Capítulo 18 - Ergue-se a Guerra

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Casa de Yoon

Muito longe dali outro jovem sereiano acordava sobressaltado de seu sono. Sentira um leve sinal dos poderes de sua irmã, que logo desapareceram novamente. Ele estava agitado, inquieto e seu peito doía como se seu coração estivesse tendo dificuldades em bombear o próprio sangue.

Heiya, percebendo o sobressalto do garoto que dormia no sofá, sentou-se na beira do móvel e acariciou os cabelos loiros do sobrinho.

- Sua irmã? - questionou-o.

Ele confirmou com a cabeça puxando o ar com dificuldade. O olhar da mulher se cravou num ponto distante e um estranho sorriso brincou em seus lábios perfeitos.

- Está muito perto, meu querido... - ela sussurrou.

- Perto de quê?

- De reunirmos nossa família e tomarmos o lugar que nos pertence.

- Eu só quero minha irmã de volta... - Yoon respondeu deitando a cabeça no colo da loira que continuou acariciando seus cabelos, acalentando-o.

- E terá... Você terá sua irmã de volta e eu terei o meu, e seremos uma grande família poderosa e feliz. - sorriu em cumplicidade para seu marido sentado na poltrona em frente.

Apogêon, rei da linhagem de sereianos a qual Lys e Yoon descendiam, apenas retribuiu o sorriso de sua mulher, erguendo o copo de uísque em um brinde galante.

Chernobyl

Assim como Poseidon previra Lys estava muito, mas muito encrencada. A garota conseguira com alguma dificuldade sair do bunker e agora corria pelas matas de Pripyat, tonta e desnorteada por causa do gasto de energia que tivera ao enviar o sinal.

- Vamos, Lys! Você acha mesmo que vai conseguir se esconder de mim por muito tempo? - Ares rodava de braços abertos em meio a uma clareira, circundado pela mata local. - Meu bem, isso aqui é meu playground particular. Você não tem como fugir, não tem como se esconder... Então, venha até mim enquanto ainda estou calmo.

A garota se abaixou atrás de uma árvore tentando desesperadamente recuperar o fôlego. Logo, uma imensa clava pontiaguda passou zunindo por cima de sua cabeça e estraçalhou o tronco da árvore. Ela tampou a boca impedindo o próprio grito, enquanto lascas de madeira voavam por todos os lados.

*************

O exército Marina já estava pronto quando os quatro deuses deixaram o Olimpo. Encontraram-se nos limites do Mar Mediterrâneo com a Bulgária. De lá atravessaram o canal búlgaro e entraram no Mar Negro, chegando por fim, em território ucraniano ao cruzá-lo. Poseidon seguiu-os em seu carro puxado por enormes cavalos-marinhos, escoltando-os com seus poderes para que a travessia fosse bem mais rápida.

Por fim, o exército já na Costa da Ucrânia, seguiu quieto na incursão até entrarem em Prypiat, onde mantiveram-se atentos até que fossem necessários. A estratégia era uma só: matar tudo e todos que cruzassem seu caminho e impedissem o resgate da deusa dos sereianos. Ou, morrer tentando.

Olimpo

Apenas dois minutos separaram a paz do absoluto caos. Tanto no Olimpo, quanto em Prypiat e também no Submundo. Tempos de escuridão se pronunciavam e essa escuridão deu sinal de sua presença quando uma pobre criança assustada acordou sozinha, no quarto ainda pouco familiar para ela.

Pandora olhou ao redor. Os amendoados olhinhos azuis aos poucos ganhando um brilho de desespero ao perceber que seus tios e seus pais não estavam por perto. Como toda criança, o que fez foi chorar, seus bracinhos se estenderam em direção a porta trancada e a maçaneta arrebentou e saiu voando com o estrondo.

Poseidon (Autora: Sra.Jeon)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora