Il reste encore du temps.

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Como combinado, voltei até a taverna a noite a fim de prestigiar minha amiga e seu marido. Realmente tudo estava muito bonito e animado ali, as pessoas bebiam e dançavam como se não fosse existir o amanhã. Antes não tinha notado, mas sentia falta de toda a bagunça de Small Heath a noite. O bairro virava um verdadeiro caos e tudo o que os moradores desejavam e encontravam era diversão. No estabelecimento de Jonas a música era alta e empolgante, fazendo todos ali presentes dançarem sozinhos ou acompanhados.

Encostada no balcão com uma caneca de cervejas em mãos, ainda não tinha avistado minha amiga e já tinha negado dançar com uns três homens diferentes que chegavam e me convidavam, em seguida saíam frustrados por não conseguirem fazer-me dançar com eles.

Sem esperanças de encontrar algum sinal de Paige ali por ora, segui o caminho até o banheiro. Estava vazio e sorri alegremente ao notar isso quando entrei no mesmo. Deixei minha caneca sobre a pia branca e olhei-me no espelho, ainda estava sóbria, mas minha maquiagem já estava começando a borrar. Tirei da minha bolsa um batom e o passei em meus lábios, logo depois passei um pouco de pó de arroz em minhas bochechas e estava arrumada novamente.

De volta para o salão principal, esbarrei com uma mulher perto do balcão de bebidas, mas ela nem se deu ao trabalho de me olhar quando me desculpei ligeiramente. Gente mal educada ainda existia em todos os lugares infelizmente.

— Achei estar vendo um fantasma — ouvi uma voz masculina soar ao meu lado e olhei o homem de cima a baixo.

— E eu estou vendo um fantasma? — indaguei e logo sorri junto de Arthur. — Você não tinha se mudado?

— Sim, mas Small Heath é o meu lugar. E você, onde esteve durante esses anos?

— Viajando o mundo contando histórias — bebi um gole da minha cerveja. — Você está sozinho? Onde está Linda e... Seu irmão está vivo?

Não desejava parecer desesperada em ter notícias de Thomas, mas eu só queria saber se ele estava bem ou se realmente havia acontecido o que Matteo havia me falado e eu tentei impedir de acontecer.

Arthur me olhou de relance, ele já estava com uma aparência bem mais velha, mas não parecia estar bêbado ou drogado. O que era uma grande novidade.

— Linda e eu nos divorciamos há alguns anos. Tom está bem.

— E como você está? Se sente bem? Parece não estar feliz.

Ele assentiu.

— Eu nunca estive feliz, Gale. Mas está tudo bem. Vamos beber como antigamente?

Balancei a cabeça concordando e nos viramos de frente ao balcão. A noite estava só começando e eu me divertiria com Arthur, enquanto matava a saudade dele.

[...]

A noite havia sido incrível, bebi e dancei como se fosse o meu último dia de vida. Foi muito bom me divertir com Arthur como fazíamos antes e não demorei a encontrar Paige e seu marido. Nós nos divertimos muito.

Abri meus olhos vendo a claridade do sol atingindo meu rosto e notei ter deixado a cortina aberta. No mesmo momento o telefone na mesa de canto da cama tocou e eu atendi.

— Senhorita Brown, tem uma visita aguardando falar com você — disse a voz feminina. — Posso mandar subir?

— Quem é? — indaguei bocejando, ainda estava sonolenta.

Houve um silêncio de alguns segundos.

— Arthur Shelby, senhorita.

— Ok, pode mandar subir.

Coloquei o telefone no gancho novamente e fui correndo até o banheiro me arrumar brevemente, então notei estar com uma cara de ressaca daquelas. Nada que eu fizesse melhoraria a minha aparência.

Quando ouvi som de batidas na porta, caminhei até a mesma ainda envergonhada em estar tão esquisita, mas como era o Arthur ele já deveria se lembrar de como havíamos ficado mal na noite passada e deixaria meu rosto feio passar dessa vez.

— Ei, Arthur! — exclamei alegre ao vê-lo, mas meu sorriso se esvaiu quando ele tirou a boina de sua cabeça e abaixou o olhar. — O que houve?

— O Tommy está internado, uma concussão na cabeça que os médicos falaram, não sabemos se ele vai sobreviver.

Engoli à seco. A morte que Matteo havia me alertado.

— Em qual hospital ele está? — indaguei.

— Ele não pode receber visitas, Gale.

— Eu só quero saber onde ele está, não vou até lá.

Ele assentiu e me passou o endereço de onde era, mas conforme eu havia falado, não iria até lá e sim tiraria ele do lugar e o colocaria em outro hospital. Se conseguíssemos mudar, talvez ele não morreria.

— Temos que tirá-lo de lá.

— O quê?

— Confia em mim, se mudarmos ele de hospital, talvez ele viva.

— E para onde deveríamos levá-lo?

— Confie em mim, Arthur! Vamos tirá-lo de lá.

E talvez o futuro ainda pudesse mudar.



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Olá! Como estão? Bom, até aqui eu tinha todos os capítulos já prontos, mas infelizmente estou passando por uma fase não muito boa e estou enfrentando um grande bloqueio criativo. Essa fanfic vai entrar em hiatus por tempo indeterminado(espero que não dure muito)  e assim que eu tiver com a cabeça melhor eu volto e continuo postando para vocês.

Espero que entendam.

Obrigada


Coração Negro | Thomas ShelbyWhere stories live. Discover now