Reconciliações I - 21

441 35 7
                                    

Caroline Pov

Day estava demorando mais aquele dia para voltar, eu só esperava que estivesse tudo bem. Sabia como horários podiam ser imprevisíveis para minha família.

- Carol, quer uma tapioquinha? Acabei de fazer. - Minha sogra perguntou batendo na porta do quarto de Day. 

Eu sorri, acho que nunca havia me sentido tão acolhida da forma como vinha acontecendo na casa de Day. Selma e César realmente haviam me abrigado com os braços abertos e eu parecia um disco quebrado agradecendo a eles todos os dias por isso. 

- Não, Selma, obrigada. Quer que eu lave a louça? Posso descer daqui a pouco, só preciso terminar isso daqui. - Comentei me virando para ela, eu estava na mesa de estudos de Day, fazendo um trabalho escolar.  

- Não que isso, Carol. Faz seu trabalho sem pressa, viu? César disse que lavaria a louça de qualquer forma. 

Não discuti com ela, apenas sorri em agradecimento e tentei voltar a focar no que fazia. Minha cabeça não parava de se perguntar se Day estava bem, não aguentando mais esperar por noticias suas resolvi que a ligaria eu mesma. Minha namorada atendeu ao terceiro toque. 

- Oi, meu amor! - Falou animada. 

- Cadê você? - Perguntei me acalmando ao ouvir sua voz aparentemente bem. 

- Acabei de sair da sua casa, ia inclusive te perguntar se você não quer almoçar fora hoje. - Pude ouvir o barulho de chaves e em seguida o som do rádio do seu carro. 

- Claro, acho que já tô até pronta. - Sorri, já saindo da mesa e indo checar minha roupa no espelho. Como estavam sendo nessas últimas semanas, eu usava uma das blusas de Day com um short que trocaria pelo Mom Jeans que minha namorada havia levado para mim da última vez que esteve em minha casa.

- Te ligo quando chegar aí, vou dirigir agora, tá?

- Tudo bem. Qualquer coisa me liga. - Pedi.

Tentei terminar o que faltava até Day chegar, mas eu sabia que não daria tempo. Era um trajeto de menos de 20 minutos. Quando eu vi a tela do meu celular se ascender com o nome de Day no visor e nossa foto no fundo, não atendi. Somente peguei a chave de sua casa que ela havia deixado ali e desci avisando Selma e César de que Dayane e eu estávamos saindo. 

- E aí, gatinha, vem sempre aqui? - Day perguntou em tom de brincadeira quando eu abri a porta do carro. 

- Sabe que não? - Brinquei de volta e em seguida me aproximei dela, lhe dando um beijo. - Como foi lá em casa?

- Tudo normal. - Ela respondeu rápido. - Onde quer ir?

- Me chamou para comer e nem sabe pra onde vai me levar? - Brinquei. 

- Eu pensei em um lugar, oras. Só perguntei caso você quisesse ir em algum lugar especifico. 

- Eu não tenho nenhuma preferência de local, amor. - Tranquilizei Day com um sorriso. 

- Então, vamos para o nosso lugar de sempre. - Ela sorriu de volta. 

Em pouco tempo já estávamos onde havia sido nosso primeiro encontro. Sorri com a lembrança de quando estivemos ali pela primeira vez, era inclusive a primeira vez que estávamos ali desde de que começamos a namorar. 

- Tem algum motivo especial para ter me trago aqui? - Perguntei com medo de ter esquecido algo. 

- Não, amor. - Day sorriu, mas ela parecia nervosa? - Quer dizer, mais ou menos? Eu não diria assim, especial especiaaal sabe? Tá mais pra um "a gente precisava conversar"? 

- Day... cê tá terminando comigo? - Perguntei já sentindo meus olhos se encherem. 

- O quê??? Claro que não, Caroline, ficou louca?! 

- Eu não sei, ué! Você que veio com esses papos esquisitos de "a gente precisa conversar". - Me defendi, sentindo a lagrima voltar.

- Sobre a sua mãe, amor! - Day rebateu como se fosse óbvio. 

- Sobre a minha mãe? - Senti minhas sobrancelhas se juntando em confusão.

- É... - Ela suspirou. - Esbarrei com ela na sua casa hoje. 

- Day, você não disse que tinha sido tudo normal? Por que não me disse? Ela te tratou mal?

- Ei, ei, calma tá? Eu não disse antes porque não sabia como tocar no assunto e não ela não me tratou mal, quer dizer um pouco no começo. Mas depois não. 

- Depois? - A interrompi de novo. 

- Deixa eu falar, mulher. - Day riu um pouco menos nervosa agora. - Sim, depois, eu estava comendo um bolo e conversando com seu pai. Aí ela chegou, me viu e me tratou um pouco mal, mas depois conversamos sobre como ela estava tentando melhorar e se desapegar dos seus preconceitos... Por você, pelo Rafael. Então, eu conversei um pouco sobre minha mãe e como foi difícil para nós no começo... Depois eu disse que ela deveria te chamar para conversar, se ela realmente quisesse mudar e melhorar as coisas entre vocês sabe? - Ficamos em silencio um tempo. - Eu... fiz mal? 

- Não, amor, de jeito nenhum. Eu só... não esperava por isso vindo dela tão cedo sabe?

- Eu também ofereci ela pra ir lá em casa, conversar com a minha mãe. - Day confessou baixinho e eu achei adorável seu esforço para tentar melhorar toda aquela situação. 

- Day... Foi por isso que me trouxe para comer fora?

- Talvez. - Ela fez cara de culpada. 

- Amor! - Briguei, mas eu logo em seguida comecei a rir, lhe mostrando que estava tudo bem. - Obrigada. - Agradeci logo em seguida. - Isso foi... De verdade, uma das coisas mais legais que já fizeram por mim. 

- Eu te amo, Cah. - Ela sorriu daquele jeito perfeito. - Faria muito mais se pudesse, você sabe. 

- Eu sei. - Sorri segurando sua mão por cima da mesa e a apertando de leve, eu havia encontrado minha pessoa finalmente. 



Olaaa como estamos? Bem eu espero

Gente eu gostaria de dizer que a fanfic está praticamente no fim!!!! Eu me dei conta disse hoje apenas, mas é. Estamos na reta da reta final... Que loucura, muito obrigada todo mundo que está aí, comentando, votando, lendo. Foi muito especial, de verdade.

Bom, por hoje é só... Se cuidem sim?

Até a próxima, tchauuuu

Perfeita Pra Mim (Dayrol/ Caray)Where stories live. Discover now