Capítulo 2

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CHLOE

Segunda feira 11:58 a.m

Alguém bate na minha mesa, era Ricardo, meu chefe. Acabei dormindo.

     - Acorde e volte ao trabalho agora!

     - Me desculpe.

     - É o 3° deslize no mês. Você tem que estar atenta ao trabalho.

     - Certo.

Ricardo dá as costas para mim. Uma ligação acontece no Celular dele. Ele atende e sai da delegacia. Olho pela janela e vejo pra onde ele está indo. Ele parece concentrado na ligação. Aproveito e me levanto, e lentamente, abro a porta e entro no escritório do Ricardo.

     Começo a mexer na gaveta da mesa dele. Estou procurando algumas anotações dele. Mas não acho nada. A estante. Penso. Me viro para trás e vejo a grande estante dos crimes, é como eu a batizei. Começo a revistar as pastas. Estão organizadas por ano, isso facilita a minha busca. Então eu acho. Família Smith - 1988. Era isso que eu estava procurando. Pego a pasta e ando em direção da porta da saída do escritório. Estico a minha mão para pegar na maçaneta. Mas a porta se abriu. Era Rosa.

     - Chloe?

     - Senhorita Rosa!?

     - O quê é isto em suas mãos?

     - Não é nada.

     - Está tentando pegar a pasta do caso Smith de novo?

     - Não.

Ela estica a mão e toma a pasta de mim.

     - Então era isso mesmo.

     - Me desculpe senhorita Rosa. Apenas queira dar uma olhada no caso Smith.

     - Por que esse interesse todo?

     - Porque em todos os casos criminais que aconteceu aqui em Greenbow. Esse é o mais macabro. Isso me interessa muito.

Rosa me encara por uns segundos. Depois ela fala:

     - Volte ao trabalho e eu não conto para o Ricardo que você estava fuçando mas coisas dele.

     - Ok.

Voltei para minha mesa com muita raiva por dentro. Desde criança eu queria ser policial para pegar criminosos. Mas acabo ficando 100% do tempo na frente de computadores. Nada de ação.

     Ricardo entra na delegacia e entra logo em seguida em seu escritório. Logo depois, a porta se abre em uma velocidade assustadora.

     - Olá? Eu preciso de ajuda!

Era uma mulher. Estava agitada. E com pequenos cortes em seu corpo. Ricardo e Rosa aparecerem logo em seguida.

     - O quê está acontecendo?

Fala Ricardo.

     - O quê aconteceu com você?

Fala Rosa.

A mulher estava muito agitada. Ricardo teve que dar um pouco de água para ela.

     - O quê aconteceu? Consegue dizer?

A mulher agora parece bem mais calma. E Então ela começa a falar.

     - Eu fui atacada por um maníaco.

     - Onde exatamente você foi atacada?

     - Foi no bosque, perto da escola.

     - E como era esse maníaco?

     - Ele estava usando um capuz preto, e tinha uma caveira de algum animal na cabeça.

Paro de digitar na hora. Olho para a mulher interessada no assunto. Parece que Ricardo percebe meu entusiasmo.

     - Com licença. - Eu falo. - Como você disse que era o maníaco?

Ricardo olha feio para mim. Nesse momento, o telefone toca.

     - Atenda veja quem é.

Pego o telefone e atendo.

     - Alô?

     - É dá polícia?

- Sim, o que aconteceu?

- Nossa filha, ela sumiu.

- Quando isso ocorreu?

- Não sabemos. Ela saiu para encontrar umas amigas. E ela não voltou.

- Certo. A polícia já está a caminho.

- Tudo bem.

Eu desligo. Mas antes que fale qualquer coisa, Rosa fala:

- Chloe, você vai lá.

- O quê!?

- Jake está doente hoje. Você vai lá.

Merda. Não queria ir. Justo agora que algo acontece nessa delegacia, eu sou expulsa. Talvez eu esteja sendo um pouco hipócrita.

Entro no carro. E saiu em direção da casa do casal que fez a ligação. Assim que chego, não preciso bater na porta. O casal Martin já estava na porta.

- Boa tarde, me fale a situação toda de novo.

- Ok. Maria estava hoje o dia todo animada. Ela ia se encontrar com as amigas para fazer compras. Mas então, uma das amigas de Maria Ligou para casa perguntando o por que Maria não tinha ido. Mas ela já tinha saído a muito tempo. Até agora não temos sinal nenhum dela.

Sr. Martin me contou essa história com a voz trêmula. Faço algumas perguntas e depois entro na casa deles.

Era uma casa muito organizada, e bem espaçosa. A Sra. Martin estava com os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar. Ando pela casa e chego no quarto da garota. Entro.

Nada fora do lugar. Até que eu abri a porta do guarda-roupa dela. Chegou a hora. Você vai morrer. Eu sei onde você está.

Eram bilhetes escritos. Eu me viro para o Sr. Martin.

- O quê é isso?

- Eu não sei.

- A Maria Martin estava estranha esses dias?

- Não. Ela estava normal.

Faço algumas anotações e saio.

- Tenho que ir.

- Mas e nossa filha?

- Eu vou informar a mais policiais.

Entro no carro e saio dali. Fico pensando sobre os Martin. Até que por um segundo, escuto um barulho estranho. Mas não vejo nada. Quando cheguei na delegacia, aquela mulher já não estava mais lá.

KAROL

Segunda feira, 14:32 p.m

Fiquei um bom tempo falando com os policiais. Eles me mandaram pra casa de novo. Sinceramente não confio na polícia de Greenbow. Mas aqui é minha única proteção. Caminho pela rua, pensando sobre o que aconteceu no bosque. Foi então que cheguei em casa. Mas logo percebi algo na porta da frente, chego perto e vejo que é uma boneca. Estava suja de terra, era como se alguém tivesse a enterrado e desenterrado. Não tinha olhos. Sua boca tinha um sorriso assustador.

Eu pego aquele brinquedo, e jogo fora.

AS BONECAS Where stories live. Discover now