O Desejo da Serpente: Aiko Uchiha (Next Generations)

O Presente de Amigo Oculto (Hot!)

(No laboratório)

Eu tinha chegado carregada ou melhor arrastada pelo Orochimaru...Otto ficava nos observando confusamente enquanto estava nos braços do Sannin sendo carregada de um jeito estranho.

—Orochimaru-san por que a gente voltou?–

—Esqueci que tenho de fazer mais alguns exames com a Aiko na sala de radiação urgente, é melhor que fique longe recomendo não se aproximar...preciso da ajuda dela para uma coisa... muito importante– ele virou para me encarar por alguns segundos intensamente, sua voz no final estava suave, com tom rouco e perigosa, calma mas cheia de intenções.

—Ah...ok? Vai fazer uns exames?–

O Sannin não respondeu mas apenas o encarou com aquele olhar ameaçador de costume assentuando uma resposta de imediato cortando-o ali mesmo. O menino se assombrou.

—Ah tá tudo bem, sem estresse– disse ele saindo de perto e deixou de tocar no assunto.

Eu já não tinha muito o que dizer...Orochimaru claramente estava muito estranho naquela noite, muito atrevido pro meu gosto, será que foi a bebida?

Desde a última batalha em Kirigakure a nossa relação tem se aproximado muito até de mais, a distância entre nós diminuiu cada vez mais, o vínculo se tornou mais forte desde o incidente da Névoa.

Orochimaru tem cuidado de mim com muita atenção e carinho, confesso que durante o tempo que estava me recuperando do coma, ele ficou um bom tempo sem me tocar...na verdade ele nunca mais fez isso desde quando eu disse para esperarmos pois estávamos indo rápido demais. 

Mas isso já faz uns 6 meses...

Ele se angustiou no início, mas depois entendeu e ficou bem após isso, deixou me adaptar ao laboratório por um bom tempo, começando a memorizar os lugares. Nós ficamos muito amigos e próximos, nos tornamos até parceiros de trabalho, estudava junto com ele sobre os assuntos o qual lhe interessava e as quais não tinha domínio antes, genética molecular por exemplo.

Dentre estas outros estudos envolvendo anatomia do chakra em plantas e botânica, um assunto difícil quase inexplorado, Orochimaru disse que nunca se aprofundou nessa área, mas valia a pena a tentar, dizendo ele que era uma forma de expandir suas ideias, se desafiando a cruzar os limites do seu conhecimento e eu ajudava no que pudesse discutindo sobre e as vezes sempre inventava uma piada infantil sem sentido mas ele se agradava.

Até que os dias foram passando e ele de repente decidiu me chamar para sentar perto de sua mesa, mas eu sempre recusava, não queria despertar interesse de olhares curiosos e nem levantar más suspeitas no laboratório já que ninguém sabia que estávamos juntos, não oficialmente, mas praticamente todo mundo começou a se questionar da mesma coisa então tentei segurar um pouco mais, tentando não transparecer o que já sabia e comecei a evita-lo...mas era difícil.

Eu amava ele e ele sabia disso, eu só tornava as coisas dificeis cada vez que ele tentava se aproximar de mim, mas sempre me entregava pela troca de olhares e flertes que ele causava, mas naquele dia não dava para esperar mais...ele queira ir além, cruzar a barreira. E era naquela noite.

Eu já estava no laboratório dele em uma ala privada quase pouco usada, já que o esconderijo era gigante e tinha várias alas de laboratórios e salas semelhantes que facilmente poderia me perder, me senti uma refém naquelas salas de torturas experimentais só que modernas e bem organizada ou uma câmara de cobaias...era mais ou menos isso aonde estava, completamente imóvel.

Amarrada da boca aos pés em uma poltrona grande remotamente controlada, enquanto o resto simplesmente desaparecia no meio da escuridão, ja que lá fora estava escuro com pequenas luzes fracas de leds para iluminar o caminho dos aparelhos e máquinas do laboratório, fiquei perplexa ao saber o quanto ele amava lugares escuros, depois de um tempo ele surgiu em uma forma de uma serpente gigante, com intuito de me cortejar fazendo uma entrada triunfal ele me disse que era para aguarda-lo, isso já era mais um motivo para me preocupar, fiquei paralisada com a cena.