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— Ahn... Sim! — a pequena respondeu tímida, sorrindo sem mostrar os dentes — Sou eu. — naquele momento, se sentiu intimidada ao comparar sua altura com a do levantador.

— Eu sou o Bruno. — disse sem jeito — Ah, você já sabe disso, disfarça — ele riu, em uma tentativa de quebrar o clima tenso e desconhecido que havia entre aqueles dois. Ele se sentia como um fósforo prestes a ser aceso — Bom, eu e o time queremos te dar uns presentinhos de boas vindas à equipe. — levantou os embrulhos e gentilmente os entregou nas mãos quase que minúsculas da mulher à sua frente. O rapaz não deixou de reparar nas unhas pintadas da cor vermelho vinho dela.

— Nossa, muito obrigada. Mesmo. Eu fico até sem jeito e com vergonha assim. — sentindo seu corpo queimar internamente, a fotógrafa sorriu apreciando o presente, que em breve abriria. Quando percebeu, Bruno estava com os braços abertos, pedindo um abraço. Devido à timidez, e ao fato de ter sido pega de surpresa, demorou para ter uma reação. E como resposta, o levantador puxou aquele pequeno corpo à sua frente, o envolvendo em seus braços musculosos. Também não deixou de reparar no cheiro delicioso que ela exalava. Frutas vermelhas. Bruno amava aquele cheiro.

— Aquele ali sou eu?! — Curioso, olhou para a tela do notebook enquanto abraçava aquele corpo minúsculo. Sem a garota ao menos permitir, ele adentrou seu quarto e analisou a foto que a fotógrafa havia tirado dele durante o treino de hoje. Apesar de estar todo suado na imagem, Bruno se sentiu lindo levantando a bola enquanto fazia cara de mau. Com certeza postaria aquela foto em seu Instagram com um emoji de soquinho, como sempre.

— Você gostou? — a morena ficou ao seu lado, toda curiosa e atenta pela resposta que viria pela frente. Ela não sabia, mas seus olhos brilhavam quando alguém falava sobre seu trabalho. Era gratificante pra caramba, lhe dava certeza de que havia escolhido a carreira certa e que em breve ela decolaria com passagem só de ida para o sucesso.

— Se eu gostei? Ficou muito foda. Nossa, eu saí muito bonito. — observava os detalhes da foto enquanto acariciava a própria barba com um sorriso de lado. Alice analisou os movimentos de Bruno com certa atenção, e acabou enxergando o charme dele.

— O que não é difícil, né? — deixou o comentário escapar por seus lábios carnudos. Ele a encarou todo serelepe. De primeira, Bruno reparou no brilho do olhar da morena ao seu lado. Assim que se deu conta do que falou, ela tentou se retratar — Ai meu Deus, não é o que você tá pensando, eu jamais iria flertar no meu ambiente de trabalho. Desculpa. — levou a mão até o rosto e ficou aflita com a situação, rindo de nervoso. Se sentiu prestes a perder o seu maior emprego até agora, pelo menos foi isso que a paranóia colocou na cabeça dela.

— Ei, ei, ei. — ele jogou as mãos para o alto — Calma. — disse rindo da cara da mais nova — Foi só um elogio, ninguém morre por fazer um. Tá tudo bem. Você é muito boa, digo, no que faz. — antes que ele possa finalizar a frase, mais alguém aparece na porta daquele pequeno quarto.

— Eu te procurei em todos os lugares, Bruno. — um poste de dois metros, vulgo, Lucas aparece na porta chamando seu melhor amigo Bruno — Oi, Alice! — sorriu e acenou — Bora jantar, cara.

— Oi! — a criatura minúscula (comparada ao jogador de 2,10m de altura, seus 1,65m não eram nada) acenou de volta.

— Bom, aproveita seus presentes da equipe, depois me conta o que achou. — Bruno sorriu de maneira espontânea e se despediu com um tchauzinho, seguindo o amigo Lucas porta a fora.

Suspirou agitada e se apressou em fechar a porta. Encarou seus presentes com um sorriso bobo de felicidade rasgando seu rosto de lado a lado. Alice se sentiu nas nuvens sendo mimada por pessoas que não conhece. Rapidamente, desfez os laços dos dois pacotes, extremamente empolgada, pulando de um lado para o outro do cômodo quando viu o primeiro mimo.

Cruel Summer » {Bruno Rezende}Where stories live. Discover now