Swinger's Diary - The End Of The Beginning!

Massagem Holandesa

MASSAGEM HOLANDESA

CAPÍTULO XXXIII

*Capítulo diferente do normal para um pouco avacalhar.

DOMINGO (MANHÃ)

-(Marta) Aprendeste holandês? Ela é holandesa? Como é que ela se chama?
-(Paulo) É Mia!
-(Amílcar) Epa, vem aí alguém no início da rua. Entrem para dentro.
-(Paulo) É melhor, é. Até já, Mia. - Piscando-lhe o olho.
-(Mia) Espero bem que sim... - Sorrindo.

No interior do quarto, deixando a porta da varanda aberta.

-(Marta) Mia? Ai que nome tão estranho para uma holandesa.
-(Paulo) Até pode ser estranho, mas é sempre mais fácil de escrever que o nome que o teu marido escolheu, não achas?
-(Amílcar) Opa, mas eles também só entram umas vezes nos capítulos e depois desaparecem para sempre. Eles não têm nada a esconder.
Pior ainda vai ser é o nome dele. E ainda por cima são os nomes reais.
-(Paulo) E eu é que me fodo sempre com as vossas ideias da treta...
-(Marta) Meu marido, querido e fofinho...
-(Amílcar) Quando começa assim... O que é que tu queres?
-(Marta) Sê um queridinho e vai ver se a mercearia tem algum bolinho para a tua fofinha. Estou com fominha.
-(Paulo) Hoje é domingo ainda, não é? Nas últimas vezes que passei para cima, acho que não estava aberta. Sempre tens uns restos de frango na cozinha para roermos, porque elas vão demorar muito a trazer seja o que for da praça.
-(Amílcar) Ai vão demorar? Porquê?
-(Marta) Parece que vão realizar aquilo que nos disseram da outra vez, por causa daquilo que nós fizemos quando fomos à praia de nudismo, não te lembras?
-(Amílcar) O cheque em branco? É hoje? Com quem?
-(Paulo) Com o meu tio!
-(Amílcar) É vacoso! E não nos chamaram? Também gostava de picar alguma coisa naquele chequinho...
-(Marta) Eu também acho que sim. Ô Milka, eu também queria entrar naquele cheque. Será que podemos ir ter com elas?
-(Amílcar) "Ô Milka"??
-(Paulo) Eu sei, eheh. Quem deu a ideia foi a tua esposa, agorinha mesmo, aqui em casa.
-(Marta) Não gostaste, amor?
-(Amílcar) Marta, podias escolher uma coisa melhor, não achas? Desde que não comecem a chamar-me sempre "Milka", eu não me importo.
Olhem, o frango eu não como mais, pois ia-me vendo grego ali na retrete. Eu vou ver se a mercearia está aberta.
-(Paulo) Epa, se a mercearia estiver aberta, eu quero dois bolos para mim e pode ser uns quais queres.
É que da última vez que disseram que eu comi, foi um croissant de chocolate e um pastel de bacalhau, que eu nem lhes senti o gosto.
-(Marta) Milka, eu também quer pasteisinhos de bacalhau. - Fazendo beicinho.
-(Amílcar) Ô Paulo, tu tens que deixar de escrever "milka", pá!
-(Paulo) Deixa-te de cenas, que está a ser giro. Despacha-te e não te demores muito.
-(Amílcar) Não vens comigo?
-(Marta) Não! Ele fica aqui comigo para me proteger dos malucos que andam por aí. Nós os dois vamos apanhar banhinhos de sol, lá em cima no terraço.
-(Amílcar) Tens razão, amor. Olhem, e bebidas? Leite...
-(Paulo) LEITE NÃO!! Fodasse, eu quero um néctar de pêra. Eu fiquei farto de leite para uma vida inteira!
-(Amílcar) ...com chocol... huh? Está bem, tem calma, não stresses. E tu, amor?
-(Marta) O mesmo que o nosso lindo. - Agarrando-se a mim.

Começamos a subir as escadas que dão para o sótão.
O Milka (ele agora está fodido comigo porque já lhe estou a estragar a Páscoa) a vestir-se a rigor e saiu porta a fora na sua demanda.
Na parte de cima do sótão, existe alguma tralha, como caixas de papelão com treta lá dentro, candeeiros velhos e a um canto, um cadeira daquelas que nos podemos esticar ao comprido em plástico esbranquiçado e amarelada, gasta das intempéries.