Se adaptar ou morrer

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ALEC

— O que estamos fazendo? — Magnus perguntou, alcançando a gravata com a qual eu o tinha vendado. — Onde estamos? Esta é a garagem?

— Eu tenho uma surpresa para você. — eu disse, afastando sua mão com um tapa. — Não tire!

— Se estamos na garagem, é melhor não ser o que eu acho que é.

— O que você acha que é?

— Você me comprou um carro.

— Eu não comprei um carro para você. — Eu sorri presunçosamente para mim mesmo, agarrando-o pelos dois bíceps e o puxando para parar quando ele estava no lugar perfeito.

O Porsche azul escuro de seu pai estava diante de nós, completo com novas placas e uma nova cor, cortesia da loja do primo de Anton. Alcançando sob o volante, peguei a chave do suporte magnético que Jace colocou e voltei para o lado de Magnus.

— Ok, agora você pode olhar. — eu disse, cruzando os braços sobre o peito.

Ele puxou a gravata e piscou algumas vezes. Uma vez que ele registrou o que estava na frente dele, seus olhos dourados brilhantes quadruplicaram de tamanho.

— Alexander!

— Todo seu. — eu disse com um sorriso, segurando a chave para ele.

— Você roubou o carro do meu pai?!

— Você precisa de um carro e já que eu não pude comprar um para você... o que eu deveria fazer? — Eu dei de ombros indiferente. — Esta parecia ser a solução óbvia.

— Esse não é o ponto! — A cor sumiu de seu rosto e ele engoliu em seco. — Ele sabe que foi você? Você sabe que ele vai chamar a polícia. Provavelmente já está no sistema como roubado.

— Eu cuidei disso. — Peguei seu rosto entre minhas mãos e me inclinei, roçando meu nariz contra o dele, na esperança de reprimir o pânico dele antes que chegasse ao auge.

— Mas eu...

— Sem "mas"! — Eu fingi uma carranca.

O olhar que ele me deu em troca foi bem sério.

— Você não é engraçado.

— Não? — Eu deslizei minhas mãos ao redor de sua cintura e o puxei para mais perto, até que ele estava nivelado com o meu peito.

Pressionando beijos na lateral de seu pescoço e na lateral de sua mandíbula, tentei absorver o máximo que pude – o cheiro de verão de sua colônia, seu calor corporal, sua proximidade geral.

Ele esteve distante por tanto tempo... era como experimentá-lo pela primeira vez e eu não conseguia o suficiente.

Sua carranca rachou, levantando um lado de sua boca em um sorriso.

— Eu não posso acreditar que você roubou o carro do meu pai.

— Porquê? Não é como se fosse difícil. Você quer que eu te mostre? — Ele me lançou um olhar surpreso, seguido por um exasperado. — O que há com esse olhar? Eu nem sempre fui um assassino, você sabe. Roubar foi como eu comecei.

— Sério?

Eu acenei com a cabeça, beijando seu pescoço novamente e roçando meus dentes ao longo de sua pele.

Desfrutar desse raro momento de felicidade era muito mais importante do que discutir sobre a moralidade de roubar um carro de um homem que fez muito pior.

— Então, como você... hum, mudou? Para o que você faz agora?

— O que você quer dizer como? Simplesmente comecei a matar pessoas.

De Joelhos (Malec)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant