10|Pobre lata de lixo

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Em 1988 uma mulher passava pelas portas de um hospital maternidade prestes a dar à luz a sua filha que mais tarde ela decidiu intitular de Magnólia

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Em 1988 uma mulher passava pelas portas de um hospital maternidade prestes a dar à luz a sua filha que mais tarde ela decidiu intitular de Magnólia. No momento em que estava no colo de sua mãe com os olhos semi abertos porque ainda tentava se acostumar com a claridade do mundo, a pequena garota sentiu que seria a pessoa mais amada desse universo, talvez porque essa tenha sido as palavras da sua progenitora. Porém, não teria como um recém-nascidos de algumas poucas horas de vida se lembrar disso, da mesma forma que ela também não sabia o que a vida ou o destino chame como quiser, preparava para ela.

Por anos a garota foi realmente amada, mesmo que o seu pai tenha dificuldades para demonstrar tal ato, porém sua mãe sempre estava lá, cuidando, ensinando, aconselhando, e claro, amando. Magnólia era uma garota inteligente, que desde nova era curiosa, uma garota de opiniões e determinada, dona de uma personalidade única, desde que se entendeu por gente lutava por seus princípios e raramente se deixava ser comandada. Betty, sua mãe, costumava dizer que aqueles eram atributos na qual ela havia herdado dela, e insistia em dizer a filha para que ela continuasse sendo igual quando crescesse, pois, ela tinha certeza de que a filha se tornaria uma grande mulher. 

- Quando crescer se torne uma mulher repleta de integridade. - A mais velha disse enquanto penteava os cabelos da sua filha que agora tinha sete anos.

- O que é integridade? - Questionou, pois, ainda não havia se deparado com aquela palavra em nem um outro momento da sua vida.

- Quando for mais velha vai descobrir meu amor, mas agora está na hora de dormir. - Naquela noite a jovem dormiu pensando nas possibilidades do que àquela palava significava.

Com 15 anos ela tentava se lembrar de momentos em que passara com o seu pai, mas a garota só conseguia se lembrar de sempre ouvi-lo dizendo aos quatro quantos de que ela era mal criada, mimada. Não existia uma lembrança se quer de estar brincando com ele no grande jardim que tinha em sua antiga casa, ou em volta da piscina onde ela nadou poucas vezes, de assistirem a um filme juntos... Nada. Por mais que ela tentasse, só conseguia ver imagens do homem que sempre estava vestido de terno e gravata, sempre trancado ao escritório, lhe dirigindo palavras apenas no momento em que ela fazia algo em que ele julgava ser irritante e errado.

Ela não se recordava nem mesmo do último presente de aniversário na qual ele havia comprado com as suas primeiras mão e lhe entregado desejando os parabéns. Pois, o último presente que ganhou em nome dele, ela tinha certeza de que sua mãe quem havia comprado, era uma corrente de ouro 22k com uma medalhinha no formato do símbolo do seu signo, junto vinha um cartão  com a frase  'Parabéns, amo você' impresso, porém a assinatura era a dele, e ela sabia que sua mãe quem havia lhe entregado e pedido para assinar.

Foi na noite daquele aniversário que ela descobriu quais seriam os seus planos de vida, em que ela não concordava e então começou a elaborar um plano para mudá-lo.  Naquele dia antes do jantar que sua mãe preparava, um visita chegou, um homem que a garota já havia visto algumas vezes em alguns retratos antigos, mas que ela via seu pai conversando frequentemente. Ele era diferente da fotos, agora já era um homem maduro e não um adolescente, mas ele foi legal com ela, mesmo que nunca tenham se visto ele trouxe para a menina um par de brincos com pedrinhas de diamante, desejou os parabéns e disse ter certeza de que ela realizaria grandes feitos na vida.

Quem É Ela | Livro 1 | Concluída Where stories live. Discover now