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— Não, não tenho nenhuma queixa contra os lobisomens, nem contra os Cullen. Vocês vieram aqui para destruir uma criança imortal. Não existe nenhuma criança imortal. Esse foi meu erro, e assumo total responsabilidade por ele. Mas os Cullen são inocentes e vocês não têm motivos para permanecer aqui. Sinto muito — ela nos diz, e então se voltou para as testemunhas dos Volturi. — Não houve nenhum crime. Não há motivo válido para ficarem.

Enquanto ela falava, Caius ergueu a mão, e nela havia um estranho objeto de metal, entalhado e decorado. Um sinal. A reação é tão rápida que todos assistimos em aturdida incredulidade enquanto acontece. Irina é desmembrada e queimada de maneira rápida demais para qualquer um fazer algo. Um grito fica preso na minha garganta, então quando eu abro a boca, nada sai.

Caius dá um sorriso frio.

— Agora ela assumiu toda a responsabilidade por seus atos.

Avanço automaticamente, mas rapidamente alguém me segura no lugar. Emmett. Ele me prende em seus braços e sussurra em meu ouvido palavras consoladoras que não fazem sentido agora.

— Eu estou bem — relaxo, mas leva algum tempo até que ele me solte — foi só instinto. — Minha voz falha, afetada. — Só instinto — sussurro, ainda em choque.

Olho para trás, onde Kate e Tanya estão dando trabalho. Felizmente, elas ficam sob controle e eu não preciso usar meu poder nelas. Viro-me para frente e me concentro então em pena. Se eles nos olham como inferiores, talvez tenham alguma solidariedade. Alcanço todos, até as malditas esposas. Os cochichos das testemunhas dos Volturi se tornam cada vez mais altos. Eles estão insatisfeitos. A onda de poder que sai de mim é tão avassaladora que minhas mãos tremem. Eu nunca havia usado essas emoções antes, ainda mais em grande escala e sem terem a ver diretamente comigo. Fecho os olhos novamente, exausta.

— Rox? — Edward me chama baixinho.

— Está tudo bem — devolvo, abrindo os olhos. É uma enorme mentira com laço no topo, mas não há muito o que fazer agora.

— Não se esforce tanto, querida — Aro me encara — seu poder é incrível, mas todos temos limitações.

— Estou testando minhas limitações agora — retruco no mesmo tom suave e então olho para além de dele, no que julgo ser minha melhor expressão de fria e calculista — e estou satisfeita com o resultado.

— O que ela está fazendo? — Caius reclama com Aro, se recusando a me perguntar diretamente.

— Roxanne tem a formidável habilidade de influenciar os sentimentos alheios. Antes era só sobre ela, mas felizmente está progredindo — explica Aro, convencido. Ele fala como se fosse meu amigo, mas só leu tudo isso na mente de Edward.

— Na falta de Jasper... — dou de ombros e Edward arfa ao meu lado.

— Estava mesmo sentindo falta dele e sua adorável companheira — Aro comenta. Oh, droga. Eu e minha boca grande.

Mas, como um milagre em filmes de Natal, um movimento na floresta faz todos nós encararmos as árvores. Reconheço imediatamente meu casal desaparecido preferido.

— Alice e Jasper! — Comemoro.

Todos parecem falar ao mesmo tempo, esperando com expectativa eles chegarem junto com as outras três pessoas que os seguem.

— Alice procurou sua própria testemunha nas últimas semanas — Edward diz aos Volturi. — E não voltou de mãos vazias. Alice, por que não apresenta as testemunhas que trouxe?

Caius rosnou.

— Não precisamos de mais testemunhas — diz — o que precisamos é uma prova concreta que a criança não irá ser uma ameaça a nossa espécie no futuro.

amore mio | twilight Where stories live. Discover now