Capítulo 33

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𝓐𝓷𝓭𝓻𝓮𝔀 𝓗𝓾𝓯𝓯𝓶𝓪𝓷

Ela nem sequer me olhou desde que cheguei aqui. Está nesse maldito celular há meia hora e age como se eu não existisse. Isso não é legal.

Sei que estou sendo idiota com ela ultimamente, mas não consigo evitar. Essa mulher é meu vício e quero ter ela só para mim. Desde que Ethan falou aquelas merdas fiquei puto e ela me comparar com ele não foi legal. Então, estou agindo igual um idiota por causa disso. E sei que é errado.

𝓨𝓪𝓼𝓶𝓲𝓷 𝓑𝓪𝓴𝓮𝓻

Resolvo que vou ir embora. Agnes e Dylan estão se agarrando e estou desconfortável nesses lugar. Estou brava com Agnes, era para ser nossa noite, faz tempo que não temos uma, mas ela preferiu ficar grudada no Dylan. Estou de TPM, ou seja, estou sensível e me tratarem com indiferença não é legal.

- Ei! - chamo o jovem - A conta, por favor - peço.

-Andrew: Já vai? - pego meu cartão.

- Sim - olho para o moço que traz a maquininha e pago antes de me levantar.

Pego minha minha bolsa e dou dois passos antes de ouvir a voz da minha amiga.

-Anges: Ei! Onde vai? - olho-a.

- Para casa - respondo.

-Agnes: Mas chegamos agora - assinto.

- Sim, pode continuar se comendo com Dylan pelo resto da noite, vou embora - falo e ela franze a testa - Era para ser nossa noite, mas você convidou Dylan e ele convidou Andrew! Olha que legal! - sorrio cinicamente e bufo - Tchau, me chame quando quiser sair comigo - enfatizo a última palavra.

-Anges: Yasmin - suspira - Está sem carro.

- Para isso existe Uber! - respondo e saio de lá. Pego meu celular e vejo que meu Uber já está quase chegando. Chamei enquanto pedia a conta.

Encosto-me na parede quando vejo que está chovendo um pouco, cruzo os braços e respiro o ar fresco.

-Andrew: Eu te dou carona - olho para o lado e vejo Andrew.

- Não, obrigada - volto a olhar para os carros passando.

-Andrew: Da para me olhar? - pergunta.

- Que estranho você falando algo diferente de bom dia, boa tarde e boa noite - rio e olho meu celular - Por isso está chovendo - escuto ele bufando.

-Andrew: Vamos conversar - pede.

- Meu Uber chegou, tchau vizinho - entro no carro e o homem começa a dirigir até meu prédio.

...

Estou em casa e já são duas da manhã. Agnes me mandou mensagem me pedindo desculpas e disse que não quer que eu fique brava com ela. Respondi amigavelmente depois de me acalmar e agora estou deitada em posição fetal na cama morrendo de cólica.

Acordei de madrugada porque minha menstruação desceu e junto veio a maldita cólica. Fui tomar um remédio, mas acabei de perceber que acabou. Então, aqui estou eu, deitada e chorando. Estou sensível demais e meu útero não colabora.

Tomo um banho quente e me deito na cama por mais uma hora, mas essa merda está forte e não passa. Sei que vai passar com o remédio, mas não vou sair para comprar. Mas preciso dessa bosta. Pego meu celular e ligo para Andrew, vou precisar desse idiota. Ele atende no segundo toque.

LIGAÇÃO ON

-Andrew: Loirinha? - fungo.

- Pode vir aqui? - peço com a voz chorosa e ele fica em silêncio por alguns segundos.

-Andrew: Está chorando?! - pergunta agitado e ouço ele abir alguma porta.

- Não, só vem aqui - peço.

-Andrew: Já estou na sua porta, abre aqui - fala.

LIGAÇÃO OFF

Desligo e me arrasto até a porta, abro a mesma e ele me olha de cima a baixo. Andrew entra e fecho a porta, voltando a me jogar na cama.

-Andrew: O que foi? - entra no quarto e vem até mim.

- Estou com cólica - resmungo - E não tenho a merda do remédio, tudo está uma merda ultimamente! - sinto meus olhos arderem - Pode ir comprar para mim? - olho para ele que me olha.

-Andrew: Está com muita dor? - vem até mim.

- Esquece! Pode voltar para seu apartamento, eu chamo outra pessoa - falo com a voz quebrada e ele pega minha mão quando vou pegar meu celular - Não queria chamar você, mas os outros moram longe.

-Andrew: Para com isso - fala bravo - É claro que eu vou comprar a merda do remédio, só quero saber se está doendo porque não quero deixar você sozinha, mas que porra! - fala perdendo a paciência e choro baixinho - Ah, merda - resmunga - Não chora, loirinha, desculpa - toca meu cabelo e bato na sua mão.

- Sai! - chuto ele para fora da cama - Esquece, não precisa comprar nada - soluço e ele bufa antes de sair do quarto e ouço a porta da frente fechar.

Ele realmente foi embora.

~CONTINUA~
❤️❤️❤️

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O Intrometido do 206Où les histoires vivent. Découvrez maintenant