S/n Grimes
Suas mãos passeavam pelas minhas curvas e sua boca beijava a minha com ferocidade. O ritmo que ele seguia entrando e saindo de mim fazia com que eu revirasse os olhos e gemesse seu nome, implorando por mais.
Minhas unhas cravaram em suas costas e minhas pernas entrelaçaram na sua cintura, o trazendo para mais perto, mais fundo.
Seus gemidos roucos no meu ouvido faziam eu perder a noção do mundo, me faziam esquecer de tudo e focar apenas naquilo. Eu estava quase me desmanchando nos seus braços, quase chegando ao meu limite.
Quando então, eu acordei.
Suada e ofegante eu olhei em volta e me vi sozinha no meu quarto, deitada na cama vazia e bagunçada. Sentei no colchão e esfreguei as mãos no meu rosto, me sentindo uma grande idiota por ter sonhado com ele.
Não um sonho normal, um sonho erótico.
Olhei para a cômoda e vi o frasco das minhas pílulas aberto. Ainda era de madrugada, então tentei esquecer aquilo e voltar a dormir. Mas era impossível.
Era impossível dormir depois daquilo, depois de ter sonhado com ele daquele jeito.
Por isso eu levantei, arrumei minha cama e me vesti. Fiquei em pé na frente da janela vendo o dia amanhecer e as pessoas começando os seus trabalhos. Saí do quarto e desci os vários degraus depois de respirar fundo, congelando no final dela ao ver a porta do salão abrir e Daryl passar por ela.
— S/n, tudo bem? - ele perguntou com o cenho franzido, me vendo parada na sua frente com um olhar estranho.
— T-tudo. - forcei um sorriso estranho e balancei a cabeça repetidas vezes. — Precisa de alguma coisa?
— Você sabe onde eu posso arrumar remédio pra dor de ouvido?
— Você tá com dor? - o olho confusa.
— Não é pra mim, é pra garota.
— Ah... eu... eu vou arrumar e levo lá pra vocês - digo, abraçando meu próprio corpo.
— Ok. - concordou, ainda com o cenho franzido. — Certeza que tá tudo bem?
— Sim, tudo muito bem. - forço mais um sorriso, passando por ele quase correndo.
Saí do casarão e fui direto até a enfermaria atrás do tal remédio para dor de ouvido. O médico de Hilltop me levou até a dispensa de medicamentos e se virou para pegar o que eu havia pedido.
Enquanto ele estava de costas para mim, vi um frasco de pílulas fortes o suficiente para me deixar calma e relaxada. Eu apenas conferi se o homem estava mesmo de costas para mim e peguei rapidamente o frasco, o escondendo em meu bolso.
— Aqui. - o médico se virou no mesmo instante, segurando o remédio para dor de ouvido que a Lydia precisava.
— Obrigada. - agradeço e saio da enfermaria, indo até o porão.
No porão eu vi o Henry e o Daryl sentados do lado de fora da cela da garota, que parecia estar colaborando agora.
— Ela tem algum acampamento? - Daryl perguntou.
— Eles estão perto da ponte. Uns 2 quilômetros ao leste. - Lydia respondeu. — Mas a gente não... Eles não ficam em um lugar por muito tempo.
— A história sobre a sua família.. - Henry relembrou. — É tudo verdade?
— Eu achava que era. Eu precisava que fosse. Mas ficou tudo confuso. - ela disse. — Era mentira. Mas... a mentira não era minha. A minha mãe... contou essas mentiras pra mim... várias e várias vezes, por anos. Mas, no fundo, eu sabia. Eu sabia o que ela era. Eu sabia o que ela fazia.
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Love in chaos III - Daryl Dixon
Fanfiction{ Livro 3 } 6 anos se passaram desde a ida de Daryl, mas agora ele está de volta e S/n precisa lidar com seus sentimentos e as consequências de suas decisões. Revelações serão feitas, surpresas e mais discussões. Com a mudança de S/n, será difícil s...