Tudo que Vai, Volta - 18

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Demorei, mas voltei. Obrigada todo mundo que comentou!! <3 desculpem o atraso, aproveitem o capítulo :) considerem comentar e votar.
Boa leitura, tchauuu

Dayane Pov

Eu não demorei muito para sair de casa e ir buscar Carol junto com o novo menino que sua mãe havia lhe apresentado e apesar de saber que não era necessariamente culpa dele, o clima no carro ainda estava estranho.

- Então... Vocês se conhecem tem muito tempo? - O tal Dreicon puxou assunto.

- Quase um ano, né? - Minha namorada respondeu me olhando rapidamente.

- Uhum. - Concordei, logo voltando a focar na rua. Eu sabia que ele não tinha nada a ver com o ocorrido, mas não conseguia deixar de me sentir estranha. Porra até cinco minutos atrás o cara estava empenhado a beijar minha namorada.

Senti Carol apertando minha mão mas não lhe olhei, eu sabia que ela tinha razão o quer que estivesse em sua mente.

- Entendi... Mas vocês sempre foram daqui? - Ele continuou mesmo percebendo o clima estranho.

Eu olhava fixamente para rua, mas sentia o olhar de Carol queimando em mim. Bufei antes de responder o garoto.

- Me mudei esse ano, mas Carol sempre morou aqui. - Respondi sem interesse.

- Ah legal, então somos dois novatos né? Uma coisa em comum.

- Uhum, legal. - Fui categórica.

Carol respirou fundo, eu sabia que levaria um bom puxão de orelha pela minha falta de educação com o rapaz. Caroline odiava quando alguém era rude sem necessidade, e talvez na cabeça dela não houvesse necessidade de eu tratar o menino daquela forma, mas no momento eu não poderia ligar menos.

Dreicon calou a boca depois disso e eu agradeci por não ter que ouvi-lo e simplesmente poder escutar a voz de Hayley Williams. Não demoramos muito e logo eu estava estacionando em frente à casa de João.

- Pode ir indo, Dreicon. Eu só vou falar com a Dayane rapidinho. - Carol disse enquanto nós três tirávamos o cinto.

Engoli seco.

- Tem certeza? Não quero parecer mal educado. - Ele perguntou receoso.

- Tenho, já falei com o dono da casa. Ele vai te recepcionar bem.

Dreicon então concordou e se afastou de nós indo para a fachada da casa do amigo de minha namorada.

- Que porra foi aquela? - Carol perguntou assim que nos encontramos sozinhas.

- Eu não fiz nada, Carol. - Me defendi.

- Por que o tratou daquele jeito? Ele foi muito simpático comigo sabia?

- Ora, claro que foi. Ele estava louco pra beijar sua boca. - Rebati.

- Dayane. - Carol me olhou séria. - Ele não sabia que eu namorava, ok? E assim que descobriu, se afastou.

Revirei os olhos ainda contrariada, mas sabendo que ela tinha razão. Afinal de contas nada demais havia acontecido, mas o problema não era aquele. Não era ele. Quer dizer ele era o agente, mas o que eu estava sentindo era apenas insegurança. Insegurança essa que não tinha nada ver com Dreicon.

- Desculpa. - Pedi baixinho. - Eu só... Fiquei com medo. - Admiti.

- Medo? - Minha namorada perguntou agora suavemente. - Do que?

- Eu não sei, de você querer pular fora. Nós duas sabemos que seria muito mais fácil se você só ficasse com Dreicon e esquecesse de nós. - Comentei com a cabeça baixa.

- Day... - Carol soltou uma risada suave e eu levantei minha cabeça para olha-la como se ela tivesse um parafuso a menos na cabeça. Como assim ela estava rindo?

- Você tá rindo? Sério mesmo?

- Me desculpa. - Ela pediu tentando controlar. - É só que... É óbvio que seria mais fácil, meu amor.

- Ei, não precisa esfregar na minha cara assim também. - Fiz bico igual criança, meu Deus eu parecia ter cinco anos.

- O meu ponto é: Em um milhão de anos seria mais fácil, pelo amor de Deus, minha mãe me entregou quase de bandeja para Dreicon. -Fiz careta, por que ela estava repetindo aquilo? - Mas eu não quero o Dreicon amor. Eu só quero você e era mais do claro que eu já sabia que seria assim, não é nenhuma surpresa as atitudes da minha mãe.

De repente me senti uma completa idiota, era obvio que aquilo podia acontecer. E não era nada que minha namorada, eu ou até mesmo Dreicon pudéssemos impedir.

- Eu literalmente disse que te amava ontem, jamais iria embora do nada depois disso. - Carol continuou falando enquanto fazia um carinho suave em minha nuca.

Eu concordei com a cabeça, lhe olhando como se pedisse desculpas mais uma vez. Carol sorriu e negou com a cabeça, como se dissesse que estava tudo bem. Então a puxei para um beijo, suave e lento.

Caroline Pov

Após ter passado o dia na casa de João com Day e nossos amigos, eu estava exausta ao chegar em casa. Minha mãe, no entanto, parecia empenhada em saber como havia sido minha saída com Dreicon.

- Onde foram? - Ela perguntou me seguindo enquanto eu ia da cozinha para a sala.

- A lugar nenhum especificamente, mãe. Só lhe mostrei onde ficavam as coisas básicas.

- Mas vocês levaram o dia inteiro nisso?

- Sim, não estávamos com pressa.

- E aconteceu alguma coisa? - Notei minha mãe tentar ser sutil, mas eu sabia o que ela queria saber.

- Não mãe, eu não beijei o Dreicon. - Respondi logo o que ela queria saber.

- Mas... Mas, Carol por quê?

Eu lhe encarei tentando decifrar se seria aquele o momento de deixar explodir tudo que eu queria. Minha mãe tinha uma expressão de duvida, parecia realmente se questionar como eu não havia beijado Dreicon e eu entendia. Pra qualquer outra pessoa, Dreicon era tudo que se poderia desejar e mais no quesito de aparência.

- Porque... - Comecei a lhe responder e no mesmo instante ouvimos a campainha. Eu não sabia dizer se eu estava a salvo ou não.

- Fique aqui, já volto. - Minha mãe respondeu.

Eu não obedeci, fui caminhando atrás dela também curiosa para saber quem seria na porta. Meu rosto empalideceu ao ver minha namorada, que diabos ela fazia ali?

- Oi gente. - Minha namorada sorriu sem graça, talvez sentindo a tensão do ambiente. - Eu só vim trazer seu celular, Carol. - Day disse mostrando o objeto em mãos.

- Obrigada. - Sorri para ela, eu sequer havia dado falta do aparelho.

- Bom, eu já vou. Boa noite. - Day se despediu ao perceber que não haveria um convite para entrar como normalmente.

Lhe lancei uma olhar como se pedisse desculpas e ela então se virou entrando em seu carro e indo embora. Minha mãe fechou a porta e se virou para mim com a expressão extremamente seria.

- Como Dayane estava com seu celular se você chegou com ele em casa hoje?

- Eu cheguei? Não me lembro, acho que deixei por lá mesmo. - Tentei desconversar.

- Caroline não minta para mim. Eu vi seu celular na bancada da cozinha assim que chegou da casa de Dayane.

Engoli em seco me sentindo encurralada. Como caralhos ela havia percebido aquilo? E como se lembrava do momento? Havia sido a tantas horas atrás. Respirei fundo, então aquele seria o momento.

- Vamos conversar sim? - Puxei minha mãe levemente, sentando no sofá.

Aquele ponto já não tinha mais volta, eu havia dado a largada.

Perfeita Pra Mim (Dayrol/ Caray)Where stories live. Discover now