Marionetes

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Marionetes de VMZ 

— Tá, o que preferem? Posso colocar a próxima música ou querem uma pausa? — Sasuke questionou, retirando o celular de seu bolso enquanto digitava alguma coisa

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— Tá, o que preferem? Posso colocar a próxima música ou querem uma pausa? — Sasuke questionou, retirando o celular de seu bolso enquanto digitava alguma coisa.

— Vamos só seguir, Sasuke. — Kakashi foi quem respondeu por todos.

O Hatake achava que seria melhor continuar a escutar as músicas, pelo menos assim, ele não precisaria lidar com a informação que recebeu sobre Obito. Ainda não estava pronto, não estava preparado. Foram anos lutando para superar o luto e quando finalmente conseguia se perder em suas memórias sem sentir como se seu coração estivesse sendo esmagado, ele descobre que em todos aqueles anos, Obito, na verdade, estava vivo e estava matando e caçando pessoas inocentes. Pessoas que eram iguais ao filho de seu sensei, seu precioso aluno.

Imagina quando o Ninja que copia descobrisse que o culpado pelo desastre do ataque da raposa havia sido o próprio amigo. Consequentemente impondo ao próprio Naruto uma vida de dor, desprezo e julgamentos. O caos já estava começando a se formar e em breve explodiria naquela sala.

— Na verdade, Sasuke, você nem devia dar essa escolha. — Shikamaru lembrou ao Uchiha com a voz baixa — Estamos bastante atrasados nas músicas, lembra?

— Bom, quem está reagindo são eles. — Gaara opinou e os dois o encararam com uma sobrancelha arqueada — É melhor deixar que as coisas sigam o ritmo deles.

— Odeio ter que concordar com o Sabaku. — Sasuke bufou irritado — Mas ele está certo. São eles quem vão mudar o futuro, nosso futuro, não nós. Nós vamos apenas vivenciar essa nova linha temporal que eles vão criar.

— Tsc. — Shikamaru estalou a língua — Depois não digam que não os avisei.

— Hai, hai. — Sasuke abanou a mão, estalando seus dedos para a música começar a rodar.

Sozinho, sem família e ninguém que me amou

Aquela frase poderia ser sobre qualquer um naquela sala. Poderia ser sobre Hidan e seu pai abusivo que o batia e batia em sua mãe diversas vezes ao dia. Sobre Konan e a guerra que tirou seus pais de si muito cedo; sobre Deidara e a solidão depois da morte da única figura materna que teve na vida, tendo apenas sua arte para o consolar e o manter estável; sobre Kakashi e a perda de todos que amava gradualmente o afetando e o corroendo. Mas principalmente sobre nosso pequeno Uzumaki, que agora sentia o brilho e a força restante escapar do seu corpo como um vazamento no encanamento da sua pobre alma.

Quantas vezes sentiu um sabor amargo tomar conta de seu âmago? Quantas vezes invejou seus amigos por terem pais e quantas vezes desejou que, pelo menos uma vez, ele pudesse trocar de lugar com algumas daquelas crianças no parque?

A sua vida se resumia nisso. Solidão. Mesmo que tivesse seus amigos, mesmo que tivesse kakashi, Sakura e até mesmo Sasuke, ao final do dia ele voltava para o vazio do seu apartamento sujo e apertado. Ao final do dia era ele e as criticas, ele e os olhares de ódio, ele e aquela dor no peito de não ter uma família para o receber em casa e saber que, talvez, jamais tivesse uma. Ao final do dia era apenas ele e as vozes da sua cabeça. E às vezes recorria ao seu subconsciente para fugir delas, não se importando como o quanto a Kyuubi podia ser assustadora e que na primeira abertura que desse ela sem dúvida aproveitaria para o empalar com suas garras enormes. Bom, ao menos ele era uma companhia. Ao menos era outro ser vivo.

Verdades da Folha - Assistindo o FuturoWhere stories live. Discover now