Dear, honey bunny

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Domingo, 12 de Abril. 7:00 AM.

— Eu gosto desse vestido – Nour disse após eu mostrar o terceiro modelo a ela.

— Ok, então irei com ele – me enfiei no closet e comecei a me vestir.

— Nathan estará aqui em alguns minutos, se arrume rápido – ela avisou.

— Está louca? Josh jamais entraria num carro que não seja o conversível dele, vou com ele. Vocês podem ir à frente.

— Mas é o evento da sua família – ela protestou.

— Eu sei, por isso tenho que ir no conversível dele – disse, começando a me maquiar. — Minha mãe te trata como filha, pode ir à frente que ela não vai ligar.

Nour deu meia volta bufando, ela já estava arrumada então foi para sala esperar seu noivo. Inclusive, hoje ela seria mais uma dor de cabeça para mim. O anel dela pesava mais que seu próprio corpo, eu já podia imaginar minha mãe me alfinetando com isso. Respirei fundo, me preparando mentalmente para mais um dia daqueles. Apesar de ser super cedo, esse dia seria quente e eu estava feliz. Nada me fazia mais feliz do que o calor.

Josh estava com uma blusa de botões, com as mangas dobradas até o cotovelo e uma calça preta. Estacionou seu carro na porta do meu prédio às 8 em ponto, Nour e Nathan já haviam saído.

— Bom dia! – cantarolei entrando no carro.

— Esse vestido ficou bom em você – ele constatou, pegando uma sacola no banco de trás e me entregando.

— O que é isso?

— Presente para as crianças – ergui as sobrancelhas, analisando o que estava ali dentro.

— Ok, e o meu?

— Sou eu. Esqueceu do nosso acordo? Hoje é um dia sem pressão da sua mãe, não é o suficiente?

— Esperava mais de você, porque eu te comprei um presente – disse baixinho.

— Você é uma péssima mentirosa.

— Eu comprei mesmo! – protestei, eu tinha realmente comprado. Era um disco de vinil de um álbum que ele ouvia todos os dias e, consequentemente, atrapalha meu trabalho.

— Não sabia que sua família tinha uma chácara – Josh mudou de assunto, decidindo não me confrontar mais.

— Claro que não sabia, nós só nos falamos quando está perto do feriado. Mas sim, temos.

— Alguma recomendação especial para hoje? – ele questionou.

— Nenhuma, apenas elogie a comida e tudo ficará bem!

Josh assentiu e acelerou na estrada que nos levava para fora da cidade. Minha mãe estava lá desde ontem, com a minha irmã e meus sobrinhos. Todo o resto da família chegaria hoje, exatamente antes do almoço. Mamãe, uma mulher de classe média e totalmente esnobe, contratara uma equipe para decorar toda a chácara e inclusive esconder os ovos de Páscoa.

Minha mãe havia me mandado fotos e narrado todo o processo da decoração do local, mas nada se comparava ao que estava pessoalmente. Havia luzes, coelhos e cestas de ovos por todo lado. Era uma festa do jeito que ela gostava. Daniel e Caitlin já estavam armando uma guerra de balões d'água com Colin no jardim quando chegamos ao local. Nour estava abraçada a minha mãe, enquanto ela avaliava o anel no dedo da minha roommate. Josh se posicionou ao meu lado com o braço nos meus ombros e andamos até onde minha família estava.

— Uau, você trouxe ele de novo – minha mãe comemorou falsamente e Nour riu.

— Sim, assim como avisei que faria – rebati indo abraçar Carol que me agarrou com toda força.

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