𝑬𝒗𝒆𝒍𝒊𝒔𝒆 𝑾𝒉𝒊𝒕𝒆 10

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EVELISE WHITE

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EVELISE WHITE

- Como assim ela rugiu?

Addi riu do outro lado da linha enquanto eu preparava o jantar. Eu tinha sido rápida em ligar para minha prima, que foi delicada o bastante para sair mais cedo para o almoço e ouvir as histórias da minha vida doida.

- Exatamente isso. Ela ficou rugindo pra mim sem parar.

- Não, não, não. Peraí... tipo, literalmente um rugido?

- Addison, ela fez "Grrr! Grrr!". - Tentei recriar os belos ruídos da Karla. - Grrr! Igual a um leão!

Addi não parava de rir, totalmente arrebatada pela comédia de erros que havia sido a minha manhã. Pelo menos alguém estava se divertindo.

- Não vou mentir, acho que realmente gosto dessa menina - comentou ela.

- É, bem, espera até ela rugir pra você.

- Ah, pelo menos você voltou a trabalhar, né? O fato de você ser babá das filhas do Vinnie é uma loucura. Quer dizer... cacete! O Vincent Hacker tem filhas. Duas filhas!

- Eu sei. Isso não é muito louco? Elas se parecem muito com ele, também.

- Então... ainda rola?

- Ainda rola o quê?

- Aquela química entre vocês... de alguns anos.

Ri entre os dentes.

- Você quer dizer aquela química de adolescente? De hormônios e luto? Hum... não. Tenho certeza absoluta de que isso só faz parte do passado, assim como a maioria dos meus cardigãs.

- Eu ainda acho que você deveria continuar usando cardigãs. Eles eram sua marca registrada! Ninguém usava cardigã com tanto estilo quanto você.

- Pois é, mas você sabe que, depois que eles foram pro brejo no meu último relacionamento, eu meio que deixei de lado a ideia dos cardigãs.

Meu histórico não era muito bom quando se tratava de relacionamentos. Por algum motivo, sempre acabava direcionada para os tipos mais tóxicos de homens. Mas o pior deles foi o Alex, o terapeuta. Quando fomos morar juntos, ele tentou me ajudar com as minhas questões emocionais. Embora odiasse quando ele aplicava suas técnicas de terapia em mim, eu ainda o ouvia. Então, depois de passar uma noite em claro chorando de saudade da minha mãe, ele pensou que estaria me ajudando a superar minhas questões jogando fora todos os cardigãs que ela tinha feito para mim. Disse que abrir mão deles era parte do processo de cura do luto.

Eu realmente considerei se valia a pena ser presa por matá-lo.

Aquele foi um dos cinco dias mais tristes da minha vida.

- Então você tem cem por cento de certeza de que não existe mais nada entre você e ele? Seu coração acelera quando vocês estão no mesmo cômodo? Quando vocês se encontram do nada e ele esbarra no seu braço? Você tropeça e ele aparece pra te segurar bem a tempo, como num passe de mágica? Você olha para o bíceps dele como quem não quer nada?

𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐑𝐞𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨 | ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴᵃᶜᵏᵉʳ ツWhere stories live. Discover now