( 1 . 3 ) ♦️ - 𝗇𝖺𝗌 𝗆𝖺̃𝗈𝗌 𝖽𝖺 𝗆𝗂𝗅𝗂𝖼𝗂𝖺

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O Chapeleiro havia morrido.

Olhando seu cadáver deitado sobre a extensa mesa de madeira, Makka contraiu os ombros e fechou a expressão, evitando não chocar-se com a morte do Número Um.

O buraco pequeno da perfuração da bala no peito do falecido líder deixava estampado o real motivo de sua morte; assassinato. Makka desviou o olhar para Chishiya, lembrando-se do que o loiro havia lhe dito um dia atrás. Ele estava certo, afinal. Curtas horas haviam se passado desde a morte do Chapeleiro e a Praia já possuía sua hierarquia desmoronando.

A chegada repentina de Ann chama atenção. A mulher corre até o ex-líder, sua feição ligeiramente assustada.

— Ei, não saia tocando nele. Louca da dissecação. — Niragi mandou, passando atrás dela enquanto segurava sua metralhadora.

— Ele foi atingido por um tiro. O jogo dele envolvia armas? — Ann perguntou, seus olhos ainda cravados no peito do Chapeleiro.

— É provável. Teve gente que estava perto da arena dizendo que ouviu som de tiros. — Tatta respondeu, engolindo em seco.

— Som de tiros, ou som de um tiro? — Makka questionou friamente, retirando de forma lenta o pirulito de dentro da boca. Não se sentia realmente triste pela morte do Número Um, porém, havia criado um pequeno laço com o homem.

— E do que interessa, em? — Niragi refutou, aumentando o tom de voz enquanto andava até a Nakata.— Me admira você não estar chorando pelo velho, gata. Vai ver, ele não te comia tão bem assim, não é?

— Vai se foder. — Makka sussurrou, contorcendo a feição em nojo.

Niragi riu escandalosamente, tomando um dos braços finos da rosada com sua mão livre.

— Deveria tomar cuidado com o que fala. O Chapeleiro não está aqui 'pra te proteger. — ele murmurou, acariciando a clavícula da jovem com a ponta de sua arma. — É só uma questão de tempo até você estar na minha cama, vadia. E depois, eu vou te transformar numa peneira, de tantos tiros que vai levar.

Makka abaixou o olhar, dando um pequeno passo para trás. Quase havia estragado tudo, expondo suas opiniões de forma tão impulsiva. Merda. Tudo o que ela não precisava neste momento era a mira dos milicianos para cima de si.

— O que vai acontecer com a Praia? — um dos empregados perguntou, nervoso.

— Mantenham em segredo. Pode abalar os outros. — Mira respondeu, mantendo um pequeno sorriso sobre seus lábios.

𝗡𝗢 𝗧𝗜𝗠𝗘 𝗧𝗢 𝗗𝗜𝗘, ALICE IN BORDERLAND Onde as histórias ganham vida. Descobre agora