Capítulo 12

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KAROL

Quinta feira, 09:45 a.m

Depois que liguei para Chloe para falar sobre a minha "investigação". Ela chegou rapidamente.
- Karol, o que você quer falar?
- Chloe, olha isso.
Jogo as folhas de anotações em cima da mesa.
- O que é isso?
- Enquanto eu estava vendo as notícias das pastas que você me deu, eu fazia algumas anotações.
Chloe pega os papéis.
- Olha só. Percebeu que os assassinatos tem meio que uma regra?
- Regra?
- Sim.
Aponto para uma parte da Folha.
- Os assassinatos tem uma hora certa de acontecerem. A Família Smth foi morta por volta das 09:20. Mesmo horário que outros crimes aconteceram.

Chloe me encara com uma expressão de espanto e dúvida.
- Então as mortes estão meio que planejadas?
- Sim. Segundo a pasta que você me deu, em toda cena do crime era encontrada uma boneca deformada.
- Igual a que deixaram para nós duas. Isso quer dizer...
- Que nós duas somos a próxima mira.
- Então o ataque que você quase sofreu dentro de casa foi por essas pessoas?
- Sim.
- Mas então, essas pessoas de máscara de caveira estão aqui na cidade.
- E podem ser qualquer pessoa.
Eu encaro a Chloe por uns segundos e volto a falar.
- Mas preciso descobrir o por que dessas pessoas específicas morreram. Será que tem motivo delas morrerem?
Chloe fica pensativa. Então ela pega uma das folhas das minhas anotações.
- Sabe aquela pessoa que também foi atacada?
Chloe disse.
- Sei.
- Se as mortes realmente forem planejadas, ele também é uma vítima na mira.
- Eu sei.
Chloe pega as folhas e começa a ler todos. Uma surpresa em seus olhos.
Mas então eu digo uma coisa que estava segurando havia dois meses, uma certeza que eu pensava que não ia ter. O motivo da frase ter sido deixada na minha parede. Os bonecos de palitos escritos na parede do carro.
- Minha filha deve estar viva.
Chloe me encara.
- Karol...
- Eu tenho certeza. Se a minha teoria do horário das mortes estar correta, ela tem que estar viva. Ela desapareceu no bosque exatamente as 10:47.
Não consigo segurar as lágrimas. Chloe me abraça e fala:
- Você é uma mulher forte, eu estou torcendo muito por você.
Depois de chorar um pouco, limpei minhas lágrimas e falei:
- Nós precisamos falar com a pessoa que foi atacada.
- Por quê?
- Ela deve ter um motivo de estar sendo perseguida. Igual eu e você.
Chloe pega as chaves.
- Ainda não.
- Por quê? Não podemos perder tempo.
- Eu tenho que falar com a Família Martin antes. O corpo da filha deles foi encontrada no bosque.
- Aquela questão do buraco de ossos que você e o seu amigo encontraram?
- Sim.

BRIAN

Quinta feira, 12:15 p.m

Eu estava o dia todo apreensivo. Peguei meu celular de novo do bolso. Decidi parar de esperar. Me retirei do hotel onde eu estava e andei em direção da casa dos Martin. Assim que ia tocar a campainha, meu celular tocou.
Com a mão trêmula, tirei meu celular do bolso e atento.
- Olá, Deu certo?
- Sim. Estou com o mapa nas minhas mãos.
- Por que demorou tanto?
- Você não é meu único cliente.
Alguns dias atrás, entrei em contato com um cara que cobra favores. Quando soube que o mapa estava na delegacia, tive fazer isso. De algum jeito, ele conseguiu.
- Tá, mas onde você está agora?
- Estou na frente do Hotel.
- Estou indo pra indo para aí.
- Espero.
Ele desliga. Respiro fundo e ando de volta para o Hotel novamente.
Assim que cheguei, ele me entregou uma pasta e disse:
- Aí está.
- Valeu.
- Agora o que nós combinamos.
- Ainda não.
- O quê?
- Eu preciso que você me ajude em mais alguma coisa.
- Posso fazer, mas o preço vai aumentar.
- Não importa.
- Então o que é?
- Venha comigo.

Assim que entrei no quarto, peguei a caixa no canto do quarto e levei parta ele.
- Aqui.
- O que é isso?
Ele abre a caixa e vê o que está dentro e me encara como se esperasse que eu dissesse que era uma piada.
- Eu preciso que você me ajude a descobrir quem me mandou isso.
Ele pega o papel que está junto com a boneca. Era um desenho de uma árvore com vários bonequinhos de palito em volta.
- Tá.

- Com licença.
Um voz de uma mulher na porta. Era uma policial e estava acompanhada de outra. A policial olha confusa para o homem ao meu lado e diz:
- Jake?

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