Capítulo 11

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Eles sentaram-se em silêncio por alguns minutos no pequeno escritório, todos observando a porta, esperando. É apenas outro lugar para ficar encurralado, pensou Charlie.

      "Temos que sair daqui," disse Jessica calmamente, ecoando os pensamentos de Charlie. De repente Carlton fez um pequeno som de angústia. Espasmodicamente, ele agarrou uma caixa de cartão, derrubando-a para despejar alguns dos conteúdos, e vomitou nela. O seu estômago estava vazio; ele vomitou inutilmente, os seus intestinos apertando e agarrando sem efeito. Por fim ele sentou-se, ofegante. O seu rosto vermelho, e haviam lágrimas nos seus olhos.

      "Carlton? Estás bem?" perguntou John, alarmado.

      "Ya, nunca melhor," disse Carlton conforme a sua respiração voltava lentamente ao normal.

       "Tens uma concussão," disse Charlie. "Olha para mim." Ela ajoelhou-se diante dele e olhou-o nos olhos, tentando se lembrar como as pupilas deveriam parecer se alguém tivesse uma concussão. Carlton balançou as sobrancelhas.

      "Oh, oh, au!" Ele cerrou os dentes e baixou a cabeça, apertando-a como se alguém fosse tentar tirá-la dele. "Desculpa," disse ele depois de um momento, ainda curvado de dor. "Acho que foi daquela correria toda. Eu fico bem."

      "Mas---" Charlie começou a protestar, mas ele cortou-a, esticando-se com esforço visível.

      "Charlie, é na boa. Podes culpar-me por estar um pouco fora do normal? E tu?" Ele apontou para o braço dela, e ela olhou, confusa.

       Havia uma pequena mancha vermelha brilhante vazando pelo curativo no seu braço; a ferida deve ter aberto enquanto eles estavam fugindo.

      "Oh," disse Charlie, de repente um pouco enjoada. John moveu-se na sua direção para ajudar, mas ela o dispensou. "Estou bem," disse ela. Ela moveu o braço experimentalmente; doeu com a mesma dor surda que irradiava por ele nos últimos dias, mas não pareceu pior, e a mancha de sangue não crescia muito rápido.

      Houve outro estrondo de trovão lá fora, e as paredes abanaram.

      "Temos que sair daqui. Não deste escritório, deste edifício!" exclamou Jessica.

      "Carlton precisa de um médico," adicionou John.

       A voz de Jessica aumentou em pitada, soando frenética. "Vamos todos precisar de um médico se não formos embora!"

      "Eu sei," disse Charlie. Ela sentiu uma irritação crescente da declaração autoevidente, e ela tentou apertá-la para baixo. Eles estavam assustados, e encurralados; atirar uns nos outros não iria ajudar. "Okay," disse ela. "Tens razão. Temos que sair daqui. Podíamos tentar a claraboia."

      "Não acho que sejamos capazes de sair dessa maneira," disse John.

      "Tem que haver um escadote algures neste lugar," replicou Charlie, o seu medo vazando enquanto ela considerava as opções. Ela sentou-se mais direita, reunindo-se.

      "Não vai ajudar," disse Jessica.

      "Condutas de ventilação," disse John apressado. "As que o Jason entrou eram muito pequenas, mas tem que haver outras. Janelas, Freddy's tinha janelas, certo? Elas têm que dar em algum lado."

      "Acho que é seguro dizer que foram todas emparedadas." Charlie abanou a cabeça e olhou para o chão por um momento, depois encontrou os olhos de John. "Este edifício todo foi selado."

      O walkie-talkie estalou para a vida, e eles todos saltaram. A voz de Lamar saiu do rádio.

      "John?"

(1) Five Nights at Freddy's: Olhos Prateados (PT-PT)Where stories live. Discover now