Em casa - 14

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Dayane Pov 

Ontem chegamos um pouco tarde do churrasco na casa de Rafael, então tanto eu quanto Carol acordamos mais tarde do que esperávamos. Nós iriamos voltar hoje, eu havia deixado minha namorada na casa de Luísa para que ela pudesse arrumar suas coisas já que apesar de ter dormido praticamente todos os dias comigo, as coisa que ela havia trago ainda estavam na casa de sua amiga. 

- Você trate de voltar assim que possível. - Calil disse assim que me viu colocar minha ultima mochila no carro. 

- Você sabe que eu vou. - Eu rebati o abraçando. 

- Vamos sentir sua falta. - Victor disse do lado de nós dois. 

Eu somente o abracei apertado sabendo que morreria de saudades dos dois. Demoramos mais um tanto ali, me despedi dos dois mais uma vez e então eu entrei no carro para ir buscar Carol. Peguei um pouco de transito o que me fez chegar ainda mais tarde na casa de Luísa, mas assim que estacionei mandei uma mensagem para Carol avisando que havia chegado. Ela não demorou a aparecer com sua única mala e uma mochila nas costas, eu não tardei em sair do carro para ajuda-la. 

- Ei. - Ela sorriu para mim enquanto eu me aproximava. 

Lhe dei um selinho e em seguida peguei tanto a mala quanto a mochila de suas mãos, as guardando no porta malas junto com as minhas coisas. 

- Podemos ir?

Carol concordou dizendo que Luísa queria ter ficado para me dar tchau mas que havia uma consulta e teve que ir. Concordei e nós duas no carro, Carol escolheu as primeiras músicas como de costume e eu não reclamei, tínhamos gostos parecidos. Diferente da nossa ida Carol não dormiu em nenhum momento. 

- Eu te deixo em casa direto ou você quer passar em algum lugar? - Perguntei quando percebi que já estávamos quase chegando. 

- Acho que meus pais ainda não estão em casa, quer ficar por lá um pouco? A gente vê um filme, come besteira... - Ela sugeriu. 

- Na verdade, eu ia ter perguntar uma coisa. Minha mãe meio que queria te conhecer. - Eu disse sem graça. - Se você tiver muito cansada eu entendo, a gente fica um tempo na sua casa... mas se tiver tudo bem pra você... - Deixei em aberto. 

- Amor, você tinha que ter me dito isso antes. Teria me vestido mais decentemente. - Ela reclamou. Carol estava linda, não fazia ideia do que ela estava falando. 

- Quer passar na tua casa primeiro? - Perguntei rindo. 

Caroline concordou então eu mudei o percurso e fiz caminho até sua casa. Não demoramos muito e como minha namorada havia dito, a casa estava vazia. Fiquei sentada na cama de Carol enquanto a esperava, porém quase morri de susto ao ouvir a porta de seu quarto ser aberta. 

- Eita, desculpa Day. Não sabia que você estava aqui. - O pai de Carol disse sorrindo para mim. 

- Tá tudo bem, só me assustei um pouco. - Me ajeitei melhor na cama. 

Antes que ele ou eu pudéssemos dizer algo, para o meu completo desespero Carol saiu do banheiro enrolada na sua toalha e me conversando comigo sem notar a presença de seu pai ainda na porta. 

- Amor, você acha que vamos demorar muito na sua mãe? - Ela perguntou ainda de costas para nós e encarando seu armário provavelmente escolhendo sua roupa. - Porque se for, acho que vou falar com meus pais e ficar por lá o que acha? Demais? Eu nem sei se poderia né, mas acho que...

- Carol. - Chamei a interrompendo. 

- Não tem problema, porque teoricamente eles acham que você é só minha amiga e tá tudo bem porque nós somos amigas também. Amigas que se beijam? Sim, mas isso são detalhes certo?

- Carol! - Chamei mais alto a assustando. - Seus pais... chegaram. - Completei e eu vi o corpo de minha namorada travar. 

Lentamente Carol virou na minha direção com suas roupas em mão, seus olhos passaram de mim para o seu pai ainda travado atrás de mim e ela ficou nesse vai e volta por alguns segundos. Então seu pai simplesmente entrou e fechou a porta atrás de si, gelei imaginando o pior mas na verdade ele somente respirou aliviado? 

- Pai? - Carol chamou incerta. - Tá tudo bem?

- Vá se vestir, Carol. - Ele disse. 

Minha namorada não brigou, mas antes olhou para mim apenas para ter certeza que estava tudo bem me deixar sozinha com seu pai. Eu concordei com a cabeça, sentindo meu coração pular para fora, mas se ele ainda não havia surtado existiam chances de estar tudo bem certo? 

- Senhor Isaias, eu... - Eu ia começar a falar, mas ainda bem que fui cortada porque eu não fazia ideia de para onde estava indo meu pensamento. 

- Deixe... Deixe que eu vá primeiro sim? - Ele me olhou gentil, concordei com a cabeça. - Eu já sabia. 

Não consegui nem disfarçar a minha cara de incrédula, como assim ele já sabia?

- Eu ouvi uma conversa entre vocês duas, dias atrás. Ficou bem claro que algo acontecia. - Ele sorriu sem graça. - Eu não disse nada porque... Bem, eu entendo o medo de Caroline e queria dar seu tempo a ela. 

- Então, o senhor está ok com isso? - Perguntei sem conseguir me conter. 

- Claro, Day, e por favor, Somente Isaías. Eu nunca vi Carol radiante como nos últimos tempos e eu não poderia estar mais feliz por isso, não posso dizer o mesmo pela minha esposa. Não conversamos muito sobre esses assuntos desde... Desde o Rafael, mas eu acredito... Eu espero, na verdade, de que seus pensamentos tenham evoluído.  - Foi honesto. 

Eu concordei com a cabeça novamente, sem conseguir colocar palavras para fora. 

- Eu pedi para Carol se trocar apenas para lhe fazer um pedido. - Olhei para ele com atenção. - Continue a fazendo bem, sim? Eu não sei como será quando Rose descobrir, mas não fuja se nem tudo for flores. - Ele pediu me olhando nos olhos.

- Eu te garanto, não farei isso. - No mesmo momento em que o respondi a porta do banheiro foi aberta e Carol saiu de lá vestida. A tensão no seu rosto era vista de longe. 

Isaías não disse nada, apenas se levantou, foi até minha namorada e lhe deu um beijo na testa seguido de um abraço e sussurrou algumas coisas no ouvido de Carol. Vi seus olhos marejarem e ela o abraçar apertado. 

- Bom, se divirtam. - Isaías declarou se soltando de minha namorada. - E Carol, se for dormir fora mande uma mensagem. - Ele disse dando mais um beijo na testa de minha namorada e saindo. 

- Não foi tão ruim né? - Eu comentei me aproximando dela que negou com a cabeça.

- De jeito nenhum. - Sorriu largo. - É bom saber que pelo menos ele estará comigo... Com a gente. 

Eu sorri concordando com a cabeça e lhe dando um beijo. Rapidamente descemos e entramos no meu carro rumo a minha casa, não podíamos deixar de sorrir ao saber que Isaías nos apoio. Eu principalmente, sabia o quanto Carol amava seus pais e que apesar das diferenças eles eram de suma importância para ela. Talvez nem tudo estivesse perdido. 

Olaaaa, como estamos?? Bem eu espero. 

Sem tremores e dores no capitulo de hoje certo? Considerem comentar, curtir e compartilhar galera :) É um baita incentivo para voltar. Inclusive, obrigada todo mundo que está acompanhando viu? Cêis são massa demais :)

Por hoje é só, se cuidem até o próximo tchauuuu

Perfeita Pra Mim (Dayrol/ Caray)Onde histórias criam vida. Descubra agora