"De sangue"

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Dylan se encontrava no seu escritório, no Citizen, remoendo um pensamento. O mesmo pensamento que tinha ao acordar, ao longo de seu dia, e antes de fechar os olhos para dormir.

Aquele pensamento que fazia borboletas se agitarem em seu estômago, e a ansiedade se fundir a sua curiosidade e quase o fazerem realizar maluquices.

Como da vez, que passou pela cabeça de Dylan, apagar a Clara, tirar uma amostra de sangue da Palmer e analisar para ver quem seria o pai da garota.

Naquele momento, ele analisava todos os homens que ele sabia que Melody tinha amizade, e nenhum era muito provável de ser o pai de Clara.

Estava mordendo a tampa da caneta, absorto em seus pensamentos, quando sua porta foi aberta o fazendo cair da cadeira.

- Alerta vermelho! - gritou uma das funcionárias do Citizens, saindo correndo dali logo em seguida.

Puta, merda... isso lá é hora para termos que evacuar o prédio?

Dylan se levantou do chão e seguiu para a direção oposta a todos os outros.

Desde que Iris West fundou o Central City Citizens, o jornal fez sucesso, e hoje em dia é comandado por uma gerente escolhida a dedo pela própria Iris - depois de todos os Danvers e Kent recusarem sua oferta, pois preferiam manter o jornalismo deles focado na terra 38.

Dylan desceu as escadas até o subsolo, e percebeu uma rachadura em uma das vigas.

Mas que maravilha!

Sendo o detetive do jornal, ele logo supôs que o "acidente" tivesse sido causado por um dos vários corruptos que o jornal havia explanado, querendo se vingar por ter seus podres ditos para todo o mundo.

Logo Dylan já estava com seu uniforme - devido a tecnologia implantada em todos os uniformes da Liga dos Heróis - e sua pele se transformará em aço puro.

Ele poderia tentar consertar a viga quebrada com a ajuda do totem, mas estava ocupado demais segurando ela e servindo como suporte.

Inesperadamente, um portal roxo se abriu próximo ao Heywood, e ele agradeceu mentalmente por suas preces terem sido atendidas.

Logo sua animação se esvaiu. Clara atravessará o portal, logo movimentando suas mãos e o fechando.

- Ah, fala sério! - resmungou Dylan - sua mãe vai me matar. - disse ele para a mais nova que analisava a situação.

- E quando que ela não quer te matar? - comentou Clara se aproximando do Heywood.

Dylan observava enquanto a morena passava os dedos pela viga e analisava ao redor. Não podia usar seus poderes de vento, pois suas mãos estavam ocupadas demais para poder tocar em seu bracelete.

- E aí doutora, qual o veredito?

- Ok - exclamou Clara dobrando as mangas da blusa e enfregando as mãos - eu vou usar magia para imobilizar o prédio inteiro, então se essa viga desabar, o resto continuará intacto.

- E depois que a magia passar? - questionou Dylan olhando interrogativo para a mais nova.

- Aí o prédio desaba com nós junto - contou Clara dando de ombros - por isso temos que conseguir estabilizar a viga antes do feitiço acabar.

Dylan assentiu e Clara se distanciou alguns passos.

O Heywood Tomaz sentiu um arrepio em sua nuca ao ouvir as palavras entranhas que Clara recitava, parecia que estava invocando algo.

Quando os olhos da Dhark se abriram, tinham uma coloração de roxo e vermelho, o mesmo tom de vermelho que o totem do vento emitia.

Uma onda multicolorida se expandiu de Clara para todo o prédio. A morena piscou algumas vezes, mas seus olhos continuaram no tom de roxo com alguns riscos em vermelho.

Gᴇʀᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Hᴇʀᴏ́ɪ - ᵃʳʳᵒʷᵛᵉʳˢᵉ (✔)Where stories live. Discover now