3: Um convite

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                          P.O.V LENA LUTHOR

Nunca na vida eu tive tanta vontade de transar.

Não só farejava os cinco lobos à minha volta, eu podia vê-los.

Um grande lobisomem loiro, uma visão estranha se eu não soubesse que ele era loiro na forma humana, deu a volta em uma árvore e veio lentamente em minha direção. Ele era grande, mas isso não significava que era um dominante.

Seus olhos, como a da maioria dos lobos, eram amendoados e brilhantes. Eu e a Alfa eramos uma exceção: meus olhos eram verdes e os dela azuis, como loba e como humana.

Pela forma como o lobisomem loiro me olhou, ele percebeu esse detalhe único.

Vi os outros quatro me cercando, o que me deixou claustrofóbica. Um chegou tão perto que senti o focinho em minha bunda, farejando ha excitação.

Os dois à minha direita rosnavam sem esconder a luxúria que os dominava, o que estava à minha esquerda lambia os lábios, e o grande lobo loiro à minha frente parou e se abaixou, em posição de ataque.

A maioria dos lobisomens prefere transar na forma humana, mas esses cinco estavam tomados pela bruma e queriam sexo agora.

Eu estava prestes a fechar os olhos e ceder a essa violenta e animalesca orgia.

Meu corpo gemeu quando o lobo atrás de mim lambeu minha pata traseira. Queria que esses machos me provassem, me comessem até eu esquecer quem era... Mas aí me lembrei do rosto dela.

Do rosto de Andrea.

Um único lampejo foi suficiente. Como se meu corpo tivesse sido atingido por um balde de água fria, me desvencilhei da Bruma. Ela se tornou apenas um calor insignificante no meu âmago.

Eu estava no controle.

Rosnei o mais alto que pude para deixar claro àqueles lobos que não estava interessada. Porém - como é típico dos machos - eles não gostavam de seguir ordens. Continuaram se aproximando e me lambendo.

Cansada dessa merda, rosnei novamente. O tipo de rosnado que diz, "encostem uma pata em mim, e vão se arrepender".

O lobo loiro diante de mim percebeu isso em minha expressão. Eu não estava de brincadeira. Ele se virou e foi embora. Os outros três lobos que estavam à direita e à esquerda perceberam o mesmo um segundo depois e recuaram.

O único que parecia estar com dificuldade de enxergar ou melhor farejar-sinais era o que estava atrás de mim. O que tinha dado uma boa fungada em meu sexo. Ele se inclinou em minha direção.

Chega, pensei.

Eu me virei rapidamente e afundei os dentes afiados no pescoço dele. Mordi com força, fazendo-o sangrar.

Ele ganiu de dor e lutou para se afastar, mas eu não o soltei. Aquele lobo precisava aprender uma lição.

Apenas quando senti que estava prestes a rasgar sua jugular que o libertei. O lobo não parou de me encarar fixamente.

Ele agora sabia quem estava no comando, então se virou e saiu correndo de lá. Quando olhei em volta, os outros quatro haviam desaparecido.

Satisfeita, eu me embrenhei ainda mais na floresta. Podia sentir o cheiro de sexo no ar.

A Bruma começou a me afetar novamente e eu continuei correndo, tentando reprimi-la. Não ia perder o controle. Não novamente.

Quando voltei ao local onde havia deixado minhas roupas, e me transformei.

Os Lobos Do Milênio - Livro I - SupercorpWhere stories live. Discover now