I'm Grateful You're Mine

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Nota da autora: estamos a 1 capítulo da conclusão dessa história. A todos que leram até aqui, meu muito obrigada. Um ótimo ano para todos nós e não esqueçam de votar ao final do capítulo!

Eu estava congelando, ainda com 3 camadas de roupa, a neve estava castigando meu corpo. Enrolei o cachecol envolta do pescoço e abri a porta do prédio. Andei até a garagem me concentrando para não escorregar no gelo que estava derretendo. Aproximei-me do meu carro, que tinha as rodas cobertas por gelo e removi a proteção que coloquei na noite anterior. Eu odiava tanto a neve, grunhi quando meus pés deslizaram e eu quase escorreguei.

Instintivamente, olhei para a janela de Josh, tudo apagado como estava nas últimas semanas. Desde o Halloween não nos falamos, não nos vimos e nem nada. Eu já não tinha certeza se ele apareceria. Nossas regras internas já não valiam de nada, quando quebramos a principal delas que era o sexo. Eu havia deixado claro desde o início que isso estragaria nosso acordo, mas ainda que estivéssemos cientes disso, decidimos agir pela emoção. Eu era culpada, Josh era culpado. Nenhum de nós era inocente nisso.

Entrei no carro e liguei o aquecedor, acelerei para a casa da minha mãe, onde nos reuniremos hoje. Olhei para o porta-luvas do meu carro, querendo pegar o maço de cigarro que estava há meses, intacto ali, mas pensei melhor e já conseguia imaginar o discurso que minha mãe faria se eu chegasse com cheiro de fumaça em casa. 

Na porta de casa, David construía um boneco de neve com Caitlin e Daniel, eu não sabia como eles estavam aguentando. Desci do carro e cumprimentei os três, recebendo um abraço caloroso de Caitlin e um sorriso tímido do menino mais novo. Após tocar a campainha, minha mãe abriu a porta e me olhou desconfiada, ignorei seu olhar e adentrei a casa, deixei meu casaco no hall de entrada e Carol me entregou uma pilha de pratos que ela tirava de uma caixa.

— Coloque sobre a mesa, querida – assenti e andei até a sala de jantar, encontrei Kimberly e Patrick abraçados, brincando um com o outro. Minha mãe veio atrás de mim com uma lista. Ela contava e recontava os lugares na mesa.

— Onde está o Josh? 

— Está vindo – eu esperava que estivesse a caminho. 

— Ah, achei que você já tivesse se livrado daquele encosto – ela disse e eu ri. Colin apareceu vindo da cozinha. 

— Mãe, a torta de morangos queimou. 

Minha mãe passou a mão na testa parecendo exausta, ela apenas deu de ombros. Após tanto trabalho para preparar o jantar de Ações de Graça, uma torta queimada já não significava tanto assim, ainda que essa torta significasse uma tradição de família.

— Você tem certeza que Joshua está vindo, certo? – assenti, enquanto ela tentava se certificar, pois colocava papéis de identificação sobre cada prato, tornando um pequeno jantar de feriado, em um evento de gala.

— Feriados são mais divertidos com Josh – meu irmão disse se animando e minha mãe revirou os olhos e entrou na cozinha. Ela olhou a torta de morangos que não havia mais salvação e suspirou.

— Any, vá ao mercado. Compre duas tortas de morango, por favor – ela disse, me fazendo colocar o casaco e o cachecol novamente e enfrentar o tempo nada agradável. Minha mãe abriu a porta e Joshua estava ali, prestes a bater na porta, com um gorro e uma cara feia. Ergui as sobrancelhas.

— Feliz Dia de Ações de Graças! – ele disse, estendendo uma torta de morango. Bem, a sobremesa estava parcialmente a salvo.

— Feliz Dia de Ações de Graças! – respondi sustentando o olhar.

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