Arrepios - 15

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Caroline Pov

Nunca odiei tanto morar em cidade pequena como estava odiando naquele momento. Eu e Day havíamos acabado de chegar em sua casa, mas foi tão rápido que mal tive tempo de me preparar melhor. Minha namorada agora estava quieta ao meu lado enquanto eu encarava a entrada de sua casa como se fosse o abatedouro.

- Amor? Podemos ir? - Day perguntou suavemente segurando minha mão.

- E se ela me odiar? Você disse que ela não gostava da sua ex.

- Ela não gostava dela porque ela pensava diferente de agora. - Day disse tranquila. - Ela mesma pediu para te conhecer... Várias vezes. - Me olhou no fundo dos olhos.

- Promete?

- Claro que sim, podemos agora? - Ela pediu enquanto abria a porta do carro no seu lado.

Concordei com a cabeça saindo do carro também, eu estava nervosa, mas se Day havia me trago era porque estava tudo bem. Paramos em frente a porta e Day tocou a campainha, ela tinha a chave, eu sabia que aquilo era só para me dar mais um tempinho. Apertei sua mão em agradecimento e ela sorriu para mim, me tranquilizando mais uma vez.

Quem abriu a porta foi o pai de Day que nos olhou com um grande sorriso e sem eu ao menos esperar me puxou para um abraço.

- Seja bem vinda, Caroline. - Ele disse ainda no abraço.

- Pode me chamar só de Carol. - Comentei quando ele me soltou.

- Claro, me chame de César. - Sorriu enquanto já ia em direção a Day para abraça-la.

Após o abraço dos dois entramos na casa, subi rapidamente com Day que foi deixar suas coisas em seu quarto. Não era minha primeira vez ali, mas não pude deixar de reparar em tudo novamente. Não demoramos muito ali, logo estávamos na sala novamente no sofá conversando com o pai de Day.

- Selma, está na cozinha. Já a chamei diversas vezes, mas ela disse que está acabando e vem. - Ele sorriu para nós duas.

- O que mamãe está fazendo? - Day perguntou.

- Lasanha, você come de tudo Carol? Alguma alergia ou algo assim? Dayane não nos disse nada. - César me questionou.

- Nenhuma alergia. - Respondi ainda me sentindo meio sem graça.

Ficamos nós três ali por mais alguns minutos até que a mãe de Day finalmente se juntou a nós. Minha sogra abraçou Day logo de cara, dava pra ver como as duas estavam em um lugar melhor agora. Fiquei ali no cantinho sem saber se me aproximava, mas a mãe de minha namorada me poupou do trabalho de descobrir ao me puxar para um abraço também dizendo que estava mais do que realizada de me ter ali.

- Tem meses que eu escuto sobre você, muito bom finalmente poder associar um rosto ao nome. - Selma disse.

- Não acredito que Day não te mostrou ao menos uma foto nossa. - Eu ri incrédula.

- Pois é, ela disse que tinha ser surpresa. Acredita?

Neguei com a cabeça sabendo que aquilo era a cara da minha namorada.

- Pior que é a cara dela. - Fui honesta com a mãe de Day que riu concordando comigo.

Day revirou os olhos e me puxou para mais perto dela, logo me segurando em seus braços.

- Carol mal chegou, pare de converter ela contra mim mãe. - Day reclamou me apertando de leve.

Selma riu chamando Day de dramática logo em seguida dizendo que iria checar a Lasanha que havia colocado no forno. Eu e minha namorada oferecemos ajuda, mas ao invés de nos pedir algo da cozinha, a mãe de Day pediu para que arrumássemos a mesa de fora já que o dia estava bonito e deveríamos comer lá.

Nós prontamente concordamos e então Day me mostrou onde estavam os talheres enquanto ela pegava os pratos por ser mais alta. A medida que fui lhe ajudando aproveitei para observar mais de sua casa, nunca tinha visto todos os cômodos. Eu só vinha quando não tinha ninguém e sempre ficávamos no quarto de Day.

Ao caminhar pela casa vida diversos quadros com fotografias da minha namorada e sua irmã, com algumas fotos de bebês que eu julgava serem Day e Fernanda junto com algumas fotos de Olivia. 

- Gostou? - Day perguntou sorrindo quando deixamos os últimos talheres na mesa. 

- Muito. Você era adorável quando bebê. - Respondi rindo e me aproximando. - Não só quando bebê na verdade. 

- Ei, para com isso. Eu tenho cara de mau agora. - Ela disse fechando o semblante. 

Não aguentei e cai na gargalhada, Day tentou mas não sustentou a cara e começou a rir comigo. 

- Muito do mal. - Ironizei passando meus braços por seu pescoço.

Day não respondeu, somente revirou os olhos e me beijou. A principio fiquei nervosa de seus pais chegarem ali nos verem aos beijos, mas ao sentir Day pedir passagem com sua língua eu cedi e me ajeitei mais colada em ti. Aproveitando a sensação de calor que suas mãos em minha cintura me causavam. 

Ao sentir Day descer uma de suas mãos para minha bunda, um choque elétrico me percorreu e eu ia instiga-la a continuar, mas ouvimos passos propositalmente mais altos o que fez com que nos separássemos. 

- Vamos comer? - César perguntou sorrindo para nós duas que concordamos e sentamos uma ao lado da outra na mesa. 

Não demorou muito e a mãe de Day se juntou a nos, finalmente servi meu prato. Estava morrendo de fome, mas jamais diria aquilo naquele momento. Óbvio que minha namorada percebeu o jeito mais afobado que eu comia e deu uma risada baixinho sabendo que eu deveria estar morrendo de fome. 

- Poderia ter me dito algo se quisesse comer. - Ela sussurrou no meu ouvido, me arrepiando. Por que eu estava arrepiada com algo besta como aquele?

- Cala boca, antes que te escutem. - Eu respondi no mesmo tom dando um leve aperto em sua coxa. 

- Se arrepiou comigo falando no seu ouvido? - Day perguntou ainda baixinho e agora rindo. Como ela tinha percebido aquilo?

- Não. Tô com frio. - Menti, o que fez Day rir mais um pouco. - Idiota. - Sussurrei para ela, eu me encontrava completamente sem graça. 

Day não me provocou mais e eu agradeci aos céus. Depois do nosso pequeno momento, aproveitei para conhecer mais seus pais e para que eles me conhecessem também. Felizmente eles pareceram gostar bastante de nós duas juntas, o que foi uma ótima surpresa. E eu só consegui ir embora ao fim do dia depois de prometer a Selma que voltaria logo e lhe passaria a receita do meu bolo de cenoura. 

Day me deixou em casa, mas por estar tarde não demoramos muito a nos despedir. Foi ruim pensar que dormiríamos separadas depois de já ter me acostumado com seu corpo por perto durante a noite, mas prometemos nos ver no dia seguinte então entrei em casa e logo fui me deitar para que o dia seguinte chegasse logo. 

Perfeita Pra Mim (Dayrol/ Caray)Where stories live. Discover now