Capítulo 08

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Hoje foi mais um dia. Sai da universidade normal com um elogio de uma das minhas professoras. E isso fez com que eu saísse do prédio com um sorriso no rosto. Agradeci mentalmente que o prédio da empresa é perto, e aproveitei para fazer uma caminhada. O sol hoje por incrível que pareça está bem bonito.

Hoje haverá uma palestra motivacional de como os sonhos podem ser conquistados e que podem ser realizados. Sonho, para mim era uma palavra no qual eu não sabia o real significado. Ou se existia mesmo a tal realização. Não que eu possa reclamar, que quando tudo meio que parecia perdido para mim, eu fui aprovada na NYU. Estou no meu segundo ano e me sinto realizada. Por está longe de todo aquele inferno que se chama tríade.

Tríade era nada mais nada menos, que uma organização criminosa de Istambul. Uma organização no qual comanda toda a cidade, nada passa despercebido de Zafer - o líder da tríade - todos o temiam. E isso era patético. Um homem que depende de outros para lutar, não merece todo esse clamor. Por isso diversas vezes eu me pegava admirando a famíglia.

Era uma organização onde o capo não se escondia atrás de uma porta, onde ele mesmo arregaçava as mangas e lutava junto com os seus.  Ouvi muitas histórias sobre a famíglia, muitas delas com certeza não muito boas. E quando se tratava da Camorra, é que as coisas ficavam realmente complicadas. Havia histórias de como a Camorra era lider em questão de prostituição. O que não admiro nenhum pouco. Mas possivelmente era uma história falsa, porque na Florença, na Itália - onde ficava a sede da Camorra - não era apenas cercada por histórias ruins. Mas como Sirena Cassani, a líder da Camorra lida com tudo. Nunca um civil foi machucado ou ter se submetido a alguma coisa sem sua própria vontade. Eles nunca, jamais, mexiam com crianças. Era uma das regras principais.

Como sei disso tudo? É simples.

Para sobreviver, eu precisava viver. E me esconder atrás de uma mesa e fingir que está tudo bem, não ia adiantar de nada. Então continuei em frente e estudei cada máfia que eu poderia. Famíglia, Camorra, Quartel, Tríade….

Minha tia Sanem acreditava que ninguém, exatamente ninguém, poderia tirar de você uma única coisa. O conhecimento.

Enquanto o vento gelado batia em meu rosto, observei a formas de como as pessoas se movimentavam. Sempre com pressa. Às vezes eu sentia muita saudade de Istambul, a forma como as pessoas paravam e tomavam chá juntas, deixando o tempo passar. Às vezes até se esquecem o que ia fazer.

Parei em uma loja que havia em frente ao prédio onde trabalho. A atendente sorriu para mim, seus olhos me fitaram com atenção, já imaginando o que eu compraria e afins. Minha atenção foi diretamente ao um colar com a letra L. Eu adorava colares, e esse era tão lindo que eu o comprei. Uma peça delicada, prata, na letra havia uma pequena pedra azul. Eu adorei.

Tratei de colocar logo o colar e fui para o trabalho. Marie conversava com Benjamin na recepção, meu amigo não parecia nada feliz em ser abordado pela ruiva. Eu entendia o porquê. Tentei passar de fininho, mas a mulher me avistou e me chamou.

Um acaso do destino Where stories live. Discover now