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Sentada em sua carteira, Nai desenhava pequenos desenhos aleatórios em seu caderno

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Sentada em sua carteira, Nai desenhava pequenos desenhos aleatórios em seu caderno.

Andou evitando Vincent o máximo que pôde naquele dia. Sentia-se mortalmente envergonhada pelo acontecido da noite passada. Mas, como sempre, esqueceria e superaria.

Quando as aulas acabaram e ela foi embora para sua casa, era quinta-feira. Um alívio mórbido se apossou de seu peito por pensar que faltava apenas um único dia para o final de semana, que infelizmente, seria totalmente corrido.

O baile de inverno seria na próxima semana, num sábado. A escola já estava decorada e tudo estava em seu devido lugar. Grandes cartazes estavam postos pelos corredores anunciando o evento de forma extravagante. Afinal, era um dia muito esperado por todos.

Nai se reconfortou, pensando que, talvez, Vincent pudesse a convidar como amigo. Os organizadores disseram há uma semana, que os ingressos estariam a venda dois dias antes do baile, que consequentemente, seria quinta que vem. Nailea não entendeu muito bem o por que de tantas surpresas, já que este ano pelo que disseram, os convites do baile ganhariam uma moda um tanto diferente.

Voltou a pensar com quem cogitaria em ir. Nai não tinha muitos amigos, então se Vincent não a convidasse, ela ficaria sem um par.

Mas, de qualquer forma, ela não se iludiu, fôra apenas uma suposição.

A tarde passou arrastada e entediante. Os olhos de Nai já estavam doloridos pelo tempo em que passou em frente as folhas amarelaras de seu antigo livro preferido.

Estava estirada na cama quando bateram em sua porta.

Nai imediatamente sentiu seu coração acelerar. Mas, lembrou-se, Vincent nunca batia na porta.

Abrindo-a, encontrou seu avô em pé, com um sorriso pequeno e triste nos lábios.

Nai assentiu, em concordância e dividindo aquela mesmo sorriso triste. Acabara de se lembrar de que dia era hoje.

Esteve tão ocupada com a cabeça voltada em Vincent, que acabou não se recordando... Como pôde se esquecer?

── Você quer visitá-los, meu anjo? ── Ele pergunta dócil, apoiando sua mão no ombro de Nai de uma forma acalentadora.

MY BOY - VINNIE HACKER Where stories live. Discover now