Era só pra ser uma noite irresponsável, a última que eles poderiam ter na U.A., mas Ochako e Eijirou acabam se tornando mais e mais próximos fisica e emocionalmente, descobrindo que o que há de mais precioso está literalmente ali do lado.
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Oioi, antes de ir pro capítulo, olha só esse desenho que a Kirishima_Fics fez pra mim na época que eu tava postando essa fic pela primeira vez aaaa
Muuuito obrigada, Mi! Ah, e não deixem de seguir essa artista maravilhosa no Twitter! 9vou deixar o link pro perfil dela nos comentários)
Ok, agora vamos ao capítulo bdjkjdjksd
Ai, cara. De novo!
Eijirou jurou pra si mesmo que hoje seria diferente, que se por acaso topasse com ela no corredor ou na portaria como aconteceu nos outros dias, ele não ficaria só naquele "oi" sem graça, ia falar direito com ela, perguntar como é que vão indo as coisas no trabalho, se já se acostumou com o apartamento, ou só... ter certeza que ela não o acha um grande babaca ou algo do tipo.
Ele não devia ter deixado a Uraraka fugir pela janela daquele jeito, vai ver ela ficou com a impressão de que por ser uma coisa de uma noite só, não poderia agir calorosamente como de costume. Nenhum dos dois são pessoas frias, nunca foram, não tinham porque passarem a ser depois de terem ficado, mas ele... deveria ter sido mais atencioso, ter certeza de que não foi uma experiência ruim pra ela e tal, o Sero chegou a contar que a primeira vez dele com a Mina não foi lá aquelas coisas, ele tava afobado e acabou rápido, aí foi tentar compensar com os dedos e também não foi tão bom. A Uraraka não falou nada, mas ele tem certeza que ela era virgem, porra... e se doeu? E se ela achou que não poderia falar nada por medo de como ele reagiria? Iniciar uma conversa sobre o café da manhã deve ter dado a impressão de que ele queria despachá-la logo, não foi nada disso! Ele... não sabia bem o que queria fazer ou falar depois daquela noite, mas com certeza sabia o que não queria.
E se essa coincidência de eles serem vizinhos agora não for a vida lhe dando um tapa na cara e exigindo que ele seja homem, Eijirou não sabe o que é. Uraraka e ele sempre foram bons amigos, não os melhores, nem os mais íntimos — vai lá, íntimos em um certo nível — mas sempre se deram bem, ela é uma ótima amiga e, se ele tem a sorte de ter algum amigo pra dividir as novidades e durezas dessa nova fase da vida literalmente ali em frente, é melhor ele valorizar essa amizade, restaurá-la.
Só que... não vai ser hoje. Ele tava saindo, ela tava chegando, deram de cara um com o outro quando a porta do elevador se abriu. O ruivo pensou no que falar. "Ei, Ura! Podemos trocar umas ideias depois do meu turno se você tiver livre? Eu comprei uma cafeteira muito boa! A gente pode levar pro seu apê se você preferir! Ou a gente pode sair pra comer, você viu que tem uma barraquinha de oden a umas duas ruas daqui? Ainda tá friozão, né? Ia ser bom! Ah, você esqueceu sua calcinha no meu quarto, aliás."
— Oi... — é o que ele diz, dando um sorriso todo torto.
— Oi... — ela retribui — Indo trabalhar?
— Aham.
— Ah... tenha um bom dia no trabalho. — ela sorri e se curva um pouquinho.
