Peso - 19

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Dayane Pov

Assim que cheguei da casa de Carol fui atrás da minha mãe, acho que eu sabia que seria aquele o momento. Quando vi minha sogra fechar a porta, foi como se eu sentisse que dali para frente não teria volta.

- Mãe? - Chamei ao encontra-la no lado de fora de casa, um copo de cerveja ao seu lado e seu celular com o Facebook aberto na mesa.

- Oi filha, já foi na Carol? Tão rápido, geralmente leva no mínimo duas horas para você voltar.

- É, eu sei... - Suspirei e então ela notou que algo estava errado.

- Quer me contar o que houve? Vocês brigaram?

- Não brigamos, mamãe. Mas acho que Carol vai precisar passar um tempo aqui, tudo bem?

- Como assim, Dayane?

- Acho que a mãe de Carol sabe sobre a gente... Mas ela... Bom, ela pensa mais como você costumava. - Expliquei de uma forma que sabia que minha mãe entenderia.

- Não precisa dizer mais nada, Carol é bem vinda para ficar o tempo preciso ok? - Minha mãe sorriu tristemente.

Eu sorri da mesma forma recebendo um beijo na testa, eu iria ficar mais um tempo ali com a minha mãe. Mas o toque do meu celular e o nome de Carol na tela fez com que eu me afastasse e atendesse no primeiro toque.

Um tempo antes

Caroline Pov

- O que você quer dizer? - Minha mãe perguntou.

- Mãe, não finge que cê nem sequer imagina. Eu sei que você estava esperando por isso.

- Você está com ela, não é?

- Você sabe que sim. - Respondi, abaixando a cabeça. Não sabendo o que viria a seguir.

E diferente do que imaginei, não ouvi gritaria e sim choro. Sinceramente, preferia ouvir minha mãe gritar comigo do que chorar.

- Eu juro que tentei te salvar, Carol. - Minha mãe se lamentou. - Mas quando me dei conta, já era tarde.

- Mãe... - Tentei falar, mas fui interrompida.

- Tentei te salvar desse pecado, dessa vida... Não consegui salvar seu irmão. Mas ainda há salvação para você, minha filha, venha comigo vamos rezar. Peça perdão a Deus, Ele vai te curar e você vai ver...

- Mãe! - Chamei um pouco mais alto, parando seu monologo. - Eu não preciso de salvação, estou ótima. Você saberia disso se saísse por um instante do seu mundinho, até papai percebeu o quanto eu estou bem. Não é falta de Deus, nem de fé e nem nada do tipo. É amor, apenas amor.

- Como pode chamar isso de amor, Caroline?

- Como pode não chamar isso de amor, Rose? - Rebatei com algumas lagrimas nos olhos.

Minha mãe então se calou, me encarando profundamente. Fechei meus olhos tentando inutilmente conter o choro que queria vir.

- Saia da minha casa. - Ouvi a voz fria de minha mãe.

Lhe encarei agora com um certo misto de raiva e tristeza.

- Você realmente está fazendo isso? Não acha que já perdeu filhos o suficiente para seus preconceitos? - Questionei.

- Só... vá, Caroline. - Ela secou suas próprias lagrimas.

- Não ouse passar por aquela porta. - Ouvi a voz de meu pai. - Não vou deixar que faça isso com mais um de nossos filhos, Rose. Se a quer longe, saia você.

Fui até meu pai e lhe dei um beijo na bochecha, internamente feliz por dessa vez que ele não havia se calado.

- Não se de trabalho com isso papai, eu já tenho para onde ir. - Olhei em seus olhos tentando dizer telepaticamente para onde iria, mas eu não precisava fazer isso.

- Você pode ficar, Caroline. Desde que corte relações com aquela menina. - Ouvi minha mãe ao fundo.

Respirei fundo me virando para ela.

- Agora é aquela menina não é? Quando Day esteve por aqui te ajudando, ela era a amiga perfeita não era? Quando conversaram sobre religião, eu deveria aprender com ela. Mas agora, ela é "aquela garota", mãe? Vai se foder, você e sua hipocrisia. E outra coisa, eu não vou ficar. Prefiro me cercar de quem me quer bem. - Encarei seus olhos, os meus com lágrimas. - Sabe onde me encontrar, papai. - Olhei uma ultima vez para os dois e então peguei meu celular ligando para minha namorada ao mesmo tempo que saia pela porta.

- Amor? - A voz receosa de Day soou do outro lado.

- Ei... - Comecei tentando não desmoronar e chorar ali no meio da rua mesmo.

- Você quer que eu vá te buscar? - Ela perguntou percebendo minha voz meio falha.

- Quero. - Foi tudo que consegui responder.

- 10 minutos e eu chego tá? Não sai daí, te amo. - Ela respondeu e eu pude ouvir movimentação do outro lado da ligação.

- Uhum. - Respondi sentindo as lágrimas salgadas em meu rosto. - Te amo.

Sempre pontual, em 10 minutos o carro de Dayane estava parado em frente a minha casa. Eu mal tive tempo de entrar no carro já que minha namorada saiu dele como um furacão vindo até mim e me abraçando apertado. Eu sabia que ela sabia, não eram necessárias palavras.

- Ela te machucou? - Day perguntou baixinho se afastando de mim e procurando qualquer ferimento possível.

- Emocionalmente conta? - Rebati com uma risada triste.

- Eu sinto muito, amor. - Ela me olhou triste. - Vem, vou cuidar de você. Você pode ficar lá em casa.

Day sorriu de leve segurando em minha mão e me puxando para o carro. Ela abriu a porta para mim e somente depois de certificar-se que eu estava acomodada, minha namorada deu a volta e entrou no carro também. Indo para longe dali.



Olaaaa como estamos?

Olha quem voltou até cedo vai? Gente eu curti muito o que a gente fez da última, então se vocês toparem vamos de novo? Mas desse vez, com 15 comentários. Vocês batem 15 comentários e eu solto mais um, de madrugada mesmo. Que que cêis acham?

OBS: Posso tentar soltar amanhã também, se vocês preferirem. Me contem.

Inclusive boa prova pra quem for fazer enem amanhã (assim como eu kkkkkrying)

Por agora é só, até o próximo tchauuuuuu

Perfeita Pra Mim (Dayrol/ Caray)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora