Capítulo 6

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     O outro carro não estava no estacionamento, e quando eles entraram no quarto, havia uma nota na almofada de Charlie, escrita na caligrafia grande e maluca de Marla.

      Vamos nos encontrar para jantar às 6:30, e depois vamos para tu-sabes-onde! tinha ela escrito. Vejo vocês os dois em breve---não se esqueçam do resto de nós! XOXO Marla

      Ela tinha desenhado uma cara sorridente e um coração por baixo do nome. Charlie sorriu para si própria, dobrando a nota e deslizando-a para o seu bolso sem mostrá-la a John.

      "O que dizia?" perguntou ele.

      "Temos que nos encontrar-nos com eles daqui a"---ela verificou o relógio---"uma hora." John assentiu. Ele continuava parado na porta, esperando por algo. "O quê?" disse Charlie.

      "Tenho que me trocar," disse ele, gesticulando para a roupa amarrotada que ele estava a usar. "Posso levar o teu carro?" Ele segurou as chaves e sacudiu-as.

        "Oh, sim, claro. Volta para mim," disse Charlie com um sorriso.

        Ele sorriu. "Claro," adicionou ele com uma piscadela.

        Quando a porta fechou atrás dele, Charlie deixou escapar um suspiro. Finalmente sozinha. Ela estava desacostumada a tanta companhia; ela e a Tia Jen moviam-se nas suas próprias órbitas, encontrando-se alegremente de tempo em tempo durante o dia, mas com a suposição que Charlie conseguia cuidar das suas próprias necessidades ou que falaria se não conseguisse. Charlie nunca falou. Ela conseguia se alimentar, ir para a escola e voltar, e manter as suas altas notas e amizades casuais. O que poderia a Tia Jen fazer sobre os pesadelos? Sobre perguntas que ela não queria realmente as respostas? O que poderia a Tia Jen contar-lhe que não seria ainda mais horripilante do que ela já sabia? Então ela não estava acostumada à presença contínua de outras pessoas, e era um pouco cansativo.

      Ela banhou rápido e vestiu novas roupas, jeans e uma T-shirt preta, depois deitou-se na cama, olhando para o teto. Ela tinha uma vaga sensação que a sua mente devia estar correndo com entusiasmo e terror pelas suas descobertas, repassando repetidamente as memórias que ela havia despertado, procurando por algo novo. Em vez disso, ela apenas se sentia em branco. Ela queria estar sozinha, para puxar as memórias para trás da sua mente onde elas pertenciam.

      Depois do que pareceu apenas alguns pequenos minutos, houve uma batida na porta, e Charlie sentou-se, verificando o relógio. Tinha passado mais tempo do que ela tinha apercebido; estava na hora de ir embora. Ela deixou John entrar.

       "Tenho que me calçar," disse ela. Ela olhou para ele enquanto amarrava os laços. Ele tinha-se mudado, desta vez para jeans e uma T-shirt, um contraste com as roupas formais que ela tinha-se habituado. O seu cabelo ainda estava molhado, e havia algo fresco e radiante nele. Ela sorriu um pouco.

        "O quê?" disse ele quando notou.

        "Nada," disse ela. "Continuas a parecer sujo," brincou ela conforme passava por ele. Eles entraram no carro. Desta vez ela conduziu, e quando chegaram ao restaurante, Charlie desligou o motor e hesitou, sem se movendo para sair do carro.

         "John," disse ela. "Não quero contar a ninguém sobre Fredbear's."

          "Mas---" Ele parou-se a si mesmo. "Ya," disse ele. "Acho que nós esquecemos que isto é a tua vida e não apenas uma aventura. É na boa; consigo guardar um segredo."

           "É a vida de todos nós," disse ela. "Estivemos todos lá. Podemos contar-lhes mais tarde; só quero resolver um pouco disso para mim agora."

(1) Five Nights at Freddy's: Olhos Prateados (PT-PT)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang