Capítulo 2

815 12 5
                                    

       Charlie parou, sentindo o suave passar de poeria debaixo dos seus pneus, e desligou o carro. Ela saiu e observou o ambiente à volta deles. O céu estava um azul-escuro rico, os últimos rastos do pôr-do-sol a deslocarem-se para oeste. O parque de estacionamento estava vazio, e perante eles encontra-se uma construção monstruosa, um acre crescente de vidro e concreto. Havia luminárias no parque de estacionamento que nunca tinham sido usadas, e nenhuma luz brilhava no estacionamento. O edifício em si parecia um santuário abandonado, coberto de árvores escuras no meio ao barulho distante da civilização. Ela olhou para Jessica no assento do passageiro, que estava a esticar o pescoço para fora da janela.       

      "Estamos no lugar certo?" perguntou Jessica.         

      Charlie abanou a cabeça lentamente, não tendo bem a certeza do que estava a ver. "Não sei," sussurrou ela.        

        Charlie saiu do carro e manteou-se em silêncio enquanto John e Carlton estacionavam ao lado dela.       

         "O que é isto?" John saiu do carro cuidadosamente e olhou vagamente para o monumento. "Alguém tem uma lanterna?" Ele olhou para cada um deles.         

          Carlton ergueu o seu porta-chaves e acenou ao redor um brilho fraco de uma lanterna por um minuto.         

            "Fantástico," murmurou John, afastando-se com desdém.        

            "Espera um segundo," disse Charlie e foi ao seu porta-bagagens. "A minha tia faz-me carregar um monte de coisas para emergências."         

              Tia Jen, amorosa mas severa, tinha ensinado a Charlie autonomia acima de quase tudo. Antes de deixar Charlie ter o seu velho Honda azul, ela tinha insistido a Charlie para saber em como mudar um pneu, verificar o óleo, e saber as peças básicas do motor. No porta-bagagens, numa caixa preta aconchegada ao lado do macaco, do pneu extra, e dum pequeno pé-de-cabra; ela tinha uma manta, uma pesada lanterna de emissão policial, água engarrafada, barras de cereais, fósforos, e sinalizadores de emergência. Charlie agarrou a lanterna; Carlton agarrou uma barra de cereais.        

            Quase que por acordo silencioso, eles começaram a percorrer o perímetro do edifício, Charlie segurando a lanterna com um feixe estável na frente deles. O edifício em si parecia quase terminado, mas o chão era todo poeira e pedra, irregular e macio. Charlie iluminou o chão com a lanterna, onde relvado tinha crescido irregularmente na terra, com centímetros de comprimento.        

            "Ninguém tem estado a cavar há algum tempo," disse Charlie.        

            O lugar era enorme, e levou muito tempo para circunvagar. Não demorou muito para o rico azul do entardecer ser dominado por uma camada de nuvens prateados espalhadas e estrelas. As superfícies do edifício eram todas lisas, de concreto bege, com janelas muito altas nas paredes para ver o interior.        

            "Eles realmente construíram esta coisa toda e depois simplesmente foram-se embora?" Disse Jessica.       

            "Carlton," disse John, "não sabes realmente nada sobre o que aconteceu?"        ~

            Carlton deu de ombros. "Eu disse-te, sabia que havia construção, mas não sei mais nada."             "Porque iriam fazer isto?" John parecia quase paranoico, explorando as árvores como se olhos pudessem estar a olhar para ele. "Simplesmente continua." Ele apertou os olhos, olhando ao longo da parede exterior do edifício, que parecia esticar-se infinitamente ao longo da distância. Ele olhou de volta para as árvores como se para ter a certeza que não lhe tinha escapado um edifício de alguma maneira. "Não, era aqui." Ele colocou a mão no revestimento de concreto de arrasto. "Foi-se."         

(1) Five Nights at Freddy's: Olhos Prateados (PT-PT)Where stories live. Discover now