Capitulo 5

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KAROL

Quarta feira, 07:54 a.m

Estou no caminho da escola. Ontem eu peguei a foto que tinham deixado encima da minha mesa, e coloquei dentro do guarda roupa. Tem alguém me ameaçando. Com certeza é alguém que está usando as máscaras de caveira. Quase perdi o ônibus por causa que estava perdida em meus pensamentos.

Assim que cheguei na escola. Mike já estava fazendo as suas gracinhas de novo. Ele estava segurando um rato morto com as pontas do dedos ameaçando jogar em uma menina. Aquilo estava acontecendo no corredor da escola, e todos estavam olhando. Mas não faziam nada. Nunca fazem. Cheguei bem atrás dele.

- Mike.

Ele olha para mim e logo seu rosto de um sorriso se torna um rosto de raiva.

- O quê Foi?

- Solte isso. AGORA.

Ele pega o rato e joga pela janela.

- Está satisfeita?

Ignoro ele e vou até a menina. É uma aluna do 5° ano. Ela não fala nada e se retira. Também me retiro. Ando em direção da sala. Escuto um sussurro de Mike atrás de mim.
Vadia.
Fechei meu punho. Quase dei um soco na cara dele. Mas me segurei. Entrei na sala e comecei a dar aula.

Depois que a hora de em bora chegou. Fiquei arrumando minhas coisas na sala e Mike e mais dois adolescentes também estavam. Estavam falando alguma coisa. Não prestei atenção. Até que ouvi a frase:
Achei algo no bosque ontem.

Prestei atenção.

- O quê era?
Disse um dos amigos de Mike.

- Não sei. Parecia uma caverna.

- Você entrou lá dentro?

- Não. Já era de noite.

Mike continua.

- E tinha um fedor muito grande. Parecia carniça.

- Caralho.

Peguei minhas coisas e saí da sala.

BRIAN

Quarta feira, 12:00 p.m

- Aqui está.

O atendente me dá a chave. Estou no hotel, minhas coisas vão chegar mais tarde. Nesse período de tempo vou aproveitar para ver o quarto que vou ficar. Olho a chave e vejo o número 069. Subo as escadas e me deparo com um grande corredor. Começo a caminhar em busca do quarto.

Encaro as portas. O número que vejo é 033. Não estou perto. Então escuto uma porta de fechando. Olho para trás imediatamente. Não tem nada. Continuo a andar. Assim que chegou em outra escada, escuto outra porta se fechando.

Finjo subir as escadas, subo 3 degraus e volto para o 1° rapidamente. Uma criança. Em um piscar de olhos, ela corre para o final do corredor e some da minha vista. Um arrepio sobe em minha espinha. Então subo as escadas.

069. Achei. Abro a porta e entro. Tranco a porta no momento que escuto alguém correndo no corredor em minha direção. Me deito na cama e pego meu celular do bolso. Duas ligações perdidas. Alguém bate na porta.

Destranco e abro lentamente. Era o cara do caminhão de móveis. Estava aqui para entregar algumas coisas para mim. Não pretendo ficar aqui por muito tempo, mas não sei o certo.

A 1° caixa era de roupas, mas tinha uma caixa pequena.

- O quê é isso?

- Estava na frente de sua casa. Então trouxemos.

- Ah.

Assim que ele sai do quarto. Tranco a porta de novo e abro a caixa pequena.
Levo um susto. Uma boneca deformada. Sem olhos, um sorriso pertubador. Pego a boneca e uma aranha sai da boca da boneca. Coloco ela de novo dentro da caixa. E coloco no canto do quarto.

CHLOE

Quarta feira, 13:44

Nenhum sinal da filha dos Martin. Estou vendo as gravações de câmera das ruas, eu suspeito que a garota fugiu de casa, mas depois que vi aquelas mensagens deixadas para a garota, tenho minhas dúvidas. Na gravação vejo algo estranho, um cara com uma jaqueta fica rodeando a casa por uns 15 minutos. Em um momento, consigo reconhecer quem é. Robert. O fazendeiro da região.

Ele olha para a casa. E depois some na escuridão da rua. Meu primeiro suspeito.


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