Capítulo 05

2.5K 256 214
                                    

S/n Grimes

Suas mãos passeavam pelas minhas curvas e sua boca beijava a minha com ferocidade. O ritmo que ele seguia entrando e saindo de mim fazia com que eu revirasse os olhos e gemesse seu nome, implorando por mais.

Minhas unhas cravaram em suas costas e minhas pernas entrelaçaram na sua cintura, o trazendo para mais perto, mais fundo.

Seus gemidos roucos no meu ouvido faziam eu perder a noção do mundo, me faziam esquecer de tudo e focar apenas naquilo. Eu estava quase me desmanchando nos seus braços, quase chegando ao meu limite.

Quando então, eu acordei.

Suada e ofegante eu olhei em volta e me vi sozinha no meu quarto, deitada na cama vazia e bagunçada. Sentei no colchão e esfreguei as mãos no meu rosto, me sentindo uma grande idiota por ter sonhado com ele.

Não um sonho normal, um sonho erótico.

Olhei para a cômoda e vi o frasco das minhas pílulas aberto. Ainda era de madrugada, então tentei esquecer aquilo e voltar a dormir. Mas era impossível.

Era impossível dormir depois daquilo, depois de ter sonhado com ele daquele jeito.

Por isso eu levantei, arrumei minha cama e me vesti. Fiquei em pé na frente da janela vendo o dia amanhecer e as pessoas começando os seus trabalhos. Saí do quarto e desci os vários degraus depois de respirar fundo, congelando no final dela ao ver a porta do salão abrir e Daryl passar por ela.

— S/n, tudo bem? - ele perguntou com o cenho franzido, me vendo parada na sua frente com um olhar estranho.

— T-tudo. - forcei um sorriso estranho e balancei a cabeça repetidas vezes. — Precisa de alguma coisa?

— Você sabe onde eu posso arrumar remédio pra dor de ouvido?

— Você tá com dor? - o olho confusa.

— Não é pra mim, é pra garota.

— Ah... eu... eu vou arrumar e levo lá pra vocês - digo, abraçando meu próprio corpo.

— Ok. - concordou, ainda com o cenho franzido. — Certeza que tá tudo bem?

— Sim, tudo muito bem. - forço mais um sorriso, passando por ele quase correndo.

Saí do casarão e fui direto até a enfermaria atrás do tal remédio para dor de ouvido. O médico de Hilltop me levou até a dispensa de medicamentos e se virou para pegar o que eu havia pedido.

Enquanto ele estava de costas para mim, vi um frasco de pílulas fortes o suficiente para me deixar calma e relaxada. Eu apenas conferi se o homem estava mesmo de costas para mim e peguei rapidamente o frasco, o escondendo em meu bolso.

— Aqui. - o médico se virou no mesmo instante, segurando o remédio para dor de ouvido que a Lydia precisava.

— Obrigada. - agradeço e saio da enfermaria, indo até o porão.

No porão eu vi o Henry e o Daryl sentados do lado de fora da cela da garota, que parecia estar colaborando agora.

— Ela tem algum acampamento? - Daryl perguntou.

— Eles estão perto da ponte. Uns 2 quilômetros ao leste. - Lydia respondeu. — Mas a gente não... Eles não ficam em um lugar por muito tempo.

— A história sobre a sua família.. - Henry relembrou. — É tudo verdade?

— Eu achava que era. Eu precisava que fosse. Mas ficou tudo confuso. - ela disse. — Era mentira. Mas... a mentira não era minha. A minha mãe... contou essas mentiras pra mim... várias e várias vezes, por anos. Mas, no fundo, eu sabia. Eu sabia o que ela era. Eu sabia o que ela fazia.

Love in chaos III - Daryl Dixon Where stories live. Discover now