Capítulo 06

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S/n Grimes

— Ninguém toca na garota. - Daryl disse de maneira bruta, descendo da torre.

— Daryl! - Tara o chamou.

— Aonde ele vai? - perguntou Yumiko.

Vimos o caçador descer e sair da comunidade, depois de responder algumas perguntas do Henry, que segurava uma muda de roupas limpas para a Lydia.

O caçador se aproximou do segundo portão e ficou cara a cara com a estranha mulher. Os dois começaram a conversar, mas não conseguíamos ouví-los direito.

— Vocês trouxeram um bebê? - perguntei inconformada, vendo uma mulher com as peles balançando um inocente bebê nos braços.

— Somos animais. Animais vivem aqui fora. Animais têm bebês, então temos bebês aqui fora. - a Alfa explicou em um tom frio e doentio, voltando a encarar o caçador e conversar apenas com ele.

Logo, outros mascarados se aproximaram com dois prisioneiros também com os rostos cobertos. Quando as máscaras foram tiradas vimos Alden e Luke com as mãos amarradas no meio daqueles doentes, eles estavam amordaçados e os idiotas atrás deles ameaçavam cortar suas gargantas com uma faca.

Depois de mais algumas trocas de palavras, Daryl voltou para a comunidade e vimos os mortos de verdade se aproximando. Alguns dos imbecis foi até o pequeno bando, andando e agindo como zumbis, os mantendo longe.

— Isso é muito bizarro. - Jesus comentou ao meu lado, vendo tudo com um olhar desacreditado.

— Essas pessoas são doentes. - digo, com os olhos fixos na líder do grupo.

— O que devemos fazer agora? - ele perguntou, mesmo sendo o líder, acho que a minha opinião importa para ele.

— Sério que está fazendo essa pergunta? - Magna olhou para o homem inconformada. — O Alden e o Luke fazem parte desse grupo, aquela garota é só uma desconhecida.

— S/n.. - o homem olhou para mim outra vez, esperando o que eu tinha a dizer.

— Entreguem a garota. - eu falei, sentindo o peso da minha promessa sendo quebrada.

Tara e Yumiko desceram para pegar a Lydia no porão, sendo seguidas por Magna. Kelly continuava observando a irmã pelo binóculo, tendo certeza que a mesma estava bem. Jesus suspirava frustado, ele também não queria entregar a menina assim, mas não tínhamos muito o que fazer.

Notei uma certa correria lá embaixo, perguntei para um morador qualquer e ele disse que o Henry havia sumido com a prisioneira. Xinguei o garoto mentalmente várias vezes e coloquei as mãos na cintura, trocando vários olhares preocupados com o Jesus.

Pouco tempo depois, o bebê entre o pessoal das peles começou a chorar. A mãe da criança não conseguia acalmá-lo de jeito algum, obedecendo a ordem da Alfa de largá-lo para ser devorado pelos mortos.

— Ei! - gritei com a mulher. — Que merda você tá fazendo?

— Viver com os mortos significa viver em silêncio. - Alfa explicou, com um sorriso psicótico nos lábios sujos. — Se a mãe não pode silenciar seu bebê, os mortos vão.

Começamos a fazer barulho para atrair os zumbis e deixá-los longe do bebê. De repente, vimos Connie sair do meio da plantação e correr até a criança. A mulher o pegou e voltou para o meio das plantas.

Os zumbis a seguiram, sendo atraídos pelo choro alto do bebê. A Connie é muda e surda, o que tornava tudo ainda mais perigoso e desafiador.

— S/n, pra onde você vai? - Jesus perguntou, me vendo descer rapidamente.

Love in chaos III - Daryl Dixon Where stories live. Discover now