Prólogo

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Sinceramente? Eu não acredito em essa coisa do destino. Mas quem sou eu pra falar alguma coisa.
- Kiara

Anos antes da descoberta....

Corri, corri o mais rápido possível

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Corri, corri o mais rápido possível.
Tentando ao máximo apagar a imagem da minha cabeça. Dele. Beijando ela naquele escritório, como se fosse ela. Como se fosse ela que estivesse ao lado dele todos os dias, como se fosse ela que aplaudiu quando ele conseguiu seu emprego, quando ele conquistou sua primeira câmera fotográfica. Aquela imagem estava se repetindo, mais de centenas de vezes em minha mente. Me lembrando como eu fui uma tola!

Meus olhos ardiam com essa memória desgradavel. Maldita hora que meu chefe me mandou para aquele lugar. Maldita hora que decidir ver o porquê daquela porta estar aberta. O pior cego é aquele que não quer ver, bem, eu nunca tinha acreditado muito nisso. Mas agora ...eu tinha percebido que eu tinha ficado cega, completamente cega, quando comecei a namorar Renan Soares. Em minha defesa, ele tem um jeito fácil, e tem um sorriso que pode conquistar qualquer garota. Todas as garotas eram loucas por ele na universidade, e não era pra tanto. Ele é um típico jogador de futebol americano, o quarterback. Ugh! Tola Ada. Tola!

Continuei correndo e entrei no primeiro bar que vi. Haviam algumas pessoas empoleiradas nas mesas. Havia algumas prostitutas ao lado dos homens. Esse bar ... tinha que ser um dos bares da Famíglia, só podia ser isso. Limpei minhas lágrimas quando a barista se aproximou.

— O que deseja? — A mulher na minha frente forçou um sorriso desajeitado, Sheila, era o que estava escrito na plaquinha em sua camisa.

— Um veneno talvez? — Perguntei. A jovem mulher se assustou, e começou a me olhar com pena. Eu detesto isso. Um homem ao meu lado riu. Sheila se afastou quando o homem ao meu lado pediu outra bebida.

—Veneno em? Tá tão desesperada assim? — Observei sua barba, seus olhos castanhos…. tão conhecido…

— Você não sabe o quanto— Revirei meus olhos. Mas ainda havia aquela sensação de que eu conhecia esse homem de algum lugar, só não sabia da onde. Eu morava em Nova York há dois anos, ganhei uma bolsa integral para estudar na NYU, tive a sorte de conseguir um emprego na empresa Connelly, mas no momento minha cabeça estava confusa pra lembrar de alguma coisa ou alguém.

— Deixa eu pensar..— Me virei na cadeira para poder encarar o tal homem. Sua camisa social estava com as mangas arregaçadas para cima. Ele me encarou me avaliando. Cruzei meus braços esperando por sua resposta.

— Você foi traída — O encarei. Cheguei nesse bar faz menos de dez minutos e esse homem estranho já desvendou isso? De mim? Ele riu quando notou que estava certo.

— Não me olhe assim, eu sou bom em desvendar pessoas— Ele falou em meio a um sorriso. Me virei novamente para a Sheila que colocou um copo na frente do tal homem.

— Me veja um copo de tequila — Ela sorriu e se afastou indo atrás do meu pedido. Eu não me dou bem com tequila, mas bem, que se foda. Eu acabei de ver o homem que amo me trair. Allah vai ter que me perdoar dessa vez.

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