(Fatinha) E foi o meu sobrinho que vos iniciou nesta vida?
-(Paula) Fatinha, se eu fosse explicar a história toda, iria ser muito complicada e comprida. Mas se formos a ver, se estamos todos juntos, foi por causa das ideias do meu marido e da menina Martinha, que nunca desiste.
-(Marta) Desistir é para os fracos!
-(Paula) Não existe maldade ou ciúmes nas nossas ações. Estamos tão à vontade uns com os outros, como nos conhecêssemos a vida inteira.
-(João) Quem são aqueles ali à janela da casa?
-(Marta) São os nossos vizinhos italianos... Opa, eu sabia que deveria ter ficado em casa ajudá-los.
-(Fatinha) Eu abro a porta.
-(Paula) Olá, vizinhos!
-(Vizinhos) Ciao vicina.
-(Joana) (...) VANESSAAA!!
-(Fatinha) Ah miga, estás a mijar para cima de mim? Quem é a Vanessa?
-(João) Ah paleco, precisas da ajuda do tio?
-(Vizinhos) I vicini sono pazzi.
-(Paula) Ô meninos? Mas vocês os dois não se conseguem controlar?
Mor, o que é que tu tens no pénis?
-(Amílcar) AHH!! Eu não acredito no que estou a ver... Bem-vindo ao clube dos engaiolados!
-(Paulo) Ai que vergonha!
-(Tonho) BEM FEITA!! Fónix, estou mesmo contente. É sempre a mim que acontece as merdas, por isso estou mesmo satisfeito por estares a sofrer também...
-(Joana) Huh...
-(Paulo) Epa... E-eu posso explicar isto tudo com uma lógica absurda, que todos irão por acabar por compreender e darão-me a razão por completo.
Isto não é nada daquilo que parece! - Sorrindo super atrapalhado.
-(Marta) Pareceu-me uma explicação lógica muito normal até, para todos os que são apanhados. Amor, viste alguma lógica absurda no que ele disse?
-(Amílcar) Não! Pareceu-me a resposta que eles dão sempre.
-(Fatinha) Não parece? Então ela mija em cima de mim e não parece nada daquilo que estamos a ver?

A menina Joana começa a fugir pelas escadas acima até ao primeiro andar, não querendo saber ou ajudar no que estava acontecer naquele momento.
Os nossos vizinhos italianos a rirem-se na janela, com ela acenar com um dedo na cabeça, dando sinal que somos malucos.

-(Paulo) A mijar? Ô Joana? Ai o meu canário... Anda cá, pá! Tens que soltar-me disto! Ai minha mãezinha do céu, que eu estou fodido com esta gaja!
-(Marta) Lindo, eu estou a gostar muito de estar a ver-te com isso na gaita. - Agarrando-me o instrumento.
-(Paula) O que eu gostava de saber, era: Como é que isso foi aí parar?

Swinger's Diary - The End Of The Beginning!Onde histórias criam vida. Descubra agora