Regra nº 3: sem armas no quarto

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ALEC

Assim que estávamos em segurança no meu apartamento, me permiti um momento para parar e respirar.

De pé na frente da geladeira, me inclinei para o freezer aberto e fechei os olhos, deixando o ar frio passar por mim. Congelou o suor na minha pele, mas forneceu pouca clareza à minha situação atual.

Agarrando duas bolsas de gelo, fechei a porta do freezer e fiz meu caminho para a sala de estar. Magnus estava sentado no sofá, os braços ainda cruzados, olhando para o tapete com uma carranca.

Jogando uma bolsa de gelo em seu colo, continuei me movendo, me acomodando na outra ponta do sofá.

Eu definitivamente me machuquei na luta. Minhas costas estavam gritando, sem mencionar o fato de que eu não conseguia nem fechar minha mão direita em um punho. Era melhor não estar quebrada novamente.

— Obrigado. — Magnus murmurou, pressionando o bloco de gelo em sua mandíbula.

— De nada.

Colocando minha própria bolsa de gelo em meus dedos inchados, eu inclinei minha cabeça para trás e fechei meus olhos.

Que porra de confusão. Eu não tinha ideia por onde começar a consertar isso.

— Como eles sabiam que você tinha entrado no banco? — Eu me perguntei em voz alta, tentando resolver tudo na minha cabeça.

Fazia apenas algumas horas desde que Magnus limpou a caixa do banco. A menos que eles tivessem um funcionário lá dentro, não havia como Rhysand saber que o pendrive estava faltando.

— Aposto que foi o pendrive. — Quando eu olhei para ele, Magnus continuou. — Por que você acha que eu o abri no computador do meu pai? Se alguém passou por todos os problemas para guardar um cofre para um pendrive e nada mais, então você sabe que é importante. Eles provavelmente o codificaram com um software de rastreamento, então sempre que ele é conectado, ativa um sinal.

— Você sabia disso e o abriu em casa? Você é louco ou apenas deseja a morte?

Ele encolheu os ombros.

— Alguém tem que ensinar uma lição ao meu pai. Pode muito bem ser o cliente que ele valoriza mais do que seu próprio filho.

— Você não quer dizer isso.

Sua mandíbula ficou tensa e ele desviou o olhar, jogando o bloco de gelo na mesa de café.

— O que foi que você disse pra mim? 'Você não sabe nada sobre mim'? De volta para você. Você não sabe nada sobre mim ou o que eu quero.

— Tenho observado muitas pessoas ao longo dos anos quando pensam que ninguém está olhando. Você aprende a ler as pessoas dessa maneira. Eu te conheço, Magnus. — eu disse baixinho. Sua cabeça girou para mim, a suspeita apertando os cantos de seus olhos. — Você não quer vingança. Você quer compreensão.

— Eu pensei que você não 'sentia' emoções? — Ele revirou os olhos. — Quando você se tornou um psiquiatra?

— Cerca de dois minutos atrás. — Eu estalei meu pescoço de cada lado e me levantei, me recusando a ser sugado para uma conversa sentimental. — Vou tomar um banho.

— Não se preocupe, eu não vou a lugar nenhum. — disse ele tristemente, voltando sua carranca para o chão.

— Não, você não vai. — Enrolei os dedos da minha mão esquerda em sua camiseta e o levantei. — Coloque sua bunda no chuveiro. Agora.

Ele não se mexeu, me encarando com um olhar desafiador.

— O que aconteceu com a Regra nº 2?

— A mesma coisa que aconteceu com a Regra nº 1. — Eu bati minha mão contra sua bochecha e agarrei seu rosto, não muito gentilmente. Quando ele não se moveu por conta própria, eu o empurrei pelo aperto que eu tinha, andando com ele para trás em direção ao banheiro.

De Joelhos (Malec)Where stories live. Discover now