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Acordei às nove e vinte três da manhã com a claridade do sol no meu rosto, Diego não estava mais na cama então provavelmente tinha levantado para preparar o café da manhã. Me sentei na beirada da cama me espreguiçando e fui até o banheiro realizar minhas higienes pessoais e tomar uma ducha para despertar.

No banho fiquei pensando sobre a carta da faculdade, eu me recordava de ter me inscrito para algumas universidades americanas logo no início do segundo ano do ensino médio e por meu antigo colégio ter educação bilíngue, uma vez no ano eles passavam o que nós chamamos aqui de Enem americano.

Fazia tanto tempo, tanta coisa havia acontecido de lá pra cá que eu mal me lembrava disso.

Pelo menos até ontem.

Sai do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e uma na cabeça. Passei hidratante por todo corpo, vesti uma calcinha qualquer que peguei no armário e como estava calor vesti um short de pano bem confortável e um top.

Fui pra sala penteando meus cabelos, no sofá Diego estava sentado só de calça social com Ben no colo assistindo desenho.

— Olha quem acordou, mamãe.

Selei nossos lábios, peguei meu filho no colo e brinquei com ele indo na cozinha aprontar meu café da manhã.

— Não está atrasado? Pensei que já tinha ido pra empresa.

— Hum, não — virou o pulso olhando o relógio — só tenho uma reunião ao meio dia.

— Gabriel vai? — enfiei um pedaço de pão na boca e ele assentiu.

Peguei minha xícara de café na bancada e ao me sentar no sofá coloquei a mesma em cima da mesinha de centro. Eu morria de medo de deixar o Benjamin perto de líquido quente, então o peguei e coloquei dentro do carrinho que ele adorava e o mesmo sorriu.

Pensa num bebê sorridente? Era ele!

Dei um beijinho na ponto do meu nariz arrebitado, fiquei balançando o carrinho enquanto tomava café e assistia o bendito mundo bita que Alex havia viciado ele. Eu já sabia qual tema seria seu aniversário de um aninho.

Ao meu lado Diego cantava todas as músicas e eu ri do mesmo que fechou o semblante na mesma hora.

— O que foi? Você fica uma gracinha cantando — segurei o riso.

— Hahaha — forçou uma risada — eu sei dos meus dotes de cantor, ta bom? Você tem é inveja por que quando canta parece uma cigarra fanha!

Abri a boca fazendo um "O" e ri. A humilhação por aqui tinha começado cedo.

— Te odeio — dei língua.

— E foi assim que tivemos um filho e noivamos.

O café quase foi cuspido se eu não tivesse posto a mão na boca antes. Que idiota! Isso realmente era verdade.

Quando deu dez e meia o mesmo terminou de se ajeitar, se despediu do mim e do Ben e foi pra empresa. Então ficamos só, eu e meu pequeno naquele imenso apartamento assistindo desenhos animados pelo o resto da manhã.

O bom de ser mãe e gostar de desenhos era que quando assistia não sofria tantos julgamentos. Um tal de Alex e Victor gostavam de perturbar com isso!

Peguei o Ben no colo indo em direção ao quarto, sentei na beirada na cama e da gaveta da mesinha ao lado tirei a carta da Stanford. Suspirei ao abri-lá novamente pensando o que eu iria fazer com aquilo e o que pensar sobre. Mandei uma mensagem para Lya que tu já chego da casa de seus avós a pouco dias pedindo para vir aqui em casa e ela me respondeu no mesmo minuto.

NÓS 2 | UM NOVO ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora