19. - Sem paz

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O homem deitado no colchonete abriu os olhos azuis de supetão, encarando o teto branco do próprio quarto

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O homem deitado no colchonete abriu os olhos azuis de supetão, encarando o teto branco do próprio quarto. Sua respiração estava acelerada, os batimentos cardíacos alterados e a boca seca. Levou algum tempo para ele perceber que não estava mais sonhando com a Hydra. Ou com o acidente dos Schade. 

E levou mais algum tempo ainda até perceber que seu braço estava dormente porque Juliette dormia, abraçada a ele, com a cabeça entre a curva do seu ombro e o seu pescoço. Bucky soltou todo o ar retido em seus pulmões e não ousou mexer o corpo. Ela ressonava, cansada, e Bucky sabia que, provavelmente, ela teria olhos inchados e vermelhos. 

Então, ele virou o rosto na direção dela e, devagar, a abraçou, beijando o topo do cabelo loiro, inspirando o cheiro de lavanda dos fios. Por fim, apesar de querer muito ficar lá até Juliette acordar, ele sabia que teve um "pesadelo" e que apenas por isso, ela parou em seu quarto. 

Devagar, ele se soltou da mulher, arregalando os olhos ao perceber que dormia apenas de cueca. E que estavam no quarto dele. Naquele segundo, Bucky queria se jogar da janela de tanta vergonha. 

Ele se soltou do abraço da mulher e catou a calça no chão, abotoando a seguir. Indo até as malas, puxou qualquer blusa e encarou Juliette. O relógio em seu pulso marcava onze horas e ele tinha tanta coisa para fazer ainda, mas Juliette parecia tão cansada… 

Talvez, ela não tivesse dormido a noite inteira. E a culpa, em parte, era dele. 

Bufando, Bucky decidiu fazer o mais sensato e se aproximou dela, a puxando do chão com facilidade, como se ela fosse feita apenas de folhas. Então, ele saiu do quarto e, bem lentamente, caminhou com Juliette entre os braços, adormecida, até a cama dela. A depositando sobre o colchão, Bucky gelou quando Juliette o abraçou pelo pescoço, o puxando para a cama, ao mesmo tempo que dizia algo sobre não gostar de geleia com pasta de amendoim. 

Ele esperou, pacientemente, que ela parasse de falar e falar e falar mais um pouco, enquanto tirava a franja do rosto dela e se controlava para não rir pelos assuntos aleatórios do cérebro dela. Por fim, Juliette finalmente caiu no sono de novo, o que fez Bucky se soltar dos braços dela pela segunda vez no dia. 

Ele chegou perto do rosto suave e delicado e depositou os lábios na curva macia da bochecha, desejando que um dia ela pudesse perdoá-lo pela confusão e entendesse o lado dele, antes de sair pela porta. A mulher ficou sozinha no quarto e, dez minutos depois, ao mudar de posição e sentir a ausência do "travesseiro", ela acordou. 

Olhando ao redor, Juliette sentou na cama, esfregando o rosto e repassando os últimos acontecimentos. Bucky não estava por lá. E ela estava em seu quarto. Não no dele. Soltando um bocejo, ela sentiu Alpine pular em suas pernas, miando e afofando as unhas. 

Dangerous Connections ▪︎ Bucky Barnes Where stories live. Discover now