𝑽𝒊𝒏𝒏𝒊𝒆 𝑯𝒂𝒄𝒌𝒆𝒓 4

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VINNIE HACKER

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VINNIE HACKER

Fiquei olhando pela janela da biblioteca enquanto Evelise ia embora. Claire ainda estava conversando com ela, atualizando-a quanto à contratação para a vaga e, quando elas se abraçaram, eu dei as costas por um instante. Quando me virei de novo, Evelise estava entrando em um carro velho e caindo aos pedaços. Quando ela o ligou, o motor rugiu como se tivesse sido um fumante compulsivo em uma vida passada, e ela foi embora naquela armadilha mortal.

Evelise White.

Eu não pensava nela havia anos, só de vez em quando. Agora, porém... Agora ela inundava minha mente. Lembranças dos adolescentes que éramos quando nos conhecemos dominaram meus pensamentos.

Ela havia se portado na biblioteca como se ainda me conhecesse.

Aquilo era uma loucura para mim. Não sabia se ela ainda era como a menina que costumava ser, mas eu estava longe de ser o menino que ela um dia havia conhecido.

A vida tinha maneiras de nos modificar, em alguns casos para melhor, a maioria para pior.

Eu fazia parte da maioria dos casos.

Claire voltou à biblioteca, meio ofegante, mas sorrindo. Ela vivia sorrindo, mesmo nos dias difíceis. Desviei o olhar dela e me virei de novo para a janela. A coisa mais difícil do mundo era o sorriso da Claire, porque era parecido demais com o da filha dela.

- Tenho um bom pressentimento com relação a isso, Vinnie. Acho que a Evelise será ótima para as meninas - comentou ela. - Você sabia que ela também perdeu a mãe quando era adolescente? Isso pode ajudar as nossas meninas.

Não respondi. Não havia muito o que dizer, e eu não era do tipo que me engajava em conversas que não importavam. Evelise seria a babá. O negócio estava fechado. Não havia necessidade de ficar voltando ao assunto o tempo todo.

- Ela parece maravilhosa - continuou Claire, porque ela nunca percebia quando eu queria ficar sozinho. Ou talvez percebesse. Na verdade, ela se preocupa demais com o que se passa comigo quando estou sozinho. - Ela mencionou que vocês já se conheciam? Quando eram mais jovens?

Meu corpo ficou tenso, e eu mexi nas abotoaduras do terno.

- Faz muito tempo isso.

- Sim, mas é sempre bom rever alguém do passado.

Eu também não tinha comentários a fazer quanto a isso. Não sabia o que significava o fato de Evelise White ter entrado na minha biblioteca naquela tarde. Eu sequer tinha me permitido refletir sobre o significado de ela ressurgir na minha vida. Tudo o que eu sabia era que ela tinha o melhor currículo entre todas as candidatas que eu tinha visto naquele dia e que havia muito trabalho importante me esperando no escritório.

Pigarreei.

- Preciso voltar ao escritório. Provavelmente voltarei tarde pra casa. Depois que buscar as meninas, você pode chamar aquela moça pra tomar conta delas?

Claire franziu o cenho, e eu odiei ver aquilo.

Ela franzia a testa exatamente como a filha.

Eu não sabia que era possível sentir saudades de quando uma pessoa franzia a testa até nunca mais vê-la fazendo isso.

- Vinnie... - disse a voz sussurrada dela para mim.

Eu me virei para a direita e vi a testa da Nicole encostada no airbag inflado.

Fechei os olhos quando a imagem da Nicole veio à minha mente. Toda vez que isso acontecia, eu tinha a sensação de que estava me afogando.

O luto era estranho. Aparecia do nada. Surgia mesmo quando você se esforçava ao máximo para evitá-lo. Eu me mantinha ocupado porque não queria chorar. Não queria encarar um mundo onde ela não existia mais, mas o luto era silencioso, chegava em momentos aleatórios, embora eu fizesse de tudo para afastá-lo. Ele me atingia com força, juntamente com a percepção do que tinha acontecido. Meu peito ficava apertado à medida que a dor inundava cada parte da minha alma.

- Vincent - chamou Claire, sua voz era gentil e repleta de preocupação quando ela colocou a mão no meu antebraço, me arrancando da escuridão.

- Hum?

- Você está bem, filho? - perguntou ela, sabendo perfeitamente que eu não estava.

Mas eu menti.

Eu sempre mentia.

- Estou bem. Falo com você mais tarde. Vou me certificar de que a Allison mande todos os detalhes sobre o emprego para a Evelise por e-mail. Obrigado, Claire. Obrigado por vir até aqui hoje.

- É claro, querido. Eu virei sempre - prometeu ela.

Ela não estava mentindo.

Ela nunca mentia.

Inspirei fundo e afastei as emoções que estavam tentando escapar de dentro de mim.

Eu não deixaria as lágrimas escaparem.

Não queria sofrer.

Não queria sentir.

Não queria encarar o fato de que ela se foi.

Então, fiz a única coisa que eu sabia fazer. Fui trabalhar e afoguei a turbulência que havia em minha mente e que tentava me engolir por inteiro a cada segundo de cada dia.









𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐑𝐞𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨 | ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴᵃᶜᵏᵉʳ ツTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon