𝙳𝚞𝚛𝚊𝚗𝚝𝚎 𝚘 𝙱𝚕𝚒𝚙

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A chuva caía, e parecia ser a coisa mais linda e natural que aconteceu nos últimos dias

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A chuva caía, e parecia ser a coisa mais linda e natural que aconteceu nos últimos dias. Faziam exatamente vinte dias desde que o estralo de Thanos aconteceu, e infelizmente eu agradeço por meu padrasto ter se tornado poeira. Estava muito difícil conviver com ele depois que minha mãe faleceu, já que ele pegou toda a minha herança: as ações e casas da minha família, e colocou em seu nome.

O mundo está desesperado. Agora poucos policiais que sobraram e alguns militares protegem apenas as partes nobres das cidades do mundo inteiro. As pessoas se matam por recursos como comida e água potável, e o governo parece que não existe.

Eu era a Tenente Reyna Glaz, estava no meio de um combate no Afeganistão, quando tudo estremeceu. Demorei para perceber que a poeira ao meu redor não era por causa do vento que levava a areia para longe, e sim era metade da minha tropa. Só consegui sobreviver porque muitos dos nossos inimigos também se foram. Eu desertei daquilo que foi meu trabalho por toda uma vida, fugi para longe sem entender o que estava acontecendo.

Minha mutação se manifestou no quarto dia do Blip, quando uns jovens tentaram me assaltar. Meus olhos arderam e de alguma forma os cegaram, eu consegui derrubar os dois por causa do treinamento militar.

- Por que vocês tentaram me roubar? - Grito de ódio pois não sabia como eu tinha feito aquilo com eles. Minha visão estava escura, de uma maneira estranha. Minha cabeça doía e quando eu piscava, o desejo de gritar era maior. Apertei a minha mão envolta da pistola.

- Me devolva minha visão, sua aberração!

O barulho dos tiros ficou na minha cabeça por dias. Assim como os pensamentos de no que eu iria me tornar. Eu não consegui controlar a raiva naquele dia, mas iria aprender.

Treinei e entendi que minha mutação poderia ser controlada e usada quando eu quisesse. Foi assim que um grande criminoso me contratou para matar qualquer um que o desafiasse.

Estava sem nenhum propósito, o mundo estava uma merda. Era aceitar ou ser morta por qualquer idiota mais forte que eu. Mas eu iria fazer algo certo, todo o dinheiro que consegui, ajudei organizações civis que precisavam.

Eu odeio ser chamada de "Robin Hood" mas era o que eu quase fazia. E por causa de todo o sangue, meu codinome era Ceifadora.

Agora estou seguindo um alvo do Chefe, em Roma. Está de noite e chovendo, o clima perfeito para dormir, mas eu preciso trabalhar. Ele segue até a sua casa, e quando ele vai abrir a porta da frente, eu o empurro para dentro da casa. Soco o rosto dele e ele cai desmaiado, fácil.

Esvazio os bolsos do moreno e pego o dinheiro. Levo a mão até minhas costas e tiro minha katana, o mato sem dificuldades.

Então algo luminoso atinge meus olhos, um círculo de várias cores brilhantes, saindo da parede. É um portal, com certeza. Me coloco em posição de combate, e do mesmo saí uma garota da minha idade, talvez até mais nova. De aparência asiática, cabelos rosas e olhos verdes. Ela tinha cristais desenhados no rosto e quando o portal se fechou ela pegou dele um cristal.

- Ah, você já o matou. Ótimo.

- Quem é você? - Pergunto.

- Meu nome é Clarice, mas o codinome é Blink. Prazer. O Chefe também é meu dono, não se preocupe. - Ela fez uma pausa e cruzou os braços. - Será que ele tem comida? - Ela joga o cristal, que abre um portal e ela desaparece.

Escuto um barulho no cômodo ao lado, e vou até o mesmo encontrando a mulher subindo em cima da pia para alcançar a prateleira.

- Como você fez aquilo? Atravessar paredes é normal na Itália?

- Eu sou americana! Aonde vocês esteve nesses últimos quatro anos? Não sabe? Puxa vida... - Ela cria outro portal e se teletransporta para perto da geladeira. - A radiação do estralo causou mutações genéticas em quase 10% da população. Eu sou uma mutante, e sei que você é também.

- Eu não sou uma mutan...

- Mentir é feio. - Ela me interrompe. - Eu consigo sentir sua mutação, é um dos meus truques.

Ela sorriu novamente para mim, e percebi que não estava sozinha (ou louca).

Foi naquele dia que eu conheci uma de minhas maiores amigas, e não sabia que isso iria mudar a minha vida para sempre.

Reyna [Bucky Barnes] Where stories live. Discover now