Era uma vez, uma alforreca... - III

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ERA UMA VEZ, UMA ALFORRECA...

CAPÍTULO LXX

PARTE 03


SEGUNDA-FEIRA (MANHÃ)

-(Mara) Ah pai, desculpa pela resposta de ainda há bocado. Claro que eu considero aquilo que os meus pais me dizem. Mas eu também quero divertir-me como vocês se divertem. E eu sou nova e quero aproveitar é agora, não é depois.
E se vocês trocam, qual é o problema de nós trocamos também?
-(João) Ah filha, tu não tens que falar nem desculpar nada comigo. Tu tens que falar é com a tua mãe.
-(Mara) E tenho o teu aval?
-(João) Eu já te disse que sim. A tua mãe é que é capaz de não gostar da tua ideia.

***

-(Amílcar) Se eu estivesse a contar com as lapas e o mexilhão, bem morria à fome.
-(Paulo) Aeee, ficou lá as facas e os sacos! Ah fodasse, não vou voltar atrás. Pode ser que esteja no mesmo sítio amanhã.
-(Tonho) E chegaste apanhar algumas, pelo menos? Ou só te vieste na cara da tua prima novamente?
-(Paulo) Olha-me este. - olhando para ele de lado - Queres ver que sou sempre eu o culpado de tudo agora?? Desta vez não fui eu, foi o Marco!
-(Marco) Ah ô, mas foi por tua causa.
-(Amílcar) Mas vocês não chegaram apanhar mesmo nada?
-(Paulo) Pois, mais um. A culpa é sempre minha... Ô Milka, nem uma e olha que eram enormes as putas. Enchiam a mão! Só que a tua esposa começou logo atacar tudo e todos, e as lapas continuam lá agarradas.
-(Tonho) E a tua prima... que corpinho! Eu gosto tanto de mulheres assim: esguia, esbelta. Fónix, tu és um cabrão com uma sorte do caralho!
-(Amílcar) Um cabrão com cornos! - Rindo-se.
-(Paulo) Vê lá se queres começar... E tão apertadinha, que parecia virgem, eheh. - com o Marco a olhar para mim, admirado com a informação desnecessária que eu tinha dado para completar os sinónimos do Tonho – Uh... Eu sinceramente, não compreendo o que ela viu no poupas! Ela merece muito mais do que aquilo. É pena que veja isso tarde demais.
-(Tonho) Eu tenho que a picar! Quero lá saber do que vocês dizem ou deixem de dizer!
-(Paulo) Pelo menos no meu sonho, tu picaste e até demais...
-(Tonho) Bem que se poderia tornar realidade...
-(Amílcar) Então, vais continuar no sonho dele, pois tu sabes que a prima não te vai deixar.
-(Tonho) Eu quero é que ela se foda. Bem enganada e todos mijam-lhe em cima a pedido dela.
-(Paulo) "Enganada"?!
-(Tonho) Inventei a alforreca! - pondo as mãos juntas e fazendo um olhar maquiavélico – Porra mais aos ciúmes dela. Todos podem ver e mexer e eu, nada. E ainda sou obrigado a fechar os olhos? O caralho!!
-(Marco) Era mentira?
-(Tonho) Pequenina, mas deu para mostrar que também sei vingar-me dos seus ciúmes doentios.
-(Amílcar) Bem, tu estás tão fodido quando ela descobrir, que nem um milagre de Fátima vai-te salvar.
-(Paulo) Puto, se ela descobre, tu ficas a pão e água durante um ano!
-(Tonho) Desde que seja depois das férias, eu quero é que se lixe.

***

-(Paula) Então, amiga, como é que tu estás?
-(Joana) Agora não sinto nada, mas ainda há pouco a dor era excruciante. Eu não compreendo porque razão existe estas porcarias nesta praia. Deveria ser proibido.
-(Heidi) Ah Joana, estes bichos existem em todo o lado. É normal nas praias.
-(Marta) E ainda bem que aconteceu!
-(Paula) Então porquê, Martinha? Não viste como a Joana estava a sofrer?
-(Marta) Sofrimento existe em muitas variedades e limites. E há que tempos que eu queria fazer isto com ela. É como os cães, quando marcam o terreno! Eu urinei em cima dela, e agora, tu pertences-me. - Dando uma palmada no rabo da Joana.
-(Joana) Todos fizeram isso, menos o meu marido.
-(Paula) Eu também reparei nisso. Não compreendo porque o Tonho não te ajudou como nós fizemos.
-(Heidi) Se calhar por respeito à sua esposa?
-(Marta) Ou não tem coragem, ou se calhar, nem justificava a intervenção... Eu vou mais para a segunda hipótese!
-(Paula) Nós já fizemos esse tipo de coisas lá por casa em brincadeira quando tomamos banho, por isso, respeito ou falta de coragem, acho que não é nenhuma delas.
-(Heidi) Vocês fazem isso por gosto?
-(Marta) É tão bom, Heidizinha. Custa-me acreditar que nunca tinhas feito tal coisa. Sua loura virgem!
-(Joana) Também foi a minha primeira vez. Eu sempre tive curiosidade, mas nunca a coragem de o fazer. Senão fosse esta desgraça, eu continuaria a ser uma das virgens.
-(Paula) Heidi, começamos com essa brincadeira quando a Marta e o Amílcar lá em minha casa fizeram isso connosco, quando estávamos a tomar banho os quatro.
Ao principio dá nojo, mas a sensação da água quente na nossa pele e nós vermos que sai do corpo de uma outra pessoa, excita bastante.
-(Marta) Ô Tonho – virando-se para trás – explica-me lá uma coisa, porque eu sou um pouco lerda. Porque raio é que tu não ajudaste a tua esposa quando ela estava aflita? És casado com ela e não a socorres?
-(Tonho) É simples. Não tenho coragem de fazer isso com a minha companheira.
-(Heidi) Eu não vos disse?? Ele respeita a mulher dele!
-(Paulo) É verdade, é verdade. Respeita tanto que até inventa!
-(Amílcar) Eheh...
-(Joana) "Inventa"?! Inventa o quê?
-(Paulo) Huh... Inventa...
-(Tonho) Mais vale dizeres a verdade...
-(Paulo) É melhor, é. Abre lá a boquinha, porque senão ainda vou foder-me com as tuas merdas como de costume.
-(Joana) Tonho?
-(Tonho) Querida, eu não urinei em cima de ti, pois tinha feito na água um pouco antes. Foi essa a razão. Não tinha vontade.
-(Paulo) Ai jasus...
-(Amílcar) Ai minha nossa Senhora de Fátima, este gajo além de mijão é cagão...
-(Marco) Ah João, e nós, como é que estamos. Está tudo bem?
-(Heidi) Eu estou muito preocupada com a situação em que nos agarraste, João. Não é que eu esteja arrependida do que fizemos, pois voltaria a fazer o mesmo, mas...
-(João) Ô, por mim, quero que se foda. Se ela quer foder com nós todos, eu não me importo.
-(Heidi) E ela, João? O que a Fatinha vai dizer quando ela descobrir? Vai ser o fim do mundo!
-(João) Ah Heidi, eu já falei com a Mara e disse-lhe que se ela quiser continuar com estas brincadeiras, eu acho que faz bem, mas, vai ter que falar com a mãe primeiro.

O silêncio ficou ensurdecedor entre aquele grupo familiar, no meio de mentiras e segredos.
Caminhamos na orla do mar todos juntos, quando começamos a subir para a nossa barraquita, com o nosso segurança sentado nas toalhas a tomar conta do investimento a fundo perdido.

-(Valter) Então, fanequinha? Está tudo bem? Apanharam muitas lapas e mexilhão? - Beijando-a na face.
-(Paulo) As lapas, essas, fodasse, estavam tão bem cravadas à rocha que até as facas ficaram lá agarradas a elas. - Ficando ele admirado a olhar para mim.
-(Mara) Amor, o meu pai já sabe sobre nós.
-(Valter) Eu sei. Eu já lhe tinha dito ainda há pouco, mas ele disse para eu ficar caladinho, porque senão dava-me um excerto de porrada.
-(Mara) Ah pai, queres bater no meu Valter? Mas tu 'tás doido?
-(Paulo) Tio, no poupas não, pá. Um bilhete teu nele e desmanchas-o todo. - Agarrando nas toalhas, sacudindo-as e entregando aos seus respetivos donos.
-(João) Ah filha, depois do que ele vai-te fazer daqui a uns anos, merecia isso e muito mais, o cagão de merda... - ficando a olhar em silêncio - Ah Valter, eu estava na brincadeira contigo ainda há pouco. Está tudo bem entre nós. - Dizendo isto ao poupas e sem mostrar a cor dos dentes...
-(Amílcar) O que se passa, amor? Estás tão caladinha. Não me digas que ele já fez das dele novamente?
-(Marta) Eu ouvi a vossa conversa...!
-(Paula) A que horas a Fatinha quer-nos lá?
-(Marco) A minha mana tinha dito para lá estarmos entre o meio dia e a uma, para prepararmos as mesas cá fora ao pé da piscina.
-(Heidi) Será que primeiro podemos passar o corpo por água, lá em vossa casa?
-(Tonho) Claro que sim. Estão à vontade. Mi casa es tu casa!
-(Joana) À vontade, mas não é à vontadinha. E desde quando é que a casa é tua, senhor Tonho?
-(Velhos) Então hoje não vai haver nada?
-(Amílcar) Fica para uma próxima. - Respondendo, ao mesmo tempo que passávamos por eles.
-(Velhos) Ora c'um camandro. E à tarde? Vêm à tarde? Ô rapaz!!

E lá fomos todos para a casa tomar uma banhoca.
E vocês, caros leitores, perguntam todos em coro: Quem é que paga a merda do gás??
Foi o saloio do costume! Por isso, é que eu não comprei gás nenhum desta vez.
Vão pô caralhinho, que foderam-me bem em dois verões seguidos. Agora no terceiro, safem-se e vão ao Zé Corno comprar o gás, que eu não ponho lá mais pesetas nenhumas. Só se for para os croissants de chocolate, pastéis de bacalhau ou as amêndoas amargas...
Enquanto subiam para o primeiro andar...

-(João) Ah paleco, temos que falar.
-(Paulo) Eu já sabia, parece que adivinho... Tio, epa, sobre a Mara, descansa que não volta...
-(João) Ah Paulo, se fodes com ela ou ela contigo ou com vocês todos, o tio não quer saber nada disso. Se ela der para mim, até eu ficava contente!
-(Paulo) A sério?? Não estavas a brincar ainda há pouco? Comias a tua própria filha?
-(João) Olha lá, isso não é problema para mim, o que está aqui em questão, é a tua tia. Como é que vais explicar isso a ela?
-(Paulo) Epa, eu sei lá... Posso começar pelo o principio, pois tudo começou com um gelado no Sítio, que até foi muito bom e depois veio o noivo dela no dia seguinte e... Fodasse, sabes como é, o sangue subiu todo à cabeça de baixo e a de cima deixou de pensar nessas coisas. O que é que queres que eu lhe diga? Eu não sei o que dizer! Achas que a reação da tia vai ser assim tão fodida? Ela tem uma mentalidade tão aberta...
-(João) Vocês os dois vão ter que falar com ela, não lhe podem esconder isto. - pondo-me a mão em cima do ombro – E olha lá outra coisa, sobre aquilo que aconteceu ontem com a Paula...
-(Paulo) Ô tio, caga nisso. Eu já me enervei demais por causa dessa merda e até tenho um galo aqui do caralho no meio da testa, por causa do nervosismo todo acumulado.
Epa, tu vieste dentro dela... Tudo bem. Aconteceu. Que se foda. Bem, não é bem assim, mas prontos!
Elas parecem que ficaram doidas com a foda que deram contigo e tu terminaste daquela maneira. Eu compreendo a doidice, pois como tu podes ver com a Marta e a Heidi e a Mara, eu nem consigo controlar-me...
Mas eu fico sempre preocupado porque, imagina que ela engravida de ti?! É que ela andou o caralho do dia todo esporrada por ti, pá! - pondo as mãos no ar, mostrando a minha estupefação do ato dos dois – Ah, e mais: Se ela estiver grávida, fica já avisado que quem se fode és tu! É que eu nem quero saber de nada! Pode me chamar de pai e o caralho e eu crio como se fosse um filho meu, mas quem paga as putas das cenas, és tu, man! - Apontando-lhe o dedo.
-(João) Ah Paulo, eu já estou mais que habituado a isso, mas olha lá bem uma coisa... A tua esposa não pode estar grávida!
-(Paulo) Fodasse, não me digas que foste-lhe à regueifa e vieste-te lá dentro? Não foi essa a conversa do Tonho!
-(João) Paulo, ouve-me bem, o tio não pode ter filhos!!

Swinger's Diary - The End Of The Beginning!Onde histórias criam vida. Descubra agora