Esta noite estava indo de mal a pior.

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ALEC

Primeiro, pensei que estava vendo um fantasma no meio do espaço cheio.

A loira que continuava me encarando parecia tão familiar. Aquele sorriso sedutor. E então o reconhecimento me atingiu com força, quase parando meu coração.

Aquele colar.

Lydia.

Era a porra de Lydia.

Vê-la acendeu uma série de memórias tão dolorosas quanto ter sido eletrocutado. Era uma dor aguda que irradiava por todo o meu corpo, me negando a capacidade de respirar ou pensar em qualquer coisa além de fazer a porra da dor parar.

Eu reconheceria aquela vadia presunçosa em qualquer lugar e pelo olhar que ela me deu, ela também me reconheceu.

Xingando baixinho, bebi o resto da minha vodka.

— Fique aqui. — eu disse a Magnus, rezando a Deus que ele realmente ouvisse desta vez.

Apesar do interesse que ele mostrou no meu passado, isso era algo que eu não queria que ele soubesse. Nunca. Eu precisava levá-la para longe dele, antes que ela destruísse a única coisa boa na minha vida.

— Onde você está indo? — perguntou Magnus.

— Resolver um problema. — respondi, antes de marchar para o mar de máscaras e smokings. Felizmente, a maioria das pessoas saiu do meu caminho, então cheguei a Lydia antes que ela pudesse fugir.

Seus lábios vermelho-rubi se torceram em um sorriso vicioso, uma vez que eu estava ao alcance da sua voz.

— Bem, bem. Veja o que o gato arrastou. Ou devo dizer, o Lobo? — ela disse em russo, aquele sorriso provocante firmemente no lugar.

— Você não vai estar sorrindo quando eu terminar com você. — eu rebati em russo. Envolvendo minha mão ao redor de seu braço fino, eu a puxei para fora do salão de baile.

— Ai! Você está me machucando! — Ela fez questão de dizer isso em inglês, o mais alto possível, a puta do caralho.

Mais de uma pessoa se virou para nos observar, trocando suspiros e olhares arregalados com as pessoas próximas. Algumas mulheres empurraram seus companheiros masculinos para frente, mas nenhum dos homens realmente fez um movimento para me parar.

Ignorando ela e eles, eu a arrastei pelo corredor e entrei no primeiro quarto desocupado que encontrei.

A empurrando para dentro da biblioteca, chutei a porta atrás de mim e avancei para ela.

— Que porra você está fazendo aqui, Lydia?

— Você não ouviu? Eu moro aqui agora. — Sem público, ela voltou ao russo e abandonou o ato de impotência. Caminhando com as pontas de suas unhas vermelhas até o centro do meu peito, sua língua espiou ao longo de seu dente canino.

Tentado como eu estava a quebrar a porra da mão dela, eu consegui me conter a batendo para longe de mim.

— Desde quando?

— Desde muito recentemente. Você não está feliz em me ver? — Ela se esticou na ponta dos pés e enrolou os braços em volta do meu pescoço. — Faz tanto tempo.

Alcançando atrás de mim, soltei suas mãos, mas segurei seus pulsos, apertando o mais forte que pude, até que ela me recompensou com um estremecimento.

— Só vou te perguntar mais uma vez. Que porra você está fazendo aqui?

— Eu vim com Azriel. — Ela arrancou seus pulsos finos e esfregou um deles, olhando para mim por trás de sua máscara vermelha de renda.

De Joelhos (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora